Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2017

O que somos?

Imagem
O que somos? Uma simples pergunta, e quanto a resposta? Hum! Certamente, muitos de nós, talvez todos, acreditamos tê-la. Mas será uma resposta pensada, ou apenas superficial, contaminada por conceitos e preconceitos que carregamos, mas que sequer investimos esforço algum em sua análise e compreensão? Inversamente proporcional a simplicidade da questão colocada, a múltipla e complexa miríade de respostas pode extrapolar o que nossa simples e individual vã filosofia pode muitas vezes imaginar. O que me surpreende, chegando a incomodar, é a quantidade de vezes que simplesmente descartamos das respostas, por simples esquecimento, ou porque acabamos por nos perder em divagações infrutíferas, o fato de que não deveria haver resposta descolada, direta ou indiretamente, da realidade de que somos seres biológicos, somos entes mentais, somos criaturas fruto e resultado da evolução, que somos o que em última instância a funcionalidade operacional de nosso circuito cerebral nos faz ser. O q

Olhar-se e perceber-se

Imagem
Por mais paradoxal que possa parecer, olhar-se a si mesmo não é fácil, ou melhor, perceber-se em profundidade, no que nos é possível perceber de nossa reduzida porção objetiva frente a enorme parcela inconsciente que nos faz subjetivamente ser quem somos, é deveras difícil, entretanto é um exercício de ser que todos deveríamos encarar. Ao olhar-se, não se olhe apenas com seu cotidiano olhar, olhe-se com outros olhares, busque-se de diversas perspectivas, esquadrinhe-se de diferentes pontos de vistas, mas é necessário coragem, sinceridade e profundidade. Ninguém é exatamente o que deveria ser, ou o que gostaria exatamente de ser, somos seres complexos, com elevado grau de inconsciência, apesar de acreditarmos, ao contrário, sermos dotados de um domínio consciente alto, quase pleno. Boa parte de nosso processamento mental se faz em silêncio cavernoso, longe, muito distante do que possamos conscientemente perceber, e isso parece paradoxal para muitos de nós, nos levando muitas vezes a

Recomeçar

Imagem
Talvez, nem a própria eternidade, seja realmente eterna, ou pelo menos não o seja, exatamente no que hoje ela é ou possa agora ser. Pessoalmente sinto-me tentado a interpretá-la, no que me seja possível limitadamente compreende-la, como algo eternamente mutável, transformável e fluídico. A eternidade material, tendo como referência a dualidade matéria-energia como a conhecemos, me é mais palatável de imagina-la não eterna, tudo decai, na forma como encaro a realidade. A eternidade temporal, seja lá isso o que for, pode ser na verdade uma sucessão de contínuos novos estados, que se metamorfoseando, transitam de um estado de fase para outro. Talvez a eternidade seja prolixa em seus sucessivos estados momentâneos, onde o natural, continuando a ser natural, sem jamais deixar de ser uma realidade natural, se perca em estados físicos transmutados de si mesmo. Desta forma até a eternidade seria um ciclo de infinitos recomeços. Se a própria natureza se reveste naturalmente de recomeços,