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Mostrando postagens de outubro, 2015

Extinção é algo normal

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Extinção é algo normal durante a jornada biológica em nosso planeta, mas ser responsável por uma catástrofe biológica, com mais uma extinção em série, não devia ser aceitável para nós, humanos. Deveríamos ter mais do que vergonha, deveríamos ter nojo de nós mesmos, horas pelo que fazemos, e outras horas pelo que não fazemos. 

Somos todos mutantes

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Somos todos mutantes. Todas as espécies vivas são mutantes. Bem-vindo ao mundo do erro de cópia, da especialização, da seleção natural, da seleção sexual, da seleção artificial, da endossimbiose, e da simbiose...

Carta de Belarmino fala muito em si mesmo

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Carta de Belarmino (isto aquele mesmo da inquisição – Cardeal inquisidor e um dos juízes de Giordano Bruno) encaminhada para o monge napolitano Paolo Antonio Foscarini. Poderemos notar que o que menos importa é a verdade, mas sim a defesa da fé e não falsear as escrituras.... “Parece-me que vossa reverência e o sr. Galileu agiriam com prudência se se contentassem em falar apenas em termos hipotéticos e não absolutos, como sempre acreditei que Copérnico falava. De fato, diz bem quem diz que apenas SUPOR (grifo meu) a Terra em movimento e o Sol imóvel pode preservar melhor todas as aparências, do que os excêntricos e epiciclos jamais conseguiram. Isto não oferece perigo, e basta para o matemático. Mas querer afirmar que o Sol REALMENTE (grifo meu) fica em repouso no centro do mundo, e que somente gira sobre si mesmo, sem ir de leste para oeste, e que a Terra está situada no terceiro céu e gira muito rápido em torno do Sol, É UMA COISA MUITO PERIGOSA (grifo meu). Não só pode irritar

A vida é uma só

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A vida é uma só. Os seres com os quais, a vivemos podem até ser muitos, mas a vivemos uma só vez, e em um só eterno momento presente. O maior presente de se viver o presente, é o presente de estar presente no presente, pois que somente no presente poderíamos estar presentes. 

Todos somos imperfeitos

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Todos somos imperfeitos, mas nossas imperfeiçoes não podem servir de desculpa e nem de pretexto para nos omitirmos, para nos escondermos, ou para nos diminuirmos frente a necessidade premente de nos empenharmos, de lutarmos, e de ousarmos transformar a realidade de mazelas, de descasos, de abandono, e de ódio, que como uma raiz, vai lentamente se infiltrando na sociedade, corroendo independente, lenta, e continuamente, cada um de nós. Todos somos imperfeitos, isto não pode significar que sejamos imprestáveis. Nossa ousadia em nos aventurarmos de corpo e alma mental, numa jornada difícil, entretanto necessária, impõem-se não necessariamente por nós, mas diretamente pelos que sofrem, e traz consigo o direito de errarmos, mas o dever de tentarmos. 

A morte como fim da exploração e da exclusão

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A morte como fim da exploração e da exclusão, mostra apenas como somos, a grande maioria de nós, incompetentes, insensíveis e interesseiros. Incompetentes para lutar por uma transformação, insensíveis para sentir a dor de muitos irmãos em espécie, e interesseiros para nos manter aproveitando o que nos interessa desta realidade.

O livre pensar

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O livre pensar não está apenas relacionado aos assuntos que se pensam, está muito relacionado também no como nos colocamos a vontade para naquilo pensar. Um livre pensador não é aquele que pensa sobre qualquer assunto (sim, um livre pensador pode pensar sobre quaisquer assuntos), mas sim é aquele que se coloca naturalmente disposto a pensar profundamente sobre os assuntos. Ninguém é imune ou totalmente independente a possuir algumas crenças, a alguns conceitos e preconceitos, mas o livre pensador se põe aberto a pensar, repensar, criticar, racionalizar, analisar e refletir profundamente sobre todas as vertentes, sobre todas as linhas, e sobre todas as possibilidades, e mais ainda se obriga e se propõe a ler, estudar, pesquisar, observar, se possível for experimentar, todos os possíveis pontos de vista para ter mais evidências e conhecimento para poder continuar pensando, repensando, criticando, analisando, refletindo, ponderando, raciocinando, meditando, amadurecendo, avaliando ... .

Unificação do celeste com o terrestre

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Newton foi aquele quem, de forma intencional ou mesmo sem intenção, através de seu trabalho, deu o grande passo no mundo da ciência para a unificação do celeste com o terrestre. Copérnico já tinha colocado a nossa Terra como apenas mais um dos planetas, Tycho já tinha provado que ocorrem mudanças nos céus, que ele não é perene, Galileu já provara a irregularidade da superfície lunar, entretanto ninguém havia estabelecido relação alguma entre o movimento dos planetas e luas, e mesmas forças existentes no nosso querido, mas maltratado planeta. De uma forma direta, Newton mostrava que a força que mantem a nossa lua em órbita, e os planetas orbitando o Sol, é a mesma força que faz “uma maçã” cair ao solo. Depois de Newton, a distinção entre o terrestre e o celeste, que existia como uma espécie de “dogma”, e que havia sido imposta à física, teve de ser definitivamente abandonada.

Compromisso entre atitudes e oratória

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Não adianta o grito surdo da falta de comprometimento entre o esbravejar e o agir, entre o reclamar e o se expor, entre o culpar e a ausência de atitudes, entre a revolta meramente intelectual e a busca de uma transformação do real; que mais parece um sussurro da inação, um murmúrio da conivência, e o silencio da omissão.

Bacon e Descartes, o método filosófico e suas incompatibilidades com a física natural

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Longe de ser ou de me sentir melhor que qualquer outro, acho no mínimo interessante, como acabo por discordar da importância dada a certos pensadores. Muitas vezes me sinto como se perdido nesta interpretação, sinto-me como se estivesse sendo do contra, mas apesar de perceber coisas boas nestes pensadores, não consigo dar a mesma importância, o mesmo valor que percebo sendo dado pela maioria. Desta forma acho muito reconfortante e gratificante quando “esbarro” com alguns grandes cientistas que pensam parecido comigo, ou melhor, a bem da verdade, que eu pense parecido com eles, pois que eles estão anos luz a minha frente na análise física, real, e natural. Não sou, ou procuro não ser, ingênuo e entendo que mesmo discordando em vários pontos destes ditos e conceituados grandes pensadores, percebo que em outros pontos eles se mostram coerentes e focados. A diferença talvez seja que dou mais valor ao pensamento que se aplique a realidade, ao natural, e não apenas ao pensamento filosófic

Muitas coisas eu fiz

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Antecipadamente gostaria me desculpar por alguma passagem mais forte que possa direta ou indiretamente melindrar a crença ou a filosofia de viver de alguns. Não era minha intenção ser grosseiro com quem quer que seja, é apenas um desabafo sincero do que penso. Posso estar certo ou errado (mas tenho a certeza de que não posso estar os dois ao mesmo tempo, meu relativismo é apenas quanto a interpretação ou percepção, nunca quanto a ação ou ao fato), mas é o como leio minha vida e o mundo em que vivo. Muitas coisas eu fiz, um sem número delas eu nem sequer sabia que as estava fazendo, outras tantas eu fazia sem maior noção de responsabilidade humana, isto porque eu simplesmente as fazia, muitas das vezes sinceramente acreditando que era humano fazê-las. Olhava o mundo com olhos meramente pessoais. Olhava a política como mera forma de demonstrar revolta contra o que aqui estava. Revolta necessária? Sim, mas que sem diretiva de ação, sem racionalidade e sem princípios humanos sérios

Deveria conhecer-me?

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Muitas vezes me pego respondendo por mudas vozes que desconheço. Deveria conhecê-las? Sendo todos que naturalmente sou, sou também, algumas vezes, talvez mais do que aquelas vozes que percebo, aqueles que a vida e os outros me induzem a ser. Deveria conhecer-me? Sim. Deveria conhecer-me, mas sou incapaz e incompetente para conhecer-me em totalidade, desta forma, por simetria, creio ser impossível que alguém se conheça profundamente, ou em sua totalidade. Creio que somente os ignorantes, os iludidos, ou os crédulos sem ação crítica ou racional, realmente possam defender a crença de que são profundos conhecedores dos todos que são, além do tudo que os compõem, os movimentam, justificam ou dão forma ao seu viver. Entendo que são tolos os que iludidos por falácias mentais e bugs cerebrais defendem ardentemente que se conhecem em totalidade, somos um mistério imanente de nós mesmos, somos um enigma mental que parece ser simples, somos enfim desconhecidos eternos de nós mesm

O elo que me une

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O elo que me une a mim mesmo, sou eu, seja em toda a minha miséria de ser, seja em toda a minha louca existência, seja em toda a minha realização de ser, onde a dúvida dos que sou me acompanha e me constrói, e em simetria ambígua e bivalente, é ela a imprecisão desbotada dos seres que me fazem ser quem sou e ao mesmo tempo me aniquilam, sendo eu assim força e medo, coragem e temor, bondade e mazelas. Continuo sendo animal na busca de minha humanidade, que bom que ainda animal, pois que outra coisa não poderia ser, somente a loucura, a ingenuidade, ou algum fanatismo, poderiam me levar a me ver não como animal, mas como algo especial. Especial? Jamais... Especial? Nunca... Especial? Só mesmo na vaidade presunçosa de alguns. Sou uma espécie entre outras, mas posso procurar ser sempre algo mais humano, aliás, talvez devesse ser esta humanidade que deveria me diferenciar como espécie, mas ainda estou longe dela... 

A ciência

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A ciência caminha a passos largos, entretanto, quanto mais entendemos a natureza, quanto mais a modelamos, quanto mais aprendemos com ela, quanto mais descobrimos sobre ela, mais percebemos que muito, muito mesmo, ainda falta saber. É como se a cada vez que algo novo “conhecemos”, o perímetro, ou a margem que separa o conhecido do desconhecido também aumenta, mas assim também aumenta a área de transição daquela “porção” que “conhecemos”, para o enorme “volume” do que desconhecemos, que além de ficar cada vez mais longa, tornasse um pouco mais arenosa, mais escorregadia, e mais cheia de armadilhas. A ciência chegou para ficar, e a “nova” ciência (desde pelo menos Newton) chegou trazendo, ou rejuvenescendo, a ciência teórica como algo muito importante, como vital na busca daquele algo mais, que um dia há de virar ciência experimental, se quer realmente ganhar status de “verdadeira” ciência, mesmo que ainda hoje possa estar fora do seu alcance, trazendo assim consigo a plena necess

O Amor

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O Amor por um amigo só não é maior do que o amor por um filho. Agora imagina o amor por um filho que conseguimos construir laços de sinceras e verdadeira amizade.  Se fosse possível descrever o que o amor é, descrever o sentimento por um filho do qual nos tornamos amigos deve ser o que mais bem próximo a esta descrição possamos chegar.

O amor e a sua via

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Acabei, agora a pouco, de ler em um post, que não comentei apenas por respeito, que o amor nunca é uma via de mão única, que deve ser um caminho de mão dupla. É claro que não concordo, é claro que esta é uma posição minha, e ninguém precisa concordar, mas é claro que faço dela uma de minhas máximas do viver. O amor é uma via de mão única, a força do meu amor, é a força da minha doação por alguém ou por algum princípio. Eu amo com a potência de me doar neste amor, não esperando jamais nada em troca. É claro, é evidente, é óbvio que não sou hipócrita e que um amor correspondido, é muito mais gostoso, mas nunca é mais amor por isto. Amar é doar, é se comprometer, é ser sensível pelo outro, pelas necessidades de qualquer um destes outros. O amor é um caminho de mão única, que possui também um caminho de volta, mas que não precisa ser trilhado por ninguém, uma trilha que fica mais bela e iluminada quando trafegada em mão dupla, mas que a princípio pode ser trilhada em caminho único, e se

Mente mistérios e natural desenvolvimento

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É bastante comum vermos pessoas conversando sobre como é misteriosa a mente consciente, eu também a acho misteriosa, e mesmo muitos cientistas desta área também a acham, entretanto, ser misteriosa não é o mesmo que afirmar que seja um mistério insolúvel. Para a mais nova das grandes áreas científicas, a neurociência, em parceria com outras diversas disciplinas, e no uso de tecnologia de ponta (quando possível), já caminhou bastante, mas muito ainda falta caminhar. É também comum notar as pessoas perdidas quando falam da mente e de suas “potencialidades”, pois que as suas propriedades, as possíveis propriedades de uma mente consciente, parecem absurdamente diferentes, radicalmente diferentes, e o são (mas não menos naturais), das propriedades naturais físico-químico-biológicas da matéria viva comum, sendo comum as pessoas terem dificuldades de “ver” (perceberem) a mente como o resultado natural do funcionamento do cérebro, como algo que “emerge” naturalmente da realização orgânica de

Filhos

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Não importa o quanto conscientemente saiba que meus filhos são do mundo, que nasceram para terem vidas próprias, que a vida é o destino natural deles, algo de mim, egoisticamente talvez, gostaria de tê-los sob minha proteção por todo o sempre que me fosse possível viver. O meu amor por eles, e o fato de ter me responsabilizado pelo preparo e pela educação deles, não me dá posse alguma sobre eles, não obstante algum desejo egoísta de que eles sempre estivessem por perto, entretanto meus filhos, são e serão meus filhos, sendo em verdade filhos da ânsia dinâmica do viver, esperando apenas ter conseguido ser um pai a altura da humanidade que eles precisam desabrochar. Uma coisa é certa, logo-logo chegará o dia em que eles alçarão voo frente ao desafiante mundo das suas próprias vidas, certamente, jornada esta que se iniciou em pleno desenvolvimento juvenil, e que tende a acontecer definitivamente em muito breve. Se acertei na educação, se consegui ser responsavelmente um tutor que eles

Sou feliz

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Não sou feliz simplesmente porque quero, mas sou feliz porque quero apenas o que posso, porque desejo apenas o que está ao meu alcance, sem esperanças, em plena desesperança, jamais como desesperado, pelo contrário, querendo viver sem abrir mão de continuar realizando meu viver, e construindo novas realidades que possam me possibilitar novos caminhos, isto porque desejo somente o que de mim dependa, e vou assim construindo pontes, para que cada vez mais coisas de mim possam depender, tendo sempre a ousadia de ver em cada um, um irmão em espécie, mesmo que não comungue com eles de suas crenças.  Sou feliz porque percebendo-me pequeno, sinto-me assim mesmo integrante e responsável por um nicho ecológico global, sou feliz porque aprendi que a vaidade, a petulância, a insensibilidade, e a arrogância são atalhos para o sofrimento. Não sou feliz porque vivo rindo ou alienado, sou feliz porque mesmo sofrendo, busco amar em toda magnitude a essência da vida, não a minha vida ou a dos me

A felicidade

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A felicidade reflete um estado do ser, e não um estado de ter. Ser feliz é se encontrar feliz, nunca é um estado eterno, mas sempre é uma condição, até certo ponto contagiosa. Ser feliz não é se livrar da dor, não é se alienar da dor dos outros, muito menos é se esconder da responsabilidade pela exclusão e pelo abandono social de muitos. Ser feliz é amar existir, é não esperar nada que não nos seja acessível por nós mesmos, é também se doar neste amor a todos, é construir este amor, e nunca acreditar que é possível ser verdadeiramente feliz alienado dos irmãos, de todos os irmãos, assim ser feliz nunca será ser plenamente feliz, mas significará, estar, dentro possível, temporariamente feliz, parcialmente feliz, coletivamente feliz, até que nos deparemos de novo com a realidade excludente do social, ou com nossas próprias dores, mazelas, perdas e dificuldades. Desta forma, ser feliz é uma espécie “senoidal” que nos leva de momentos bastante felizes a outros de ausência momentân

Prefiro

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Sempre prefiro um ser ingênuo, a um culto, arrogante e indiferente ser que não se enxerga em sua própria, petulante, e insensível, cegueira de algum saber, que nada soma ao universo humano e social.  Todos nós ignoramos muitas coisas, isso é normal, sempre existirão pessoas que sabem mais do que nós em alguns, talvez mesmo em muitos assuntos, em especial no tocante a realidade do realizarem suas vidas. 

A omissão silenciosa

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A omissão silenciosa dos que se curvam ao abandono social, justificando para isto uma impotência pessoal para mudar, acabam sendo elas mesmas multiplicadoras do pleno status atual, e sem perceber ultrajam a dignidade humana, pela omissão para com aqueles que padecem do abandono social. Posso ter muitas coisas na vida, mas se me falta ousadia para buscar transformação social, se me falta altruísmo ou se me falta vergonha na cara, e sobra insensibilidade para saber me colocar no lugar dos outros, acabo por ser multiplicador natural do que já é, sobra-me omissão, sobra-me irresponsabilidade, e falta-me assim humanidade, dignidade humana e verdadeiro amor.

O conhecimento cientifico e uma revolução que já está a caminho

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O conhecimento científico, o aprendizado do natural, cresce cada vez mais em velocidade acelerada, de um momento em que os físicos chegaram a acreditar que não cabia mais sequer ter faculdades de física, pois que “já se sabia tudo o que se pudesse saber” até hoje, onde aquela realidade se transformou absurdamente, não passaram assim tantos anos. Duas grandes revoluções e uma infinidade de múltiplas pequenas revoluções fez do mundo do conhecimento natural, em especial da física, uma verdadeira redescoberta de que a natureza ainda nos esconde praticamente infinitas novidades. Estas revoluções têm se espalhado por toda a ciência natural, química, biologia, neurociência e mesmo no mundo social. O mundo, o universo, tem aberto novas fronteiras atrás de novas fronteiras. Na física, revoluções do porte da relatividade, da quântica, podem estar com seu prazo em processo final para serem ultrapassadas por algo novo e revolucionário. Vivemos em uma época dinâmica, cheia de novidades, e pode

Verdade a real ou a fenomenológica

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Não sejas mais um construindo ou reforçando sua própria, subjetiva e pessoal percepção superficial de qualquer fenômeno, como se fosse a fiel, real, e pura verdade absoluta. Como você, ou como eu, muitos outros fazem isto, e ficamos assim com um verdadeiro tumulto de diferentes percepções da verdade, que de verdade, a maioria absolutamente nada têm. A verdade é sempre única, pois que reflete um ponto, ou um delta de espaço-tempo único no espaço-tempo existencial, e em geral nunca é a superficial percepção que construímos subjetivamente, sendo assim uma construção mental, baseada em impulsos vindos de nossos sensores biológicos, sendo francamente abertas a distorções por nossos prévios conceitos e preconceitos, por nossos valores, por nossos interesses, e por possíveis ancoragens ou induções, sendo assim passiveis de diversos tipos de filtros inconscientes que atuam em nosso subconsciente.

Da seleção natural a Origem das espécies

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Findada a viagem de Darwin, a bordo do Hms Beagle, Darwin ainda não tinha uma teoria formada. Ele possuía muitas informações soltas, e que foram sendo enriquecidas com suas análises pessoais do material que trouxe, bem como com análises que recebia de outros estudiosos sobre exemplares que Darwin lhes encaminhou ou cedeu.  Neste momento, o papel de deus no conceito biológico da “vida” estava em “provação”, em fermentação, na cabeça de Darwin. Neste momento ele conhece um físico, Charles Babbage, que defendia abertamente que deus não agia ou operaria por milagres ou decretos, mas sim através das leis físicas. Isto dava uma sobrevida ao conceito de deus, pois permitia uma coexistência de deus com a ciência, mas não um deus onipotentemente arbitrário e atuante. Lentamente Darwin vai percebendo, e se convencendo, de que as espécies não eram imutáveis, não sendo assim projetos fixos de um deus, mas que estas espécies tinham se adaptado a viverem em seus nichos ecológicos. Confo

Alguém

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Alguém que tenta se encontrar, e conhecer um pouco mais deste mundão. Alguém que tenta ser humano, e busca construir um caminho ético para seguir. Alguém que tenta acreditar que nossa HUMANIDADE é o único diferencial que nos dignifica. Alguém que apenas acredita no natural, na natureza, e no real. Alguém que acredita que na vida o sofrimento é um fato, que a alegria é temporária, e por isso devemos buscar nossa alegria constantemente, com ética humana, e termos em mente que a felicidade deve ser um atributo social e universal. Dignificar a vida, em todas as suas variações é nosso dever. Alguém que abriu mão de toda esperança, para viver a realidade de uma constante luta por transformação real. Alguém que sinceramente acredita que nossos atos, para serem éticos, devem ser dignos para o maior número de pessoas possível, pelo maior tempo possível e na maior área geográfica possível. Alguém que se expõe, que não sendo melhor do que ninguém, ama a realidade, a

A vida

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A vida é um pequeno período entre o nada que fomos e o nada que seremos. Amemos então esta única vida.

Amante da vida quem sou eu

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Amante da vida. Apaixonado por meus filhos. Aprendiz da vida e das letras.  Vida, é ela quem naturalmente me permite ser. Letras, são elas que me libertam hoje a alma, e permitem ao meu espírito crítico, ético e científico, ganhar liberdade. Construtor, "desconstrutor", destruidor e reformador. É tentar ser agente de transformação, não por mim ou para mim, mas pelo humano, pelo social, pela dignidade de ser um com todos. Escrevo por que não consigo falar para muitos, caso pudesse falar, escreveria também. Escrevo porque não consigo agir para muitos, entretanto mesmo que pudesse atuar por muitos, continuaria escrevendo, pois que escrever, tal qual agir, são partes do que sou. Agir é pôr em ação o que posso transformar, ou o que posso preparar para alguma transformação. Escrever é uma virtude, um vício e um prazer. Escrever é parte de mim. Pode não ser uma escrita lírica ou poeticamente bonita, porém é sincera, e fruto de muita verdade do que sinto,

Biologia o último salto contra Aristóteles e sua equivocada ciência qualitativa

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Das linhas científicas básicas, a biologia foi a última a dar o grande salto para uma ciência quantitativa, não aristotélica. Como as outras ciências, a biologia teve que indispor-se contra nossa (ainda de uma maioria de pessoas) natural tendência a nos vermos como especiais, e como o centro da existência, como uma criação divina. No caso da biologia, este agravante era mais forte ainda, pois que a vida, a nossa vida, estava diretamente entrelaçada com a biologia. A biologia assim tinha duas lutas diretas, e aparentemente inglórias, em seu início, lutar contra o antropocentrismo (de origem Aristotélica) e contra a doutrina teocêntrica da igreja. Exatamente aos moldes equivocados do como Aristóteles situava a terra como centro físico do universo, ele identificava sua biologia de forma a exaltar os seres humanos como medida de sua qualidade biológica, em especial identificando os machos humanos como o centro de tudo. 

Desenvolvimento científico

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“As teorias acabadas da ciência podem parecer quase evidentes depois de formuladas, mas a batalha para criá-las em geral só é vencida com muita perseverança. Leonard Mlodinow” Peguei este trecho de Leonard Mlodinow como pano de fundo para comentar sobre o termo “desenvolvimento científico”. O conceito de desenvolvimento científico acaba por ser um tanto quanto enganador, no sentido que parece dar a este desenvolvimento um caráter contínuo, linear, sequencial, e tranquilo, quando no fundo não é assim que acontece. Para cada teoria plenamente desenvolvida, aceita e comprovada, uma infinidade de outras se perderam pois não chegaram a lugar algum, ou acabaram não sendo corroboradas por evidências que as sustentassem. O desenvolvimento não acontece, no mundo real, assim de forma tranquila, natural e ordenada, funciona meio que aos saltos, aos esbarrões, ao retornar ao início, pois que chegaram ao fim de alguma trilha sem saída, ou se perderam pelas encruzilhadas do pesquisar, do

Palavras da mãe de Dmitri Mendeleiev

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Uma mãe, umas palavras. Palavras da mãe de Dmitri Mendeleiev: “Evite ilusões, insista no trabalho, não nas promessas. Tenha paciência na busca da verdade científica”. Sinceramente, nada a acrescentar, vindo de uma mãe, em uma época por volta do ano de 1850 (Mendeleiev viveu de 1834 até 1907). Palavras que repetiria hoje, sem remorsos ou receio algum, para meus filhos. Evite ilusões, fuja das autoridades do saber, fuja das revelações, fuja das esperanças. Insista no trabalho, não nas promessas. Foque no saber e não necessariamente nos outros, mas saiba que você precisará dos outros, mas jamais entregue aos outros o que lhe for importante. Tenha paciência na busca da verdade científica. Tenha em mente que a ciência nada cria, mas que é o descobrir da verdade do que já é, do que existe, do que é tudo, por isso a verdade cientifica é plena de saber, de conhecer, mas saiba que estas verdades devem ter um objetivo maior, que é participar de alguma transformação social, por um bem

Livro do viver e da realidade, e como uma genialidade pode transformar

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Todos nós lemos o mesmo livro da vida e os mesmos textos do real. As páginas do viver podem ser diferentemente construídas por cada um, mas o ambiente que compõe o livro engloba a mesma imanente natureza e realidade que nos cerca. Cada um escreve capítulos diferentes, pois cada um realiza um diferente viver. Em geral somos simplórios na experimentação de nosso viver, e na interpretação da natural realidade na qual estamos imersos. A genialidade aparece quando damos nova leitura, releitura, ou interpretação, desta mesma realidade imanente. 

Tendência a crer que conhecemos todas as causas

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Temos uma tendência natural a acreditar que conhecemos causas ou intencionalidades de todos os fatos, eventos ou acontecimentos, pois que somos induzidos por uma percepção superficial, e muitas vezes distorcida ou mesmo irreal, baseado na necessidade que nosso cérebro tem de “conhecer”, ou acreditar que conhece, as causas e as intencionalidades envolvidas para todos os fatos, onde na verdade simplesmente não conhecemos tais causas ou intencionalidades. Nossa mente não se “sente bem”, sentindo-se incomodada quando se vê perdida frente a um evento que desconhece a causa ou sua intencionalidade, e assim, como defesa, tende a associar eventos que ocorreram antes como sendo causas possíveis para o que aconteceu depois, ou então, cria mentalmente estórias, que passam a parecer reais, factíveis e coerentes, para justificar aqueles fatos, eventos ou acontecimentos, que desconhecemos as causas básicas ou intenções envolvidas. Esta característica, muitas vezes, nos leva a interpretações errôn