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Mostrando postagens de agosto, 2014

Sou ateu

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Sou ateu, nem melhor e nem pior do que qualquer um. Sou ateu, nem mais nem menos humano do que qualquer um. Sou ateu, nem mais e nem menos preparado para a vida que qualquer um.

Insensibilidade

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Creio não haver nada mais triste que o choro sofrido e sincero de uma criança, de qualquer criança, agravado pelo desespero de seus pais em relação ao sofrimento desta mesma criança, em especial quando estes pais se veem impotentes para ajudar, socorrer ou minimizar aquele sofrimento, ou então quando a sociedade fecha as portas àqueles pais excluídos e abandonados ao azar de todo infortúnio e do descaso social, político e econômico. 

Difícil, engraçado e preconceituoso

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Difícil é aquilo que deixamos de fazer para os outros, e desumano é aquilo que os outros deixam de fazer para conosco. É engraçado como nos revoltamos por não recebemos dos outros aquilo mesmo que não fazemos por ninguém, por quase ninguém, ou somente fazemos pelos nossos.

A tolice humana

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Maior que a tolice de muitos homens, somente o aparente (quem sabe verdadeiro) infinito do universo. Pessoalmente não entendo o universo como infinito, pelo menos não na visão vulgar do termo infinito, como sendo algo espacial que me permita ir sempre além, e sempre chegar a algum “lugar” novo. Não quero parecer excêntrico ou louco e deixar a impressão de que creia que exista uma parede, ou algum terminador, que se em sendo possível caminhar sempre em uma direção, acabaríamos por bater neste algo, algo como uma parede que finda um cômodo. Não creio em um universo finito desta forma. Creio sim em um universo fechado sobre si mesmo, sendo assim finito no sentido “global” espacial, onde seja possível, inclusive, mensurar seu “volume”, mas que seja infinito no sentido de que sendo ele fechado sobre si mesmo, se caminhasse tempo e distância suficiente, retornaria ao ponto de origem e poderia continuar indo além, por infinito tempo, algo como a superfície da terra, que é finita posto que

Natural

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Todas as coisas se unem em uma, e em uma só coisa são espécies ou variações. Tudo se resume ao natural, tudo é parte do universo, e este é natural, e este á a natureza, não só a natureza das coisas, mas as coisas como entes naturais, por mais teórico, transcendental ou não intuitivo que possam parecer, tudo é natureza, e a natureza é o todo universal, ou mais ainda, é a natureza o próprio multiverso multidimensional, se estes existirem, e é natureza o próprio vazio quântico que pode dar origem ao que quer que venha a dar. E mais ainda, se algo existir “antes”, e seja antes aqui o que quer que for, também será natural este antes. O vazio absoluto (não o vazio quântico), o nada completo e perfeito, me parece mera abstração universal, mas mesmo que este vazio e este nada existam, ou tenham existido, ou venha a existir, estes serão também naturais.

Entre o início e o fim há uma vida

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Entre o início e o fim há uma vida, nem sempre vivida em plenitude, nem sempre digna e honrada, mas há uma vida, um viver, um existir, subjetivo enquanto resultado de uma emergência natural do complexo processamento mental, mas não menos real enquanto biologia e enquanto mente.

Vivo em razoável desesperança

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Vivo em razoável desesperança sem, contudo, ser algum desesperado. Ao longo do meu viver abri mão de quase todo o sentido ou sentimento de esperança, não de absolutamente toda, pois que ainda busco minha humanidade, porem daquela esperança que de mim não dependa, abandonei-a (ou tentei abandonar) pelas estradas do viver. Sou humano, e assim sou tentado, horas por outras, com esperanças, isso é normal, isto é humano, o que creio falho é se entregar à esperança, cega e abertamente, como possibilidade, como alternativa, ou pior, como verdade e como alcance real.

Algumas decisões são difíceis demais

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Algumas decisões são difíceis demais, algumas beiram os limites extremos de nossos valores éticos ou mesmo de nossa capacidade de suportar a indecisão, provocando-nos não somente acerca de nossos princípios morais e éticos, mas de nossa capacidade de exaustão física e mental por evitar toma-las.

Liberdade

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Certo ou errado, eu entendo que uma pessoa, qualquer pessoa, somente pode se sentir livre, somente pode respirar o ar da liberdade que gostaria de sentir, somente pode se achar livre, no momento em que todas as demais pessoas, irmãs em espécie, próximas ou distantes, aliadas ou oposicionistas, conhecidas ou desconhecidas, também possam se achar livre, se sentirem livres. Assim, minha liberdade deveria ser autonomamente regulada, limitada, e demarcada pela liberdade dos outros, de tal forma social onde todos fossemos então livres, livres responsáveis, livres comprometidos com a liberdade dos outros, libertos em nossa demarcação, que é ela mesma demarcada por cada um, em uma relação social com todos os demais, perfazendo um só corpo social.

Self

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É realmente interessante como nosso self nos passa a consciência de que somos conscientes do que nosso self é. Mas é ilusório acreditar na falaciosa sensação de que nos conhecemos por completo. Nosso self não é um único retrato absoluto do que nós somos, mas sim uma coleção de fragmentos de múltiplos retratos, horas embaralhados, horas organizado, de tal forma que nos ilude como sendo um único retrato do que nosso self é, nos fazendo ser o que somos, onde seremos únicos, nunca sendo um só. A estranheza dos estados naturais, conhecidos e desconhecidos da matéria, me parece quase nada frente a estranheza dos possíveis estados mentais, que emergindo da complexidade do processamento de nosso circuito neural, compõem o submundo de nosso inconsciente, onde povoam como zumbis ativos, desconhecidos, aquilo que somos como um aparente ser único, sendo na verdade múltiplos seres.

O bem

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O bem não existe para ser somente adorado, admirado, amado ou venerado, se é que ele exista. O bem existe, se existe, para ser praticado e para ser universalizado.  O medo, nenhum medo, é razão para dar luz ao bem. O bem não é, nenhum bem o é, para ser praticado como obrigação do medo, com, ou no temor, de qualquer coisa. Nenhum medo é justificativa ou alavanca para nenhum bem, ou não deveria ser. O bem é fruto de vontade, de decisão, de compromisso, as vezes, muitas vezes, com coragem é verdade, mas o bem, todo bem, é algo a ser construído nas ações, e amado nas atitudes. O bem, como toda ação, possui dois lados, o de quem o pratica e o de quem o recebe. Para quem o recebe, o bem, independe de sua origem, é sempre um bem, pois para quem o precisa, toda ajuda, toda atenção, todo apoio é importante, entretanto, para quem o faz, a ação pode ser realente um bem, feita com vontade, com doação, com empatia, com amor, ou uma mera ação de interesse, de vaidade, ou de medo.  

O Sagrado

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O Sagrado, diferente de uma visão que creio popular e enraizada no conceito da maioria, para mim, nada tem a ver com espiritual ou transcendental, mas sim, é aquilo pelo qual nos sacrificamos. Mais sagrado é aquilo pelo qual temos a coragem e o desapego de mais nos sacrificar, inclusive sacrificando, em casos extremos, a própria vida. Todos, antes de naturalmente repetirmos coisas como se sagradas fossem, deveríamos enfrentar nossos mais secretos sentimentos, nosso complexo sentir, com coragem, com ousadia sincera, com vontade e a verdade dos fortes e ousados, e responder para nós mesmos, o que realmente nos é sagrado (aquilo pelo qual sacrificaríamos nosso viver), respondendo não o que fomos educados e catequizados a responder como sagrado, mas sim responder o que, e pelo que, realmente temos a coragem e a entrega para nos sacrificar, e se for o caso em que nível de profundidade de entrega, até a onde me entregaria neste sacrifício, até a onde temos o altruísmo e a doação de nós me

Bingo, comprovada “homofilia” nos chipanzés

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Não bastasse a nossa proximidade genética com os “sapecas, complexos, horas agressivos, e sociais” chipanzés, onde existe mais de 98% de similaridades entre nosso genoma e o deles, pela primeira vez foi confirmada cientificamente, em dois diferentes acompanhamentos, que estes nossos primos irmãos, os mais próximos de nosso filo genético, também possuem algo, que talvez por não conhecer palavra melhor, vou chamar de HOMOFILIA (princípio de redes sociais que diz que tendemos a ser semelhantes aos nossos amigos, e que por isto tendemos a gostar de pessoas semelhantes socialmente e em comportamento a nós.), algo como as preferências sociais, também vista em relações pessoais (no caso natural dos humanos), onde aqueles chipanzés faziam escolhas de “amizades” por afinidades pessoais, os mais tímidos preferindo os mais tímidos e que os mais extrovertidos e sociais, também preferiam os com a mesma característica.

Controle do que somos

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Os românticos e os presunçosos, os ingênuos e os ignorantes creem sinceramente que estão no controle total do que exatamente são, do que exatamente querem, do que exatamente pensam ou acham, do que exatamente são capazes de fazer, ou do como reagirão a toda e qualquer excitação ou nova situação. Creem mais ainda que têm controle sobre o seu presente e sabem o futuro que lhes espera. Ledo engano, ninguém possui controle total de si, do que é, do que pensa e do como reagirá a todo e qualquer evento, primeiro porque a consciência é uma pequeníssima parcela do que somos, segundo que não somos um, mais somos vários, terceiro que vivemos em um complexo caos de eventos que se interferem mutuamente e coletivamente, horas se destruindo, horas se reforçando e outras horas distorcendo linhas temporais de causas e efeitos, mais ainda, criando novas causas e novos efeitos. O caos e a aparente aleatoriedade natural de tudo que nos cerca, aliado a complexidade mental que emerge do complexo circuit

Sou louco

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Sou louco para ser normal. Louco para parecer normal. Sou louco para me ver livre da loucura existencial na qual aceito viver, quer seja por inércia, por interesses, por irresponsabilidades ou o que é pior, que seja por desumanidade, naquele sentido não necessariamente de destruição, ódio, rancor ou desamor, mas sim daquele sentido da falta de humanidade, da falta de empatia pelos vivos, da falta de respeito por todos, e de da falta de uma consciência social. Acabo sendo louco para parecer normal, ou sendo louco por parecer normal?

Segredos

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Eu sei que não sei muitos segredos, por isto mesmo continuam segredos para mim, mas sei também que talvez alguns permanecerão segredos para todo o sempre, muitos deles serão passo a passo descortinados. Segredos?

A verdade é eterna

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A verdade é eterna, será eterna, goste ou não da verdade ei si. A verdade é eterna em si mesma, não nas possíveis interpretações, vulgares ou não, desta mesma verdade que é absoluta em um determinado espaço-tempo, mesmo que probabilística. Algo ser 30 por cento probabilisticamente possível é uma verdade absoluta em si mesmo, a probabilidade não torna algo irreal, torna real a sua probabilidade de ser. Toda verdade, em si mesma, é real e absoluta, não é imaginária, não é ideal, é real. Uma verdade é absoluta, apesar de ter muita restrição e cuidado com termos absolutos como sempre, nunca ou mesmo absoluto. O problema maior é entender o que é uma verdade, ela representa, descreve, mapeia claramente um ponto no espaço tempo, assim, uma verdade jamais pode ser confundida com revelações, com definições feitar por “autoridades” do saber, ou com o que julgamos ser mais justo, ético ou ideal. É importante que tenhamos em mente, que muitas vezes, alguns chegam ao extremo de achar que sempre

Você, seu Self

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Você ancorado em seu corpo, mais do que isto, você integrado com o meio, você, agindo e reagindo com você mesmo e com o meio, este é você. A visão do seu self como algo autônomo em si só, independente, senhor absoluto de si, algo que existe independente e indiferente ao seu corpo e ao meio que te cerca é cada vez mais romântica e falaciosa.

Real e Crítica

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Real, um universo de experiências, nem sempre experimentáveis, nem sempre percebidas, nem sempre aparentes nos fenômenos, e assim nem sempre entendidas, persiste assim a necessidade de sermos críticos na análise, curiosos na procura, céticos na busca profunda, racionais onde possível for ser racional, metódicos conforme a metodologia científica for aplicada na experimentação, fugindo sempre da mera superficialidade dos fenômenos, ou melhor, se expondo sempre e cada vez mais na busca cada vez mais profunda, do submundo da superficialidade dos fenômenos.