Entre o início e o fim há uma vida
Entre o início e o fim há uma vida, nem sempre vivida em plenitude, nem sempre digna e honrada, mas há uma vida, um viver, um existir, subjetivo enquanto resultado de uma emergência natural do complexo processamento mental, mas não menos real enquanto biologia e enquanto mente.
Entre o início de algo que nada era, e o fim de algo que voltará a nada ser, há um viver, uma breve existência, há uma experimentação própria, única e pessoal da vida, una enquanto ser pessoal e múltipla enquanto seres mentais, una enquanto pessoa, múltipla enquanto seres sociais, e uma enquanto experimentação e realização, e múltipla enquanto responsabilidade, empatia e comprometimento.
Entre o início de algo que nada era mesmo que os elementos matérias já algo fossem, e o fim de algo que voltará a nada ser mantendo-se sendo os elementos materiais, há uma vida que realiza um viver mental, subjetivo, plástico, e empolgante, há um ser que pulsa sendo sempre novo e diferente do que já foi à pouco, há um interlúdio poético de ser, de sentir, de realizar, de experimentar, de se transformar continuamente, há enfim um quase mistério natural que saltou do físico-químico, para o biológico-mental-consciente-social.
Assim, somos por apenas um breve espaço de tempo, no mais ou ainda nada éramos por uma eternidade atemporal do próprio não ser, ou retornaremos a este nada ser, eterno e atemporal, pois que não sendo, nada participa da realidade.
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