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Mostrando postagens de outubro, 2014

Minha maldade

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Da mesma forma que uma criança encanta, a fome desencanta, a miséria desumaniza, e uma criança com fome em plena realização da miséria social, ofende e destrói qualquer humanidade, é um passo para a perda total do referencial humano e de sua autoestima, e finalmente faz destas crianças a prova viva de nossa maldade, de nosso desamor, e de nossa avareza, egoísmo e arrogância, de nosso descaso e inação, mas para muitos “somos” filhos de um deus e basta um pedido de perdão para que minha desumanidade seja varrida para debaixo do tapete... Talvez também por isto, não creia que ele exista.

É muito triste

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É muito triste, revoltante mesmo, quando o desespero que bate na alma mental de muitos, vem acompanhado da omissão de alguns, do descaso de outros, da insensibilidade de outros mais, do interesse de alguns, e da desumanidade social de muitos. É triste não somente pelo desespero em si, mas também pela sensação de abandono do estado, como se aqueles fossem um fardo, a sobra ou mesmo o rejeito de uma sociedade econômica que não mais se interessa por eles. Abandonados, excluídos e rejeitados pelo corpo da sociedade que deveriam também compor, se perdem como membros desta sociedade, e veem corroída a sua autoestima, se percebendo como sem apoio, sem oportunidades, sem dignidade humana e sem maior valor para esta mesma sociedade.  

Posso até

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Posso até ser um romântico, alienado ou insensível, e acreditar que não tenho parcela de culpa na miséria de muitos, mas somente sendo mesmo um miserável de espírito mental para acreditar que não é minha responsabilidade lutar, me expor, cobrar, a agir para que alguma transformação do que aqui está possa ocorrer, por uma justiça social, por uma humana sociedade, e por uma real inclusão onde a igualdade seja não apenas um ideal intangível, mas sim uma utopia viva, muito mais que uma simples meta, mas sim uma realidade tangível, sendo um drive de nosso viver.

Somos parte da História

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Somos parte da história. Somos parte do presente. Nunca saberemos se seremos parte do futuro. No presente fazemos a história, e com a história que fazemos, construímos um contínuo eterno novo presente. Mas quanto ao futuro, não há história que garanta nossa presença nele. A história nunca se escreve à frente, no futuro, e também nunca se escreve no passado, somente o presente faz história, que no passado dá ambiente ao presente, para que se possa ter um futuro diferente, mas não diferente de algum outro futuro, pois que ninguém pode saber como este seria, mas sim diferente do presente onde construímos o nosso futuro. Posso deixar a vida me levar, ou posso tentar levar a vida, mas não posso negar que a complexidade caótica da realidade presente, leva ela, muitas e muitas vezes, a vida, a nossa vida, para onde nem mesmo a vida poderia nos levar, ou poderíamos nós levar a nossa vida.

Se você quiser

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Se você quiser ser meu amigo, basta não ser inimigo da natureza, da vida, e nem do social. Se você quiser ser meu irmão, basta ter vontade de construir um amor pela vida. Se você quiser ser meu parceiro de caminhada, basta ter respeito humano pelos vivos, todos eles, quaisquer que sejam.

Real

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É real que tudo que percebemos, o conhecemos de forma subjetiva, e é subjetivo praticamente todo o real a que temos acesso, mas é irreal não crer que o real exista, mesmo que somente o percebamos de forma subjetiva.

Eu me contradigo

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Eu me contradigo? Que bom, sou humano, sou complexo, sou múltiplo, sou caminhante. Sou eu sendo muitos, e nos muitos que sou, sou único, pois que os muitos que sou me fazem seu eu. Se eu me contradigo não é sinal, necessariamente, de fraqueza, indecisão ou incompetência. Se eu me contradigo, pode ser porque caminhe. O problema, se existe, e quando existe, está no como e no porque me contradigo. Se por procura, por busca, por ousadia de caminhar na busca de conhecimentos, por razões críticas ou por racionalidade, que bom. Se me contradigo por induções, por dúvidas (não que ter dúvidas seja algo errado, mas tê-las e não correr atrás de alguma possível verdade, e ficar me contradizendo simplesmente porque hoje acho isto e amanhã acho aquilo, e depois de amanhã volto achar isto é que não deve ser a melhor alternativa), por fraqueza de sustentar o que acho certo, ou por medo de manter o que acredito, por conveniência ou por interesses pessoais ou corporativos, que mal.

Indiferença

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Miséria, uma dieta forçada de cidadania, de estado, de liberdade, de igualdade e de sociedade. Sofrimento e abandono, uma dieta forçada pela falta de respeito humano e de empatia de muitos e que, em muitos casos, leva a destruição da autoestima e a corrosão da dignidade. Fome, uma dieta forçada pela exclusão social, pelo pouco-caso ou negligência humana, pela ganância de alguns e pela inação de muitos.

Morrer é algo tão natural

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Morrer não é nada. Morrer é um tudo no simples retorno ao ser nada. Morrer é um nada que nos retorna ao nada eterno do ser, ao nunca mais ser, à eternamente ser nenhuma, a ausência de tudo e de qualquer ser, ao todo que sempre foi ausência total de ser. Morrer coloca fim ao ser, a qualquer ser, mas nunca retornaremos ao nada físico, pois que estaremos presentes como átomos, ou como partículas que nos compuseram para toda e eternidade, como sempre estivemos presentes como partículas desde o início (do momento em que a energia do big bang faz-se em partículas) e assim estaremos por todo o sempre, enquanto pelo menos este sempre real existir, até que o decaimento final (se isto acontecer), de tudo e de qualquer coisa, se faça o fim material, mas mesmo neste cenário de absoluto final material, haverá de existir a flutuação quântica, o nada que é tudo, se não tudo, o nada que muita coisa é, o nada que podendo ser escalar pode dar origem ao tudo, o vácuo repleto de partículas virtuais, de

Eu preciso de mim para ser feliz

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Eu preciso de mim para ser feliz, se nunca plenamente feliz, pelo menos para poder estar momentaneamente feliz. Amigos são sempre bem vindos, mas nunca para me fazerem feliz independente de mim mesmo. Amigos são bem vindos para celebrarem comigo aqueles momentos em que estou feliz, ou então para me suportarem em meus momentos de tristeza, mas sempre, minha tristeza ou alegria serão atributos meus, nunca de meus amigos. Amigos não são muletas, apesar de muitas vezes preferirmos que assim fossem. Amigos, ou meros conhecidos, mesmo os desconhecidos, ou aqueles que se comportam como nossos inimigos, muitas vezes pelo que nós mesmos fazemos ou fizemos a eles, não são totalmente importantes na minha construção dos momentos felizes que experimento. Podem participar? Que bom quando participam.

Nossa mente é tudo que nós podemos realmente ter

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No fundo, nossa mente é tudo que nós podemos ter, pelo menos de forma consciente, enquanto nosso cérebro possuir integridade funcional. Mais no fundo ainda é nosso inconsciente aquilo que realmente temos e somos, aquilo que nos faz ser e nos faz ter o que temos de nós mesmos e que ninguém pode nos retirar enquanto somos. Nada do mundo externo nos pertence, tudo que podemos hoje ter, ou que venhamos amanhã a ter, pode ser perdido, retirado ou pode simplesmente desaparecer. O meu pensamento ainda é minha propriedade, se não do meu eu consciente, que pode ser mero leitor de um noticiário escrito e tornado público para mim pelo inconsciente que me faz realmente ser, o que penso e o que sinto é minha propriedade, pois que vindo de mim, me faz, apenas a mim (pelo menos por enquanto), ser seu meio, e seu fim. 

O inferno não existe e nem pode existir

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O inferno não existe e nem pode existir, (é uma alegoria de nosso subjetivo, mas muito conveniente para o sistema), mas a maldade, a indiferença, o individualismo, e o descaso humano e social existem e são muito reais.  O inferno não queima, mas o descaso humano destrói. O inferno não arde, mas a maldade humana desumaniza. O inferno não tem cheiro de enxofre, mas a indiferença e o individualismo traz consigo o sofrimento e o abandono a cada vez mais irmãos.

A liberdade não reside nas palavras

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A liberdade não reside nas palavras (ou pelo menos não reside e nem pode residir somente nas palavras), mesmo que as palavras tenham alguma força, muita força, a atitude, o comportamento, o exemplo, e a ação são superiores às palavras. A verdadeira liberdade reside no espírito mental que nos faz ser quem somos. As palavras podem movimentar temporariamente, podem motivar, por outro lado podem até mesmo ofender e intimidar, mas são os exemplos, o ato de se expor e caminhar na frente, de ser vanguardeiro no processo social que, realisticamente, jamais idealisticamente, que podem realmente mexer com todos e ajudar na transformação do social, pela nossa própria transformação. É necessário que sejamos pragmático, quando assim for necessário, para não nos perdermos na vã condição de gastarmos nosso tempo filosofando a origem dos pensamentos ou a verdade como interpretação pessoal, que acabem por não nos levar a lugar algum. O que o mundo real necessita é muito mais do que, em primeira inst

Democracia

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Entendo que vivemos em uma democracia do poder econômico, um estado que se diz democrático, mas reflete na verdade os interesses e os planos do poderio financeiro. Vivemos a burguesa democracia de um estado desigual, vivemos a falsa igualdade, vivemos a igualdade desumana de uma democracia não social. Nos escondemos por detrás da falaciosa argumentação das oportunidades iguais, justificando o que temos e o que conseguimos pela meritocracia, quando na verdade nossas oportunidades foram, em geral, quase absolutamente, vergonhosamente, maiores que a da maioria miserável e excluída de nossa sociedade.