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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Fim de Ano

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Mais um final de ano “civil ocidental” se aproxima, e com ele um momento em que muitos de nós somos naturalmente tomados por uma cultural emoção e alegria. Este é um momento em que praticamente todos nós acabamos sendo envolvidos pela carga emocional coletiva natural de um fim de ano. Este final de ano, não sendo muito diferente dos demais, é único por si só, pela sua experimentação e pela capacidade exclusiva que temos de experimentá-lo em cada um de seus momentos. Realizamos nosso viver, realizando continuamente o nosso presente, como um mágico instante que ousa nunca ser passado, mas que nos desafia continuamente em nunca ser futuro. Cada momento presente reflete a nossa eternidade do viver, nos fazendo únicos em nosso ser e únicos também em nosso viver. O presente que realizamos neste fim de mais um ciclo anual é assim único (como é único também cada instante ao longo de todo o presente que já vivemos, e de todo contínuo presente que estamos vivendo), exclusivo e extraor

Feliz 2016

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Mas até lá, e durante ou depois de 2016, feliz momento presente. Feliz eterno momento presente. Feliz eterno realizar e experimentar o viver, que somente é possível no presente, presente este que sempre ousa se descortinar para o futuro, mas que nunca deixa de ser o instante presente.   Feliz 2016 e avante....

Felicidade

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Todos, de forma geral, procuramos ser felizes, podemos até não saber exatamente o que seja esta tal felicidade que almejamos encontrar, mas a queremos. Deve ser bom. Ser feliz deve valer algo, pois que todos, com o mínimo de saúde mental, a desejamos. O que seria em verdade esta tal felicidade? Será inebriante? Será contagiante? Será humano? Será natural? Será mera construção subjetiva? Será um misto de natureza e construção? Ela já estaria em nós? Ou será ela algo “exótico”, algo misterioso, que cada um sente ao seu jeito, que cada um define como quer, e assim cada um pode ter a sua, e representá-la mentalmente a sua forma? Eu, entendo que ser feliz deve ser complexo, mas há de ser algo mental, neuronal, natural, deve ser um estado psíquico, deve ser assim algo que já trazemos como estrutura fisiológica, mas que necessita de algo mais, de alguma construção para no mínimo ativá-la. Mesmo que muitas vezes erremos na forma, todos buscamos esta tal felicidade. A felicidade, assim, é um

Silêncio e revolta

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Quanto mais silencio  (quanto mais me calo e emudeço)  contra a revolta do que aqui está, mais grito para o mundo que compactuo com esta mesma sociedade que coniventemente ajudo a sustentar.  O silêncio de minha revolta relega ao descaso e ao abandono social milhões de seres vivos que ficam a margem da dignidade humana, entre estes uma multidão de crianças que sequer aprende a conhecer o que é alguma autoestima. O grito silencioso e sufocante do sofrimento alheio deveria ser suficiente para que não me calasse.

Gostaria

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Pessoalmente, gostaria de ser conhecido muito menos pelo que falo ou escrevo, e muito mais pelo que sou, pelo que construo, pelo que transformo, pelo que faço e pelo que deixo de obras e exemplos. Falar é muito mais fácil do que fazer, escrever é muito mais fácil do que viver, falar e escrever é muito mais simples do que se expor fisicamente, de corpo e alma, de mente e espírito mental, na luta frontal por uma sociedade mais humana, mais justa, e mais social, até que um dia consigamos uma sociedade onde a inclusão social não será necessária simplesmente porque não haverá excluídos, simplesmente porque todos seremos um.

Somos

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Somos criação e criatura de nosso próprio apocalipse, criação e criatura de tudo o que somos. Somos enfim reais, naturais, complexos e o resultado de muitas, diferentes e complexas interações e causas. Muitos de nós acreditamos ser especiais e herdeiros diretos de tudo o que há em nosso planeta, assim cremos ter o domínio e o direito ao uso e abuso de tudo que aqui existe, e assim, de forma prepotente, depositamos fé no direito à posse total e absoluta sobre tudo. Perdidos em crenças e culturas reproduzidas ao longo de muito e muito tempo, acreditamos, presunçosa e repugnantemente, que dominamos nosso futuro e que quando a morte nos chamar estaremos a um passo de uma nova jornada, pois somos a descendência direta e escolhida de um ser superior. Quanto engano, quanta prepotência. Hum!  Há! O planeta? O planeta, aqueles mesmos acabam por deixar para lá, pois que nosso lar não é aqui, estaríamos de passagem, é o que arrogantemente muitos de nós acredita. Mesmo que verdade fosse, isto n

Perfil recantodasletras

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O texto abaixo é meu perfil no site www.recantodasletras.com.br, onde publicava normalmente meus textos antes de ter meus próprios blogs, em especial o www.ateuracional.com.br  Amante da vida. Apaixonado por meus filhos. Aprendiz das letras. Letras, são elas que me libertam hoje a alma, e permitem ao meu espírito crítico, ético e científico, ganhar liberdade. Escrevo por que não consigo falar para muitos, caso pudesse falar, escreveria também. Escrever é uma virtude, um vício e um prazer. Escrever é parte de mim. Pode não ser uma escrita lírica ou poeticamente bonita, porém é sincera, e fruto de muita verdade do que sinto, e do que penso. Tento jamais ofender os que me leem. Se minha escrita não for pela dignidade humana, melhor que não escreva. Se meus textos ofenderem a humanidade ou a vida, melhor que minha mão se perca, que minha pena se parta, que o papel me falte, e que o computador se quebre. Sou livre enquanto minha liberdade for ética

Alguém EU

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O texto abaixo é parte do texto de apresentação de meu G+ (publico-o aqui apenas para registro e divulgação, sem nenhum tipo de edição ou alteração) Alguém que tenta se encontrar, e conhecer um pouco mais deste mundão. Alguém que tenta ser humano, e busca construir um caminho ético para seguir. Alguém que tenta acreditar que nossa HUMANIDADE é o único diferencial que nos dignifica. Alguém que apenas acredita no natural, na natureza, e no real. Alguém que acredita que na vida o sofrimento é um fato, que a alegria é temporária, e por isso devemos buscar nossa alegria constantemente, com ética humana, e termos em mente que a felicidade deve ser um atributo social e universal. Dignificar a vida, em todas as suas variações é nosso dever. Alguém que abriu mão de toda esperança, para viver a realidade de uma constante luta por transformação real. Alguém que sinceramente acredita que nossos atos, para serem éticos, devem ser dignos para o maior número de pessoas possíve

A vida nos parece curta

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A vida não só nos parece curta, ela é realmente mais curta do que a maioria de nós, em geral gostaria, mais curta ainda para uns do que para outros, mas sem desejar cair em lugar comum, em frases repetitivas, ela vale mais pelo como passamos por ela do que pelo tempo em si que nela passamos. Não dispomos de chave alguma, e nem de senha nenhuma que nos permitisse algum acesso a vidas extras, ou a algum poder de controlar o caótico mundo real em que somos lançados pela gestação/nascimento. Alguns nascem em ambientes muito mais humanizados que outros, muitos, infelizmente muito mesmos, nascem em ambientes miseráveis e desumanos, nascem enfermos física e/ou mentalmente, nascem em famílias desestruturadas, nascem abandonados pela família, pelo estado e pela sociedade, e não tiveram como escolher, e ainda tem de ouvir que depende somente deles, de seu mérito, a felicidade, a estabilidade, a inclusão social. Que desumanidade está por detrás destes que aproveitadores diretos ou indiretos da

O amor

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O amor, diferentemente da luz (onda eletromagnética), mesmo que em excesso não cega. Aliás, não existe amor em excesso (o amor em si só não existe, ele é uma construção subjetiva, individual, entretanto com escopo coletivo), pode até existir amor cego, aquele que não busca equilíbrio na razão, mas este já não seria amor.

O desumano ser

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O desumano ser travestido em cordeiro, que habita a complexidade de meu existir, ronrona, silenciosamente, perdido entre os muitos que sou e entre aqueles que se fazendo de fracos esperam a oportunidade certa para não apenas mandarem recado, mas assumirem comportamentos onde o egoísmo e a vaidade possam assumir falaciosas posturas humanas, e onde a petulância e a arrogância podem vir disfarçadas de dignidade, estendendo uma mão para o falso amor e outra para o verdadeiro ódio, flertando com uma traidora justiça, e se corrompendo em iniquidades, aparentando felicidade, ou pior, realizando uma desumana felicidade, vendendo tiranias, injustiças ou mesmo crueldades. Posto desta forma posso não ser exatamente o que pareça, posso ser melhor, mas posso ser muito pior, ninguém sabe, nem eu mesmo sei completamente quem sou, cada vez que sou, nem por quanto tempo serei.

Sem Sentido

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Enquanto não conseguir me ver nos outros, e ver os outros um pouco em mim, não terei percebido o verdadeiro diferencial que me qualifica como humano, e muito menos construído existencialmente algum amor racional.  Ser é humanamente um ato plural: Muito mais do que eu sou, é nós somos, sendo este nós não apenas eu e meus amigos, ou eu e meus familiares, ou nem mesmo eu e os que pensem igual a mim, e muito menos eu e os meus outros “eus”. Este “nós” deve ser aberto a toda humanidade, e mais além, deve envolver, indiretamente que seja, toda existência viva, além mesmo de nossa gaia terrinha.

Espírito da ciência

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A busca por indícios é essencial, é parte primordial de toda a pesquisa e análise, de todo buscar, de todo aprender e apreender, indícios que levem a evidências melhor ainda. Mas, como dizia Feynman, toda a pesquisa começa sem que saibamos a resposta ou as respostas, se a sabemos ou se no mínimo acreditamos que a saibamos, devemos desistir, ou desistir e abandonar as respostas, devemos sincera e desapegadamente abrirmos mão das respostas que podem estar latejando “dentro” de nós. Devemos iniciar cegos, surdos e mudos para quaisquer respostas, não temos o direito, em nenhum estudo sério, em nenhuma pesquisa séria, de inicia-la com quaisquer que sejam as respostas. Ainda como Feynman: isto é essencial, isto é muito importante. A dúvida, o desconhecer, a incerteza, são necessárias a qualquer pesquisa. No início estamos despidos de respostas, aí podemos dar “partida” a empreitada de iniciar nossa caminhada. Ter a certeza de que não temos certeza é essencial para iniciar nossos estudos,

Perdido em mim mesmo

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#perdidoemmimmesmo Perdido em mim mesmo, me perco na existência do que sou, do quem sou, do quem posso ser, do quem o sistema gostaria que eu fosse, e em especial do quem deveria realmente ser. Perdido em mim mesmo, me perco na realização, um tanto quanto alienada, do meu próprio viver, pois perco-me primeiro nos muitos que sou, esquecendo-me dos muitos que de alguma ousada atitude minha necessitam. Perdido em mim mesmo, me acho perdido sem saber como fazer, algumas vezes mesmo sem saber o que fazer, sem sequer saber o que ser, ou como lá chegar. Perdido em mim mesmo, muitas vezes retorno ao que já não mais era, pois volto a ser agora espelho distorcido daquele que já não mais ontem era. Perdido em mim mesmo, sou assim, pois que humano, sou muitos, pois humanamente ainda não aprendi a ser verdadeiramente humano.

Aonde eu irei

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#Aondeeuirei Aonde eu irei a partir do aqui e do agora? Não sei, ninguém sabe.  Clamo por mim, quero me encontrar, quero ser uno em mim mesmo, sendo uno com a experimentação do viver e a realização de minha humanidade social e coletiva. Mas não me encontro, ou melhor, me encontro egoistamente em mim mesmo, ainda por cima me vejo muito pouco nos outros e muito pouco percebo os outros em mim mesmo. Corro, busco caminhos, procuro atalhos, pontes, portais, pulo obstáculos, salto abismos, na procura de quem sou eu, mas não me encontro plenamente. Quando creio me encontrar, percebo-me perdido em mim mesmo. Existe realmente o eu que eu procuro, ou a procura não deve ter foco em eu algum? Talvez a mágica do ser não seja apenas me procurar, mas em uma espécie de simbiose, procurar os eus dos outros, daqueles outros que comigo compõem o social. 

Livre

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Livre, absolutamente liberto, creio que ninguém seja, contudo alguma liberdade é possível com compromisso, respeito, responsabilidade, razão e luta. A liberdade humana depende totalmente de uma construção mental, subjetiva, pessoal e coerente com algum amor, não necessariamente, e talvez mesmo não obrigatoriamente de alguma entrega submissa ao amor, entretanto da construção de um amor racional, e em contrapartida, de uma razão amorosa, mas se alguém crê que a liberdade lhe será dada de graça, sem esforço e vontade, pode desistir, ser livre incomoda, ser liberto assusta, ser libertário então aterroriza. A liberdade total e absoluta, entendo um estado utópico que deve nos mover e nos motivar, mas que em um mundo complexo como este, entendo ser impossível de ser plenamente alcançada, toda via um estado pessoal de certa paz, de certa liberdade, de certo domínio do que se possa dominar em si mesmo, sem carência ou apego, é plenamente possível. Mas ser livre impõe sérios princípios de res

Não desperdice seu tempo

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Não desperdice seu tempo ou sua energia louvando ou prometendo obediência a algo ou a alguém. Ninguém, ou nada, é digno de obediência prometida, ou veneração, ou louvação. Algumas coisas e algumas pessoas são dignas de respeito, cuidados, zelo e atenção. Eu sou pleno defensor do respeito ao próximo, entretanto também tenho como certo que nem todos, e muito menos nem tudo, seja digno de meu respeito. Como respeitar um estuprador? Como respeitar um fanático fundamentalista desumano religioso? Como respeitar certos políticos e certas políticas? Como respeitar certas instituições ou grupos, como uma KKK? Como respeitar exploradores? Eu poderia prosseguir, entretanto creio já ter atingido meu objetivo de deixar claro que mesmo sendo defensor do respeito humano e social ao próximo, entendo que nem sempre devemos gastar nosso tempo, e nossas energias, com alguns que sequer mereceriam a definição de humanos.

Você nunca se verá livre de si mesmo

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Você nunca se verá livre de si mesmo, assim o que podemos fazer de melhor é nos assumirmos por completo, no que somos, e no que gostamos. No que for ilegal, desumano ou ofensivo devemos nos policiar, sempre em busca de uma humanidade maior, e em todo o resto devemos nos deliciar, curtindo e aproveitando, e que se dane o que os outros pensem.

Por um mundo sem preconceitos

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Por um mundo sem preconceitos, livre, inclusivo, e socialmente igualitário. Abaixo todo e qualquer preconceito. Não existe preconceito aceitável, tolerável, ou inofensivo, todo preconceito deve ser visto e tratado como repugnante, desumano e revoltante, venha de onde e de quem vier. Não pode existir pessoa, instituição, ou organização, à qual se aceite qualquer indício de preconceito. Denuncie qualquer preconceito, discriminação, opressão, constrangimento, exploração ou abuso (www.dpf.gov.br). Texto originalmente publicado no site www.orealeosocial.com em março de 2014. Este site estará sendo descontinuado, por isto republico aqui este texto.

O real e o social a realidade como norma e o social como princípio

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O real e o social, a realidade como norma e o social como princípio A realidade caminha, real e verdadeira, sob (mas autônoma) a percepção de nossa subjetividade, ora independente de nossos passos, ora dependente de nossas ações. Somos reais, e mesmo que apenas percebamos o mundo e a própria realidade de forma subjetiva, interagimos diretamente com o real da existência. Gosto muito da imagem passada por aquela borboleta que batendo asas em um espaço-tempo, afeta, pela complexidade do caos que envolve toda a realidade, outro espaço tempo. Entendo que a realidade em si é muito maior do que o impacto que nela possa fazer com meus atos e comportamento, que são em última instância apenas percebidos subjetivamente por mim e por todos, mas mesmo assim, meus atos interagem com o real de forma que talvez eu nunca possa garantir toda a sua abrangência.  O real... Como gostaria de que pudéssemos perceber objetivamente o real! Mas isso nunca me coloca em dúvida de que o real exista, de

O real e o social

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O real Não obstante ser subjetiva (construída mentalmente) toda a percepção que temos do mundo ou de nós mesmos, o real existe e extrapola, em muito, a nós mesmos. Se não podemos perceber direta e objetivamente a realidade do todo, podemos buscar entender como operam as engrenagens desta realidade, não acessível diretamente, mas que dão sustentação à realidade que existe fora de nossa percepção subjetiva, e que opera, em última e primeira instância, este mundo, bem como a nós mesmos. O Social Praticamente ninguém duvida que somos seres sociais, infelizmente, entretanto, muito poucos se preocupam, ou se comprometem, realmente, em verdade, em realizar o social como uma essência natural do ser humano. Tendemos a transferir para os outros, para o estado, ou mesmo para própria sociedade, a obrigação de zelar pelo social, mas nos esquecemos que tanto a sociedade quanto o governo, somos nós, que somos individualmente responsáveis, ora direta, ora indiretamente, pelo formato da so

O humano e o Natural

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Somente pensar não adianta. Agir sem pensar é um risco. Agir pensando, e pensar antes de agir, transformando com ação e pensamento, é a diferença. Somos humanos, não porque sejamos melhores ou mais evoluídos, isto não existe, nem mesmo porque sejamos um projeto de criação de algum ser transcendental. Somos humanos quando damos luz a nossa humanidade, de resto somos homo sapiens. Impossível ser humano sem antes realizarmos nossa real existência homo sapiens, uma espécie do grupo dos grandes primatas, mas é ela, somente ela, quem nos dá suporte físico, biológico e mental, para o bem e para o mal, para o que somos, para o que gostaríamos de ser, e para o que deveríamos ser, eterno conflito, ser, desejar ser, e dever ser. Somos naturais, imanentes, e filhos da natureza. Somos caminhantes na difícil trilha de nossa humanidade. Somos humanos lutando para aprender a caminhar. Somos enfim Homo Sapiens, entretanto muito distantes de Sapiens Sapiens (Homo Sapiens Sapiens, como nos autoden

Diferença

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A diferença entre fazer a diferença e ser somente diferente, pode diferir por pouco, mas para a sociedade existe muita diferença. Entendo nada valer ser somente diferente, quando não fazemos diferença alguma, pois que a diferença, que faz diferença, é muito diferente da simples diferença de ser.

Pensar por alguém

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Pensar por alguém? Outros pensarem por nós? Sinceramente acho mais uma das muitas falácias, é impossível pensar por alguém (acreditando que podemos ser neutros para pensar como este alguém), pois que pensar é um ato pessoal, subjetivo, e repleto de nossos conceitos e preconceitos, repleto de nossas emoções e sentimentos, repleto de nossos conhecimentos, repleto do feedback que naturalmente captamos de nós mesmos e do exterior, do que sentimos enquanto pensamos e do que nos é induzido continuamente, sendo assim um ato repleto de nós mesmos. Quando muito, podemos pensar com alguém, mas nunca pensar “por” alguém. Pensar por alguém significa, na verdade, pensar por si mesmo, induzindo ou catequisando alguém conforme nossos próprios pensamentos. Pensar por alguém é usurpar a liberdade deste alguém. Por outro lado, deixar que alguém pense por nós é se entregar nas mãos de outro, é deixar de tentar sermos nós mesmos, é abdicar de realizar cada vez mais um pouco de nós. Se pensamos por algu

Dizer que pensar é a solução

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Dizer que pensar é a solução, é dizer muito pouco, é praticamente nada dizer, pois que de uma forma ou de outra, todos pensamos, e a sociedade parece caminhar cada vez mais perdida, cada vez mais desunida, cada vez mais irresponsável pelo próximo, pela vida e pela própria natureza. A solução não está em simplesmente pensar, sinto-me fortemente tentado a dizer está em pensar bem, mas imediatamente percebo que de novo quase nada mudou. Qual a diferença em pensar e em pensar bem? Pensar bem continua com um escopo muito aberto, muito teórico, quase nada prático, muito pouco efetivo. O que me diz se estou pensando bem ou mal? Bem não é algo absoluto, é muito abstrato. Posso gastar horas pensando, e você pode gastar apenas uma fração deste tempo, pensando sobre o mesmo assunto, e chegar a conclusões diferentes de mim, mas como mensurar ou estimar qual das duas conclusões está mais próxima de alguma verdade, de alguma “melhor” solução.  Ousaria começar dizendo que tudo tem início no co

O Amor

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O amor, diferentemente da luz, mesmo que em excesso não cega. Aliás, não existe amor em excesso, pode até existir amor cego, aquele que não busca equilíbrio na razão, mas, em todo caso, este não seria amor. Amor e razão, razão e amor. Amor racional, razão amorosa. Eis o que entendo como minha busca, eis o que busco com meu entendimento, eis enfim o meu maior desafio, o meu mais sincero desejo, a minha mais importante construção: Bem querer. Respeito à natureza, à vida, ao humano e ao social. Comprometimento com todos e qualquer um que sofra da miséria, da fome, da exclusão, da opressão, da exploração, e de preconceitos. Sensibilidade humana. Empatia sincera. Livre pensar. Busca pela verdade. Humildade. Ousadia de caminhar à frente, ser vanguardeiro, destruidor de barreiras, fronteiras ou clausuras. Ser libertário responsável. Ser sincero. Ser solidário. Ser Amigo. Ser confiável. Ser apaixonado pelo conhecimento. Ser atuante e não teórico ou pregador.  Ser crítico. Mas acima de t

Foi-se o tempo

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Foi-se o tempo em que podíamos valorizar, enaltecer e acreditar na essência humana como boa e perfeita, até mesmo porque presunçosamente nos críamos como imagem e semelhança de um deus de amor e de sabedoria, e assim nos permitíamos bradar aos sete ventos: “nascemos bons e a sociedade é que nos corrompe e nos perverte”. Ledo engano. No fundo, somos apenas e tão somente símios, primatas modificados, que por erros de cópia, por especialização e por seleção natural, se adaptou e evoluiu criando novas ramificações na árvore vital da evolução.

A principal função do cérebro

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Entendo eu que a principal função de nosso cérebro, por mais glamorosas ou vaidosas que sejam estas funcionalidades, não são o pensar, o racionalizar, nem mesmo o amar, o odiar, o planejar, ou o lembrar, não sendo elas as mais essenciais, as mais necessárias ou as mais objetivas funcionalidades à nossa sobrevivência. Entendo assim, que a principal função do cérebro é coordenar e regular nosso corpo, e assim maximizar o bom funcionamento de todo ele, buscando participar de forma ativa em dar sustentação à nossa vida. É garanti-la, realizando o silencioso, árduo, contínuo, complexo e magistral trabalho de homeostase que entendo ser, de longe, a principal “função” de nosso cérebro (a homeostase é a capacidade que os corpos vivos, através de processos fisiológicos, têm de promover a estabilidade do ambiente interno ao corpo, intra e extracelulares, tendo como responsabilidade final sustentar a vida. É o somatório de processos através dos quais um organismo busca manter as condições

Sorriso

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O sorriso natural, sincero, livre e libertador, é uma assinatura daqueles que simples, aprenderam alguma coisa com a empatia e com o amor, ou daqueles que como crianças, são sinceros em seu realizar o viver.  Um sorriso sincero une mais que mil argumentações, entretanto um sorriso sincero, sem comportamento ou compromisso, atitude e ação, possui somente uma ação temporária, transitória e passageira, que talvez mesmo no íntimo do seu ser não seja um sorriso sincero, agora trabalhar, construir, se expor e se doar, com o brilho de um sorriso sincero, deixa lastros e marcas que a todos acaba impregnando. No fundo, sorrir de forma pura e sincera, e trabalhar na construção de uma dignidade humana é construir em amor, é realizar em empatia.

Medo

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Medo! Sim, eu tenho algum medo, afinal sou humano e estou vivo, entendo que somente os mortos nada temem. Agora, sofrer por medo, ou antecipar o sofrimento natural de alguma dor por vir, por puro medo, entendo que seja abrir mão de momentos preciosos do viver, do aqui e do agora, do poder somar ou construir, e assim tento abdicar do direito de sofrer por antecipação.

Opacos à nossa própria insensibilidade

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Em geral somos opacos à dor de nossa própria insensibilidade, pois que sua dor atua nos outros. Perceber isto pode ser um bom começo, agora, percebê-lo unicamente de forma semântica ou intelectual de pouco vale, entretanto, também de pouco vale ser transparente à dor dos outros se não somos ousados e corajosos o bastante para agir, comungar e nos expor contra esta dor.

Eu preferiria estar escrevendo para as paredes

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Eu preferiria estar escrevendo para as paredes, desde que todos e cada um, e em especial eu mesmo, estivéssemos profundamente comprometidos em uma jornada sincera de, expostos de forma sensível a dor dos outros, nos lançar de corpo e mente como agentes de transformação e como potencial humano, pela luta franca e aberta por todos e cada um dos que sofrem.

Meu Serengeti

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Na floresta desértica de meu ser, ainda busco a dinâmica vital, natural, selvagem e cheia de vida de um “meu” “Serengeti”.

Nem tudo aparenta o que é

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Nem tudo aparenta o que é, mas tudo é, mesmo que não aparente ser.  Nem tudo é o que parece, mas mesmo sem parecer, tudo continua sendo, tudo é. Os fenômenos podem nos marcar, eles podem aparentar o que são ou podem nos iludir não sendo o que aparentam, mas o importante são os mecanismos reais por trás de cada fenômeno. A realidade bate latente, de forma imanente, em tudo que existe, mesmo que aparente algo de irreal, transcendental ou ideal. Desconhecer a realidade ou os mecanismos reais não torna algo ideal ou apenas “fenomenológico”, desconhecer a realidade não faz da realidade algo menos real.

Não confundir

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Não confundir sonho, ideal, ou desejo com realidade, não confundir o que deveria ser com o que é, e nem mesmo vontade com verdade, este é um caminho que busco trilhar em meu aprendizado constante, e é o que ensino para meus filhos. Mais vale uma realidade dolorosa, do que um engano feliz, mas nem por isto devo, as custas ou em nome da verdade, por si só, levar desespero e dor aos outros, mas não devo também, em hipótese alguma, aceitar ver blasfêmias e inverdades serem vendidas como verdade, apenas porque são repetidas aos sete ventos, ou porque interessem a algum objetivo corporativo, ou mesmo porque deveriam ser ou porque gostaríamos que fossem verdades. Uma mentira repetida pode parecer verdade, mas nunca o será. 

A ética

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A ética deve sempre guiar, nortear e ser parceira na busca do realizar o bem social. Não há ética sem o conceito de bem, seja na ciência, seja na ação, e principalmente quanto aos fins. A ética deve permear o individual, entretanto sempre com um fim social, deve ser parâmetro pessoal, tendo em vista o alcance coletivo, mais até, um alcance que eleja a vida e a natureza como referências. De toda forma, deve-se cuidar atenciosamente para não cair na tentação de achar que exista uma ética de manual, uma ética referenciada apenas pela cultura. Não existe ética absoluta, como não existem princípios e fins absolutos. Não quero vulgarizar a ética quanto a relatividade individual, das vontades ou dos desejos de cada um, e muito menos de algum grupo, instituição ou de algum poder, digo apenas que a ética é relativa em sua prática, mas nunca quanto aos fins que devem ser sempre o de maximizar a felicidade e a justeza, pelo maior número de pessoas possível, pelo maior alcance geográfico possív

Oliver Sacks Gratidão a vida e ao viver

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Oliver Sacks escreveu uma série de ensaios, quatro deles publicados em um pequeno livro de título ‘Gratidão’. Estes ensaios versam sobre sua vida, ou melhor, sobre a experiência do viver seus últimos tempos, em especial depois que teve confirmada diversas metástases em um câncer no fígado, e que este era agora incurável. São cerca de 50 páginas (destas, apenas 40 compõem os 4 ensaios) escritas em um livro de formato pequeno e fonte grande, de leitura ultrarrápida, entretanto cheio de humanidade, onde diversas foram as vezes que me vi emocionado, sendo o mais importante, é que é um livro positivo, cheio de amor à vida e de devoção ao ser humano, por isso me emocionei, vivendo com ele uma emoção e um sentimento que de alguma forma aflorava em mim, aquele mesmo sentimento que muitas vezes se vê largado, relegado, vilipendiado e menosprezado em relação ao real amor à vida, à nossa jornada nesta vida, ao aprender com esta vida, e ao que podemos ser.

Sem

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Sem humildade não há humanidade. Sem empatia não há entrelaçamento. Sem compromisso não há força. Sem respeito não há dignidade. Sem doação não há sinergia.  Sem vontade não há luta.  Sem cooperação não há transformação. Sem humildade, empatia, compromisso, respeito, doação, vontade e cooperação, não há Amor humano, social e natural.

Precisamos

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Precisamos matar a fome de nosso ser, a sede de nosso sentir, a inquietação de nossa emoção. Precisamos ousar mais ser, sentir e se emocionar. Precisamos seguir em frente, diminuir para que cresçamos, nos comprometer para que nos humanizemos, respeitar para que construamos, mesmo que lentamente, o amor humano, não somente pela humanidade, mas também por todo natural, pois que em essência somos todos natureza.

Pensar e saber pensar.

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Pensar e “saber” pensar. Pensar e “saber” pensar! Existe algum pensar bem em contraposição a um pensar mal? Existe alguma forma certa de pensar em contraposição a alguma forma errada de pensar? Realmente pensamos, ou reagimos apenas a impulsos e realizamos processos apenas autônomos? Processos autônomos de pensar (funcionalidades “zumbis” basicamente autônomas, que desconhecemos totalmente, que operam no nível bioquímico, físico (digital e analógico) do circuito cerebral) seriam pensar? Pensar bem é possível? Pensar bem é uma arte natural? É uma técnica? É um princípio natural? É possível aprender a pensar bem? É possível desenvolver o bem pensar, ou o costume de bem pensar? Pensar bem ou mal seriam alguma qualidade do ato de pensar, ou simplesmente pensamos, e a forma como utilizamos esta funcionalidade é que pode nos parecer pensar bem ou pensar mal? Seria possível ser realmente independente e livre de tudo no pensar sobre um assunto, qualquer assunto, ou sempre estaremos, em

Cem anos da teoria geral da relatividade

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Em 25 de novembro de 1915, cerca de dez anos após a publicação da teoria especial (ou restrita) da relatividade, Einstein publicava a Teoria Geral da Relatividade. É sempre bom reforçar duas coisas, a primeira que o “termo-nome” “relatividade” não foi cunhado por Einstein, que nunca gostou deste nome, pois o mesmo permite uma interpretação errônea da teoria, e ajuda a falaciosa defesa de que tudo seja relativo (Einstein tinha o pé muito mais fincado no realismo para aceitar a relatividade de tudo). Einstein defendia o nome como “Teoria da Invariância”, entretanto o termo relatividade acabou ganhando a força da mídia. Foi Planck quem inicialmente se referenciou a teoria como da relatividade. Em verdade, contrariando a interpretação popular, a teoria especial da relatividade nunca afirmou que tudo era relativo (afirmava que algumas coisas que o mundo via como absolutas, como o tempo e o espaço, eram relativas, enquanto outras coisas que o mundo entendia como relativas, eram na verdade

Sou

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Posso evitar, pelo menos posso tentar, posso até fugir de muitas coisas, mas estou eternamente (enquanto existir) confinado a ter que me aturar por toda a minha existência. Jamais serei senhor de me abandonar, jamais deixarei de estar comigo mesmo. Serei para sempre, enquanto vivo, servo e senhor, escravo e soberano, ator e diretor, de mim mesmo. Somente existe uma alternativa, a morte, mas esta significa o fim do sujeito e do complemento, o fim do ser e do existir, enfim o fim absoluto, incondicional e irrestrito, do que vive, do que experimenta, do que realiza, e mesmo do que tenta fugir.  Posso tentar me esconder de mim mesmo, mas sendo eu, o eu mesmo que vive e existe, o eu mental, subjetivo, horas consciente e outras horas inconsciente, que dá vida e existência ao que sou, não há como possa realmente me esconder de mim mesmo, é a sina dos vivos: Viver sua única existência real, sendo muitos, complexo e mentalmente em transformação.  Posso até conseguir enganar alguns. P

A tradição nada cria

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A tradição nada cria, apenas replica, reforça o que já é, e copia.  Apenas a ousadia com amor, a revolução do ser com humanidade, a realização do viver com conhecimento, com uma abordagem com toques de ceticismo, com um pensar crítico e racional, e com uma existência com sabedoria, realmente transformam, ou criam algo de novo. Ser omisso possui duas vantagens para o sistema, uma é que é um dos pratos preferidos pelo sistema para dar continuidade ao que já é, para dar estabilidade ao que já é; e a segunda é passar carta de autorização para que o estado, no status de representante ativo dos poderes econômicos, corporativos, daqueles que donos do capital, direta ou indiretamente, possam manejar sua máquina, direcionar leis, e perpetuar-se assim como estado de poucos, com pleno domínio sobre muitos.  Somente uma condição ativa de cada um de nós, comprometida com todos, comprometida com a inclusão social e política de todos, comprometida com o bem querer e o bem estar social de