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Mostrando postagens de novembro, 2015

Classificação biológica

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Orientamos a classificação dos organismos em espécies. Mas o que seria, em uma leitura rápida, espécies? Consideramos como uma espécie aqueles animais que tendem a se acasalarem uns com outros. Mas seria somente isto? Não! Como descendentes deste acasalamento, devem naturalmente nascer crias férteis, que possam acasalar e, de novo, deixar descendentes férteis. É normal, que alguns descendentes possam nascer inférteis, mas o que importa é que na maioria absoluta, animais são considerados de uma mesma espécie, quando se sentem naturalmente atraídos para o sexo entre si, e quando são capazes de deixar crias férteis para continuarem a se reproduzir. O fato de deixarem descendentes férteis é de vital importância, pois que podemos ter espécies que se separaram a “pouco tempo” biológico, que tiveram no passado, não muito distante, progenitores comuns, que hoje já não são mais mesma espécie, pois que mesmo acasalando, não deixam descendentes férteis. Um caso bem conhecido é o dos cavalos e

Aristarco de Samos

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Aristarco de Samos (Cerca de 260 a.c.). Por muitos é considerado o mais bem-sucedido astrônomo Grego. Calculou o tamanho da Lua, baseado somente no tamanho da sombra que a Terra projetava na Lua, durante um eclipse da lua. Sem dúvida, a mais revolucionária de todas as suas ideias foi a de que os movimentos dos corpos celestes seriam mais facilmente interpretados caso se admitisse que todos os planetas, entre eles a Terra, girassem em torno do Sol. Era uma ideia tão avançada e radical, que com o domínio Romano e depois com o domínio da igreja católica, foi esquecida pelos “sábios”, e inclusive seu livro sobre este assunto não sobreviveu.

A Física

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A física (que se divide em teórica ou experimental, mas para muitos, a bem de alguma precisão, somente a experimental poderia ganhar status de verdadeira ciência), em poucas palavras, e longe de buscar uma definição perfeita ou completa, é a ciência, é a busca do conhecimento e do entendimento, que trata da matéria, da energia, do movimento e da força – tudo, desde a imensidão do cosmo até a menor partícula indivisível da natureza. Como atividade intelectual, ela é a busca das leis fundamentais da natureza, e participa de todos os fenômenos naturais, sendo que nenhum fenômeno no universo lhe é 100% alheio, e em algum grau, do mais simples ao mais complexo, tudo o que acontece no universo possui participação, sustentação ou limites físicos. Texto adaptado por mim, retirado do prefácio do livro “Gigantes da Física – Richard Brennan” .

Tales de Mileto

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Tales de Mileto (por volta de  640 – 546 a.c.). É por alguns identificado como o primeiro filósofo e “cientista”, no ocidente, conhecido. Tales de Mileto apresentava, na época, e para a época, uma maneira diferenciada, nova, para se tentar compreender o mundo natural, ele olhava com olhos de novas perspectivas. O mais importante, Tales não recorria ao animismo para justificar os fenômenos e os fatos. Ele não defendia, como de costume, que chovia porque o deus da chuva assim o queria, ou porque estivesse zangado, o mesmo raciocínio para as coisas do mar, que assim o seria porque os deuses assim o queriam. Ele buscava explicações naturais e fugia do animismo. Mas o que de mais revolucionário tales apresentou, foi uma forma de pensar o mundo, ele fez a afirmação de que o cosmos era algo que a mente humana poderia entender, bem audaciosa para a época, e mesmo hoje em dia para muitos. Ele foi espetacular na previsão de um eclipse para 585 a.c., que ocorreu. Tales direcionou e dirigiu nos

Conceitualmente entender a ciência deveria ser tão prazeroso quanto entender uma obra artística

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Infelizmente, muitos ainda se assustam, se amedrontam quando o assunto é ciência ou matemática. Mas não deveria ser assim. Mesmo o mais leigo dos leitores ou dos observadores, tem capacidade e competência para entender conceitos científicos, desde que quem os explique, tenha algum cuidado de passar a explicação longe dos universo técnico e próprio dos cientistas ou das complexas fórmulas, e coloque alguma, mínima que seja, sequência coerente. A maioria absoluta dos conceitos científicos, enquanto conceitos, são inteligíveis pela maioria absoluta da população, até mesmo porque ciência não é invenção, é puro entender o que já aqui existe, já vivemos imersos na ciência, pois que a ciência nada mais é do que entender a realidade que nos cerca. Como dizia Timothy Ferris “ A dificuldade para se compreender uma obra conceitual de ciência, em contraposição a uma obra de arte, é frequentemente exagerada. ” Desta forma, entender Newton, Einstein, ou mesmo Gell-Mann não deveriam ser mais amedr

Variedade incrível de espécies

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Lendo Edward O Wilson, tive acesso a alguns números, que já conhecia serem grandes, mas sou sincero em afirmar que aqueles números são realmente incrivelmente grandes. Desde 1735 quando Carlos Lineu, um naturalista sueco, facilmente identificado entre um dos mais conhecidos cientistas do século XVIII, e mesmo ainda hoje em dia, colocou em andamento seu sonho ambicioso de descobrir e identificar, catalogando, todos os tipos de plantas e animais do planeta, chegamos hoje a magníficos mais de 310.000 (trezentos e dez mil) plantas conhecidas e classificadas e, pasmem, mais de 1.900.000 (um milhão e novecentos mil) espécies conhecidas de seres. Estima-se que este número ultrapasse dez milhões (10.000.000), em especial com a contínua catalogação da diversidade de bactérias. São elas uma espécie de “matéria escura” biológica, estando em todos os lugares, do potencial maravilhoso da diversidade de vida. Hoje, apenas um pouco mais de 10.000 (dez mil) são conhecidas (número de 2013), mas este

Cidadãos e o poder que deveria emanar do povo, para o povo e ser sempre exercido em nome do real interesse do povo.

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Cidadãos, e o poder que deveria emanar do povo, para o povo e ser sempre exercido em nome do real interesse do povo. Para os holandeses existe um ditado, quase uma lenda, a de que “um dedo pode salvar um dique”. Uma enorme área da Holanda encontra-se abaixo do nível do mar. Simplesmente por isto, para os holandeses, os diques, os cuidados e a manutenção de cada destes diques é tão importante que se tornaram algo de muito sagrado para eles. Os Holandeses aprenderam, a muito tempo, que ao invés de ficar orando para que alguma entidade protegesse suas terras, construir e manter os diques são essenciais ao seu viver. Os diques holandeses são tão sagrados para seu povo, que nenhum político possui poder algum de decisão sobre eles. São os engenheiros e as comissões locais de cidadãos, que já existiam antes mesmo de que a Holanda existisse como um país, quem são os responsáveis pelos cuidados, pela manutenção e pelo reforço, destes diques.

Amar é

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Amar é se encontrar... Amar é construir... Amar é se encontrar em processo de construção...

Responsáveis

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Seriamos nós, todos por todos, responsáveis pelo zelo, pelo cuidado e pela dignidade de vida de nossos semelhantes? Independente da resposta dada a questão anterior, deveríamos ser? Caso expandíssemos a questão a todos os seres vivos, deveríamos nos responsabilizar por eles, e pelos seus nichos ecológicos? E pela natureza como um todo? As respostas acima, se sinceras, pensadas e repensadas, perpassadas por uma análise crítica individual, consciente (pelo menos até onde a consciência seja possível) e profunda, acaba por falar muito sobre nós, e pode falar sobre o status de nossa sociedade e da realidade local e global. Podem parecer pequenas respostas, mas podem nos dizer o quanto nos sentimos, se nos sentimos, responsáveis e/ou parte (direta ou indireta) das causas e da complexa situação, do todo, em que estamos imiscuídos.

A riqueza possui muitas faces

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A riqueza possui muitas faces, a maioria delas apenas máscaras para encantamento e divulgação. Não me refiro a classe média, apesar de muitas vezes ser também culpada pela omissão e pelo sonho de um dia chegar a riqueza. Entre aquelas muitas faces da riqueza, muitas delas são cuidadosamente disfarçadas, ou propositalmente escondidas, pois que são feias, nojentas e desumanas, entre estas podemos notar que muitas vezes a riqueza foi construída por investimentos públicos, que esta riqueza acaba por construir uma gigantesca classe de desfavorecidos, de explorados e de excluídos, que quase ninguém se importa, que esta riqueza sempre que possível busca privatizar ao máximo o lucro, e socializar ao máximo os prejuízos, que esta riqueza, vive atrelada simbioticamente ao poder, direcionando a política, restringindo direitos, dirigindo a confecção e alteração das leis ao seu interesse, e criando mecanismos legais ou fiscais para não distribuí-la com o estado ou com ninguém,como disse muitas s

Amadurecimento e o tempo

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Que ninguém pense que o tempo amadurece alguém. Quando muito, o tempo é um meio necessário para algum amadurecimento, mas tenham a certeza que idade ou cabelos brancos não é, nunca foi, e nunca será, garantia ou certeza de amadurecimento algum, de sabedoria alguma, ou de experiência. Amadurecimento e sabedoria necessitam do tempo? Sim. É certo que é necessário tempo para adquirirmos algum amadurecimento ou sabedoria (se é que os alcançaremos), pois que é necessária experiência, ousadia para fazer e para tentar, é necessário comprometimento, doação, é necessária observação, empatia, e vontade, é necessário acertar e errar, e é necessário estar sempre em um estado de aprendizado e de análise crítica, e ainda assim, nem todos chegarão a alcançá-los, e de todo modo, sua sabedoria ou amadurecimento, em geral, servirão apenas para si próprio e não para os outros.

Acidificação das águas

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O CO2 combina-se com alguma facilidade com a água incrementando sua acidificação. O simples contato dos mares com uma atmosfera faz com que haja uma troca natural de gazes entre eles, e este contato, dos oceanos com uma atmosfera cada vez mais rica em CO2, tem acarretado uma contínua acidificação dos oceanos. Em épocas “normais”, a troca de gazes leva a acidificação, mas os desgastes naturais de rochas e outros processos bioquímicos acabam por se equilibrarem, um acidulando e outros ajudando no oposto, na alcalinização. O problema da emissão de CO2 é crítico, não somente pelo problema do aquecimento, mas também por desencadear a acidificação dos oceanos, acarretando um caminhar para extinção de boa parte da vida marinha, mas o problema fica muito mais dramático, pela velocidade como ele está ocorrendo, o que não possibilita, pela bioquímica natural, reverter a crescente acidificação das águas dos oceanos. Cabe lembrar que o aquecimento, por si só, já é um problema, também para os ni

Administrar e preservar a vida

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Administrar e preservar a vida são com certeza premissas básicas de qualquer ser biológico, de quaisquer espécies biológicas, pois que são premissas naturais a vida, premissas arraigadas e de fundamental valor biológico para o sobreviver. Seres unicelulares já as tinham e os têm, mesmo organismos com “pobres” circuitos neurais, desprovidos de mente ou de consciência já os têm em seu corpo, e replicados em seus circuitos neuronais. O cérebro humano não é diferente, a mente, o subconsciente e a consciência, têm impressos na circuitaria neural, mesmo nem sua porção “reptiliana”, os mecanismos ou processos para administrar e preservar a vida, incluindo-se também alguns processos zumbis para a procriação, ou para a defesa social de vidas que se creiam parentais.

Memória de longo prazo e pressão seletiva

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A memória de longo prazo pode ter ganhado força de seleção, não necessariamente pelo que podemos nos lembrar do passado, que por si só é interessante, mas me parece muito pouco para, por si só, alavancar uma pressão seletiva, entretanto, para o que podemos nos “lembrar” do futuro e do presente, me parece aí sim ser importante. Por favor, ainda não estou totalmente louco, deixe-me tentar esclarecer. A memória do passado, nossas experiências, o que deu certo, o que deu errado, quem nos ajudou, quem atrapalhou, quem pareceu confiável quem pareceu não valer confiança, o que nos deu prazer, o que nos deu alguma dor física ou mental, cada evento do passado, passam a ganhar muita força e importância quando os temos como ferramenta e parâmetros para análise, simulação, projeção e planejamentos estratégicos e logísticos para o presente e para o futuro, para nossas alianças, para nossas defesas e etc. Assim, entendo eu, que a memória de longo prazo passa a ter muito valor quando passamos a ap

Mentira e enganação

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Mentir e enganar são coisas diferentes, algumas vezes podem parecer ser a mesma coisa, mas no fundo não são, e é fato que posso enganar falando unicamente verdades. Um exemplo que li a algum tempo sobre o assunto, e que me ajudou a mais claramente diferenciar um do outro, seria o fato de eu poder me sentar numa das cadeiras de visitante do congresso nacional, e ligar para algum consultor famoso que não me atenderia, e me apresentar: “olá, aqui é o Tavares, ligando do congresso nacional...”. Mentir, assim, seria como faltar com a verdade quando o outro espera e confia que estejamos sendo honestos, e enganar seria algo como faltar ou falsear uma verdade quando o próximo não está, pelo menos naquele momento, cobrando ou esperando que sejamos honestos. Políticos são exemplos claros e cristalinos de experts em enganação, muitas das vezes falando algo de verdadeiro, líderes religiosos são outro grupo bom nesta área. Eu, como creio a maioria, entende que não devemos mentir nem enganar,

Transgressões éticas

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Transgressões éticas podem ser distribuídas, divididas, organizadas e agrupadas em muitas diferentes categorias, mas duas delas me são marcadamente importantes: As coisas “más” que fazemos, e as coisas “boas” que deixamos de fazer quando o poderíamos (atos de omissão). Normalmente costumamos julgar os primeiros com mais ardor, entretanto ambos são transgressões éticas, e no fundo, para mim, têm o mesmo valor, ou melhor, o mesmo “desvalor” humano.

Oportunidades iguais

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No capitalismo liberal o povo “produtor” não vale pelo que é, e sim, vale pelo que produz de retorno em bens e serviços. No capitalismo liberal existem os donos do capital, a elite burguesa-administrativa, e finalmente a mão de obra produtiva, parte dela qualificada e parte dela não qualificada, e de resto, os párias abandonados por este mesmo sistema, pois que não produzem e nem consomem. No capitalismo liberal, a produção é mais importante que as pessoas, ou você produz lucros, ou você consome, ou você é um quase nada. O que importa é prover retorno financeiro ao capital investido. No capitalismo acabamos por valer o quanto podemos enriquecer os donos do capital, ou pela produção, o pelo consumo, ou no ideal, pelos dois lados, pois que somos mais ativos no enriquecimento dos donos do capital. No capitalismo liberal o poder financeiro é quase que absoluto, não obstante a máscara de oportunidades iguais para todos. No fundo, é uma brincadeira de mau gosto falar-se, em uma realid

Livre arbítrio

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É um livre arbítrio acreditarmos no livre arbítrio? Ou será que não possuímos autoridade sobre o que chamamos vulgarmente de livre arbítrio? Ou será que estamos fadados a dar uma nova releitura e uma nova definição ao que seja livre arbítrio, que não seria o arbítrio pleno e consciente de um ser consciente, e talvez, muito mais, o arbítrio inconsciente de um ser que conscientemente é apenas avisado do arbítrio tomado, como se fosse ele mesmo, o ser consciente quem o tomasse?

Oportunidades iguais

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Oportunidades iguais, para uma população tão desigual, é a melhor forma de manter garantida a desigualdade. Oportunidades iguais para pessoas social, econômica, e culturalmente tão diferentes, umas com acesso a tudo, outras que mal tem onde morar, é brincar de jogo de palavras, é perpetuar a desigualdade, com palavras amistosas, disfarçada de boa vontade social e política.

Cegos de bons olhos

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É triste perceber como alguns de nós acaba se comportando como cegos (de bons olhos), guiando, ou sendo guiados por cegos (de bons olhos). É muito triste ver alguns caminhando ao som do desespero da fome de tantos, bailando ao som da sinfonia dos “restos humanos” que compõem, acerca dos perdidos que ouvem a flauta mágica daqueles que sempre querem mais, e ingenuamente se deixam entorpecer, seduzir e encantar os sentidos e sentimentos por falsas promessas inalcançáveis, exatamente daqueles que prometem sabendo apenas que é ilusão. Não caminhamos para a destruição, pois que nela estamos, de olhos congelados e sensibilidade entorpecida, em plena destruição de nós mesmos, da natureza, da biodiversidade, do social e do pouco que nos resta de dignidade humana.

Ser somente prestativo não basta

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Ser somente prestativo não basta. Ser prestativo, é um pouco como ser caridoso, ajuda, em alguns casos ajuda muito, em casos extremos até salva vidas, entretanto ter um comportamento apenas prestativo e caridoso, nada transforma, é necessário estar ativo, atuante, militante, comprometido, ousado e atento, por uma transformação do que aqui ou acolá compactua com tudo ou qualquer coisa que leva ou que sustenta a exploração, a exclusão, a segregação, e a (in)dignidade humana. Ser somente prestativo e caridoso, mas cego a necessidade de transformar, acaba apenas por reforçar e repetir este estado político, econômico, religioso, que sustenta uma sociedade fria, impessoal, insensível, desumana e não social. 

Cem anos da teoria geral da relatividade

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Cem anos da teoria geral da relatividade. Em 1905 tem início a teoria da relatividade especial ou restrita, e em 1915 a teoria geral da relatividade.  Uma física deste porte nasce ao longo de algum tempo, e em geral passa por diferentes proposições iniciais, por diferentes físicos. De uma forma rápida vamos repassar um pouco do final desta história.  Lorentz resgata a contração de Fitzgerald, que aparece como uma solução ad hoc, e propõe uma contração semelhante, mas propondo ainda que a massa de uma partícula aumentava a medida que ela atingia velocidades cada vez maiores. Lorentz ressaltava o fato de que uma contração da distância acarretaria uma dilatação do tempo (o tempo passaria mais devagar para quem está se movendo). Em 1899 Lorentz propõe um conjunto de equações que permitem relacionar medições efetuadas por duas pessoas distintas que estivessem em movimento uma em relação a outra. Ele introduzia a velocidade da luz como um limitante, aplicando esta restrição a uma

Piscina de sangue

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Pequena variação do texto publicado com o título "Piscina negra", sendo alterado toda e qualquer referência para "piscina de sangue", por não mais me sentir confortável com a relação anterior. Piscina de sangue Piscina de sangue Da vergonha do que somos Da pobreza que criamos Do abandono social que alimentamos Piscina de sangue Do sangue que exploramos Piscina de sangue Da riqueza material que acumulamos Piscina de sangue Da desumanidade que transpiramos Do bom hipócrita que somos Fizemos da piscina de sangue que represamos A própria culpa do mal que praticamos E do amor que nós mesmos teatralizamos A nós mesmos nos enganamos Que a vida dignificamos #ateu #ateuracional #livrepensar #ateuracionalelivrepensar ateu livre pensar   livre pensador   livre pensadores Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.

A beleza do amor

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A beleza do amor, é que o amor é construção, baseado em bem querer, respeito, compromisso, cuidado, vontade, doação... Sem desejar ser dono de verdade alguma, entendo que diferente do amor pelos filhos (naturais ou não), e da paixão (que não sendo amor acaba sendo confundido com ele por muitos), o amor é um estado resultante de contínua construção, desde a escolha, da decisão, do compromisso assumido, do respeito, e do bem querer. O Amor (como um todo, abrangente e universal) em si não existe naturalmente, como não existe naturalmente um prédio, mas ambos podem ser erguidos, mas requerem trabalho, dedicação, investimento... O termo amor é uma única palavra para abranger um leque diversificado de sentimentos e de comportamentos, que vão desde o amor por um filho, passando pelo amor pela(s)(o)(os) parceira(s)(o)(os), por um amor por si mesmo, por um amor pela vida, por um amor por uma causa, por um amor pelo amigo (entendo que a amizade é uma das mais puras construção de amor), po

Distanciamento da física e da matemática

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Muitos têm com a física, e também com a matemática, um relacionamento de respeito, entretanto com afastamento. E o chato é a percepção de que a física ou a matemática sejam difíceis demais. Como em todo o saber, existem coisas difíceis e coisas fáceis, isto vale para a literatura, para a linguagem, para a história, e vale também para a física e para a matemática. Retirada aquela porção mais complexa da física e da matemática, o que eu tenho notado é que o afastamento se dá muito por alguns problemas (fora da física e da matemática) que poderiam ser razoavelmente resolvidos. Uns, tanto jovens como adultos, têm dificuldade na leitura e interpretação, e não conseguem se achar nos problemas e nas proposições, esta falha não é da física e nem da matemática, mas aparecem fortemente nestas, talvez porque seus textos são bem diferentes daqueles textos literários. Outra dificuldade que percebo é de base, crianças e adultos não carregam consigo uma bagagem de conhecimentos matemáticos e físic

Física! O que é física?

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Física! O que é física? Como este é um texto informal, não pretendendo ser um corolário científico, ou um dicionário de filosofia da ciência, iniciei com uma ida ao bom amigo dicionário do Aurélio. Segundo ele: “física. (Do grego Phisiké, “a ciência das coisas naturais, pelo latim physica.) S.F. 1. Ciência de conteúdo vasto e fronteiras não muito definidas, que investiga as propriedades dos campos, as interações entre os campos de força e os meios materiais, as propriedades e a estrutura dos sistemas materiais, e as leis fundamentais do comportamento dos campos e dos sistemas materiais. ” Eu costumo de forma bem genérica dizer que a Física é a ciência, é uma das ciências, que estuda o natural, a natureza. Para muitos isto parece satisfazer, ou fazem “cara” de quem se satisfaz com esta assertiva, mas em essência, esta definição é muito abrangente, e com certeza não define o que é a física, pois que estudar a natureza, e o natural, abarcaria tudo, pelo menos para alguém que co

A Ciência que podemos chamar de moderna

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"A ciência, que podemos chamar de moderna, quer olhar sob a superfície aparente do mundo, procurando conhecer um nível mais profundo da realidade. Steven Weinberg" Quem falou isto foi nada mais nada menos que um laureado com o prêmio Nobel, o físico Steven Weinberg, e fiquei feliz da vida em ler isto, agora em seu livro, "Para explicar o mundo", pois significa que eu penso muitíssimo parecido com ele. O que a ciência deve buscar não é a superficialidade do fenômeno, e sim o subsolo do real, que "movimenta", permite, e dá vida, ao fenômeno, e que muitas vezes, esta realidade, sequer é intuitiva.

A ciência é impessoal e internacional

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A ciência é impessoal e internacional. Desenvolvemos teorias que deverão passar pelo escrutínio da verificação experimental, por testes também impessoais e internacionais, em cada uma de suas previsões, e mais ainda superar o crivo da tentativa impessoal e internacional de refutação. 

Como aprendemos a aprender a respeito do mundo?

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Eu não sei a resposta exata, mas entendo que foi com erros e acertos, que fomos "inventando" e aprimorando o método científico, para "descobrir" cada vez mais profundamente, cada vez mais longe da superficialidade dos fenômenos naturais.  O método cientifico pode não ser perfeito, mas é de longe o mais perfeito método conhecido para aprendermos a respeito do mundo, do universo, do todo e do tudo, mesmo que jamais aprendamos a maior parte deste todo, ou deste tudo.

Humanismo, entretanto natural

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Eu entendo que o humanismo não pode ser pleno e absoluto, ele deve ser coerente, responsável, e de certo modo limitado. Ele, o humanismo, deve valorizar aquilo de humanidade que nos faria humanos, mas não pode, e não deve, mesmo que alguns pensem em contrário, valorizar o humano como acima de tudo e de qualquer coisa, como o que absolutamente seja o mais importante existencialmente. Não aceito nenhum humanismo que nos veja, ou que nos queira tornar algo como que super homens, quase deuses, como que a absoluta medida e referência de tudo. Não, NÃO SOMOS absolutamente melhores que nenhuma outra espécie, todas elas têm suas qualidades, somos uma que tem suas peculiaridades, mas somos apenas uma espécie, e em verdade, se fossemos levar a ponta de faca, somos mesmos é piores, basta um olhar minimamente atento ao que fizemos, e estamos fazendo, de nosso mundo e de nossa sociedade desumana....

Imperfeitos

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Somos imperfeitos, eu sou imperfeito, e isto independe de nossas ideologias, de nossos princípios, independe do grau de escolaridade, educação, instrução ou mesmo de termos ou não graduações, independe de nossa idade, nacionalidade, ou mesmo de nossas crenças ou descrenças. Somos imperfeitos, e não vou cair no lugar comum, apesar de verdadeiro, de dizer que somos humanos e por isto imperfeitos...  Somos imperfeitos, somos falhos, algumas vezes (muito mais do que gostaríamos de assumir) chegamos a ser incoerentes, e até mesmo irresponsáveis. Nossa imperfeição, comum a todos nós, não pode e não deve ser usada como mera desculpa para nossas ações irresponsáveis, desumanas, incoerentes ou mesmo por nossas inações... Somos responsáveis direta e indiretamente pelo alcance do que fazemos ou do que deixamos de fazer, e isto é nossa responsabilidade, e não pode ser sufocada, ou deturpada pela nossa imperfeição... Sou imperfeito, todos somos, mas continuo tentando, continuo buscando, cont

Kepler e o fim das esferas celestes

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Depois de Copérnico, veio Tycho Brahe, e daí o Kepler (Johannes Kepler). Kepler chega ainda com os mesmos conceitos e preconceitos antigos de órbita circular, entre outros. Mas Kepler tinha algo de maravilhoso nas mãos, medidas efetuadas por Tycho, dados de qualidade suficiente para um estudo meticuloso.  E assim:  “Em algum momento, Kepler se convenceu de que a tarefa de ajustar os dados ao conceito antigo era inexequível, e que precisava abandonar o pressuposto, comum a Platão, Aristóteles, Ptolomeu, Copérnico e Tycho, de que os planetas giram em órbitas circulares. Ele concluiu que as órbitas planetárias têm formato oval. Finalmente no capitulo 58 (de um total de setenta) da “Astronomia nova”, Kepler deixou isso claro. Naquilo que depois veio a ser conhecido como a PRIMEIRA LEI DE KEPLER, ele concluiu que os planetas (inclusive a Terra) se movem em elipses, com o Sol num foco e não no centro. Steven Weinberg".

Amor, no seu limite é simplesmente bem querer

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Eu não entendo que se possa dividir o amor, entendo sim que o amor é uma soma, pois que não é um ato de doar o que já se tem. O amor é uma doação de si próprio pelo amor que se constrói.  Não consigo ver o amor como uma doação do amor em si. Por isto eu nunca divido o amor, eu cresço no amor que construo (horas com alguma desconstrução necessária, horas com algumas reconstruções). Eu me construo enquanto construo um estado mental de amar sem troca e sem interesses outros que não apenas o de entrelaçar vidas, sensibilizar mentes, humanizar sociedades, e respeitar tudo o que for natureza, tudo o que for natural, enfim um estado de bem querer geral.

Não sei

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Não sei se eu ando sempre em boa companhia, mas eu ando sempre comigo, nunca ando em absoluta solidão, eu e meus muitos seres, somos únicos, somos sempre apenas um no controle, mas no fundo somos vários.

A aceitação das teorias de Newton

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A aceitação das teorias de Newton, não ocorreu de forma fácil, e nem universal, levou certo tempo para que ela fosse aceita. Eu entendo que vários foram os motivos, e citarei apenas alguns. Apenas baseado na leitura de suas obras, não em suas opiniões, a ciência passara a se divorciar totalmente da religião. Havia ainda a velha rixa entre a matemática e a física. Newton não falava, e nem podia falar, a linguagem aristotélica das qualidades, finalidades e substâncias. O padre Nicolas Malebranche (1638-1715) fez uma resenha de “Os princípios” atacando que seria uma obra de geômetras e não de físicos. “Malebranche estava visivelmente pensando na física ao modo de Aristóteles. O que ele não entendeu foi que o exemplo da NEWTON havia reformulado a própria definição de física Steven Weinberg”. A teoria de Newton encontrou ainda restrições e opositores na França e na Alemanha, por parte dos equivocados seguidores de Descartes. Mesmo assim a física de Newton avançou de sucesso