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Mostrando postagens de 2014

Não quero ser

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Não quero ser um com as estrelas, mas sim ser muitos com todos, ser todos com muitos e enfim ser eu mesmo sendo múltiplos com a multiplicidade dos muitos de todos. Os segredos que nos ronda, os desafios que nos esperam, me faz querer ser e estar na primeira pessoa do plural, não abrindo mão do eles, de todos eles.

Nas asas

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Nas asas da ilusão, muitos de nós construímos nossas realidades com caracteres perdidos, encontrados ao acaso, buscados intencionalmente ou simplesmente reflexo do que desejamos ou detestamos, acabando por construir sonhos ou pesadelos que são vividos e experimentados como reais, mas que, entretanto, são construções subjetivas, como todas as sensações, e podem em muitos casos, nem de perto, estarem aderentes a realidade geral do que realmente é.

Sinal de desumanidade

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Se ao fechar os olhos nos vemos correndo com, e como, os “loucos” humanoides, perdidos de nós mesmos, sendo guiados por inválidos de humanidade, então já é passado, em muito, a hora de repararmos que a luz invisível, mas penetrante, do desumano e do irracional já acendeu, ou melhor, já está acesa a muito tempo, cegando nosso espírito mental, corroendo nossos alicerces psíquicos e destruindo nosso ser social e humano. O que nos cabe então? Tomar as rédeas do nosso viver e nos revoltar com o que vemos de nós mesmos e do mundo que nos cerca. Mas, e se não conseguirmos ver nossas falhas? Neste caso, creio não haver mais volta, somente a nossa própria leitura do irresponsável que somos, da insensibilidade que nos envolve, do desumano que nos tornamos ou do conivente (ou omisso) que aprendemos a ser, pode nos dar o empuxo necessário para nos tirar da inércia humana, ou melhor, da inércia desumana.

Se é bem verdade

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Se é bem verdade que o amor oxigena a alma, é verdade também que a razão a alimenta e dá sustentação ao ser (pelo menos até onde a razão pode ser aplicada), que o saber revigora o espírito, que o conhecimento fortalece o caminhar, que a ciência responde algumas importantes indagações do viver, mas é verdade também que somente uma postura de análise crítica pode nos ajudar a responder muitas outras questões, mas sem esquecer que somente o método científico abre realmente nossa mente e nos permite refutar ou validar por experimentação, mas sem esquecer que tudo isso deve sempre ser temperado com boas pitadas de ceticismo.

Somos um animal misterioso

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Somos um animal misterioso e excitante, misterioso e provocativo quanto a nossa intuição do que realmente somos. Apesar de termos plena crença de que somos um animal consciente, vivemos muito mais no submundo da inconsciência, do que possa crer nossa vã filosofia, talvez, até, sequer sejamos seres conscientes, com livre arbítrio, pode ser que o que percebemos como livre arbítrio e consciência sejam apenas o resultado aparente de complexos processos subconscientes que chegam ao nosso conhecimento apenas como notícias ou manchetes, nos fazendo crer que foi uma decisão e escolha consciente, quando esta sensação pode ser apenas mais umas das muitas falácias mentais, apenas mais uma das muitas peças pregadas pela nossa mente para nos manter crentes de que estejamos no controle, quando é o controle que nos mantem. O mistério que envolve nossa real e física existência mental é tal, que não somos mistério apenas para os outros, ou para a sociedade como um todo, somos mistério também par

Quem disse

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Quem disse que consenso, qualquer consenso, possa em algum nível significar ou garantir a verdade sobre algo, uma vez que esta é totalmente alheia e indiferente ao que possamos nós, individualmente, ou de forma coletiva, pensar. Consenso significa exatamente o que é, consenso, nunca por si só significa que o alvo do consenso seja verdadeiro... Apenas para pensar... Muitos concordando com uma mentira, não a torna verdade, apenas nos fortalece a falácia de que seja verdadeira uma mentira. 

Pelo aqui e pelo agora

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Se o silêncio fosse sinal de sabedoria, os mudos seriam uma espécie de benção sábia neste mundo, e nem uma e nem a outra sentença são por definição verdades absolutas, muitos gostariam de ser sábios, mas quase ninguém gostaria de ser mudo. A sabedoria não está no silêncio, e sim na ação, no comportamento, no comprometimento, no conhecimento, e nas atitudes, algumas vezes no silêncio intencional, mas nunca alienado, descompromissado, ou irresponsável. Há momentos em que o silêncio pode falar muito mais verdades do que mil palavras, há mudos que possuem certa sabedoria (porque não creio em sabedoria absoluta), mas as duas assertivas não são, por si só, salvaguardas de saber ou de verdadeira humanidade. Quanto a isto eu costumo brincar que se silêncio fosse sinal de sabedoria eu tinha um gato que deveria ser muito sábio, pois que foram muito poucas as vezes que tive o prazer de ouvir seu miado. É público e notório que não creio em sábios absolutos, e que por definição não confio em que

Individualidade

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Individualmente somos alguns, coletivamente somos muitos. Mesmo em nossa individualidade não conseguiremos ser apenas um, pois que nossa “vida” mental, por si só, é composta por muitos e variados seres de cada um de nós. No máximo seremos a cada instante a emergência de um, mas pode ser que já no momento seguinte, outro de mim assuma o controle temporário. Isto é bom? Isto é ruim? Sinceramente não sei, sei apenas que seria ingenuidade de minha parte acreditar que conscientemente possuo controle total sobre mim, e sobre todos que me fazem ser.

Do tudo

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Do tudo que em geral nós somos, quase nada nos mostra como humanos. Do muito que nos faz, em geral, absolutamente pouco nos faz humanos. Do tudo que a sociedade é ou pode ser, nosso quase nada pode ser muito, frente ao quase nada de humanos que a sociedade tem sido, e também, do muito que uma sociedade é capaz de fazer, aquele pouco que nos faz humano pode fazer diferença. Fico imaginando se o pouco que nos faz humano pudesse, por transformação pessoal, se transformar no muito que nos faz humano, com certeza aquele quase nada que nos mostra como humanos ganharia um brilho poderoso do tudo que nos faz humano, e a sociedade, do tudo que pode ser, seria muito mais humana, social, e defensora da natureza.

Nem antes e nem depois

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Nem antes e nem depois, o agora já é suficiente para me mostrar o quanto estou afastado da humanidade que me deveria diferenciar como animal humano.

Responsáveis

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Todos somos responsáveis por todos, Sartre repetia. Somos todos responsáveis por tudo, diante de todos, repetia Dostoievsky. Onde todos se respeitassem e se sentissem responsáveis por todos, cada um seria mais livre na liberdade envelopada pelo direito dos demais, e a humanidade poderia ser existencialmente e verdadeiramente social, digo eu. “Todos deveríamos ser responsáveis por todos.”, e “Todos deveríamos ser responsáveis por tudo, diante de todos.”

Respeito pela prática do ceticismo

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Exercite o respeito supremo pelas evidências, elas falam muito mais do que qualquer crença, sentimento, intuição ou desejo, falam mais que qualquer revelação, e muitas vezes falam mais que as autoridades do saber, mas exercite muito mais ainda o respeito pela prática do ceticismo, para que as evidências sejam, todas elas, esmiuçadas, analisadas, confrontadas, racionalizadas, criticadas, e não simplesmente aceitas como verdade absoluta, pois que nem sempre o que parece é, nem sempre a superficialidade dos fenômenos mostra realmente o que é. Muitas vezes a indução nos leva a crer em evidências que não passam de factoides, falácias ou engôdos, e às vezes nada mais são do que evidências de parte do processo, estando longe de se referenciar ao processo globalmente. 

Eu sou humano. Serei mesmo

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Eu sou humano. Serei mesmo? Filho e neto de Homo Sapiens, tenho que ser Homo Sapiens, pois que a evolução não se faz aos grandes saltos. Homo "Demens", quero dizer Sapiens (?) quanto a espécie (Homo Sapiens Sapiens (???), nada mais presunçoso do que nossa própria nomeação de espécie, sim duplo Sapiens, isto já fala muito acerca de nossa prepotente autoimagem). Comumente nos chamamos de Humanos, quanto à qualificação, mas nos esquecemos, pelo menos a maioria de nós, porque seriamos humanos, o que nos faria realmente e especificamente humanos, nada de especial, nada de ideal, apenas um animal que se diferenciaria das demais espécies, por sua genética, naturalmente, mas também pela humanidade que lhe deveria ser comum e própria.

Não sou idealista

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Não sou idealista e nem quero ser um idealista, quero ser um realista e um transformador do que aqui está. O ideal é subjetivo, o real é o que aqui está, é o que realmente sou, é mais que a superficialidade do próprio fenômeno, é o submundo dos fenômenos, são as engrenagens que movem os fenômenos, quero assim ter a ousadia de agir, de me expor, de me revoltar com o que aqui está, mas tudo em nome de certo pragmatismo social, nunca pelo idealismo social... O ideal pode me levar a um mundo irreal, a um mundo que seduz e encanta pela possibilidade de certa perfeição transcendente, mas pouco faz, ou nada faz, de real pela transformação do aqui e do agora.

Absurdo

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Entendo que catequizar crianças seja um absurdo. Elas são simplesmente crianças, devem viver como crianças, devem realizar suas experiências do viver como crianças, experimentar o mundo como crianças, serem curiosas como crianças, e crescer enquanto crianças. Um dia chegará quando não mais serão crianças, neste momento elas poderão fazer suas escolhas livre e conscientemente. Mas como correr o risco de perder mais um seguidor, devem pensar os líderes religiosos. Catequese neles para que não sejam perdidos amanhã. Como é odiosa, para mim, a necessidade de manter e de buscar fazer crescer o poder religioso que alguns líderes religiosos imputam aos seus seguidores.

A ética

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A ética não é um atributo ou uma qualidade da natureza, é uma criação do intelecto humano.  Necessária?  Entendo que sim, entretanto imperfeita (pois é uma criação humana), de múltiplas percepções já em sua origem, temporal e geograficamente marcada; pessoal, corporativa ou institucionalmente representativa. Tomar qualquer que seja o princípio ético como uma verdade absoluta em si mesmo é um erro grosseiro e nos leva muitas vezes a perversões irreparáveis, cobertas pelo falso e preconceituoso manto da correção e da verdade, e em certos casos pode levar a uma ditadura das maiorias (locais), sufocando e impedindo a liberdade humana das minorias. Toda referência ética deve ser vista sobre o prisma do cuidado e da análise crítica de um livre pensador, e sempre tomada de forma relativa, jamais como algo absoluto. 

No mundo do pode

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No mundo do pode, tudo pode, até pode ser que se possa nada poder, mas no mundo do pode, não há nada que não se possa, mesmo que impossível, mesmo que ilógico, mesmo que irreal, mesmo que ilusório, no mundo do pode tudo pode, tudo se pode, por isto o “pode ser”, não pode ser explicação nem a favor nem contra, não pode ser prova nem refutação, pode ser apenas suposição, ou provocação.

Perco-me

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Perco-me na imensidão do que sou sem realmente saber todos que me compõem. Sou a essência de muitas essências, sou a infusão de muitos princípios. Essências que se diluem, algumas, e essências que não reagem entre si, outras, assim sou complexo e instável, sou múltiplo e mutante, sou único pelo resultado, muitas vezes não esperado, onde a consciência disto é mínima, ou nenhuma, e onde o livre arbítrio sobre quem sou pertence ao meu inconsciente.  

Espanta-me

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Não sou religioso, sequer creio em algo transcendental, aqueles que já me leram sabem disto. Sem ser hipócrita sinto-me culpado por ser humano em um mudo em que a humanidade quase mais nada vale.

Em Pleno

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Em pleno silêncio dos sons que me enlouquecem, me calo com o ruído do que sou, esperando pelo eco do que não sou, gritando mudo aquilo que nunca fui e que nunca serei. Louco, com certeza, na loucura das cores que impregnam meus ouvidos, confundindo a realidade subjetiva que sempre serei. Humano, nunca, faltam-me oitavas, faltam-me acordes, faltam-me texturas,  faltam-me sensibilidade e comprometimento pela sinfonia coletiva, dissonante que seja, fora do ritmo textual que no fundo faz da sua polifonia uma sinfonia da realidade do que somos. Para ser humano faltam-me empenho e entrega, faltam-me os odores sonoros que possibilitariam alguma sintonia melódica com o social e com o humano.

É engraçado

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É engraçado, se não me parecesse triste e intencional, como a virose do ebola sumiu do noticiário da grande mídia. O ebola só é notícia quando afeta os países não africanos. Enquanto o ebola fizer “estrago” apenas na África, e em especial na África mais pobre, não parece ser notícia digna para a grande mídia, é notícia apenas para um grupo pequeno de abnegados e corajosos humanos que se dedicam ao controle da epidemia, ao tratamento minimamente humanitário àquelas pobres populações, daqueles pobres países. 

Sentado e prepotente

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Sentado no topo da estrada que liga o nada a lugar algum, aquela highway que liga o que não era, ao que não serei, aquela curta, maltratada, difícil, cheia de obstáculos e nada intuitiva passagem que se chama vida, me perco com a soberba de que sei o que sou, e que tenho o domínio sobre tudo que faço, decido, quero, penso ou sinto.

Ao vivo

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Ao vivo, sem direito a playback, a roteiro, a script, ou a direção externa, vivemos uma única experiência do realizar nossa existência temporal, finita e imanente. Sem chances de mudar o passado, sem chances de prever o futuro, sem vidência ou autoridades do saber, se desejamos viver, necessário é que aproveitemos a eternidade do momento presente para construirmos nossa existência.

Pousamos no cometa

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Primeira foto oficial do robô Philea, separado da nave "mãe" Rosetta, já com as pernas de pouso abertas Pousamos no cometa, não é Hollywood, é real. Hoje, 12 de novembro de 2014, a missão Rosetta fez com que o robô Philae pousasse no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Não poderia deixar de falar na missão Rosetta e no desafio do Philae. Não sou da era Sputnick (1957), nasci em 1960, mas sou da era Mercury e Apolo, do pouso na Lua, da estação orbital internacional, do pouso em Marte, do Chandra, do Multmirror, do Spitzer, do Compton, do Alma, do GPS, do celular, do telescópio Hubble, dos telescópios em grande matriz, do pouso em asteroide, da descoberta de nichos biológicos nas fossas térmicas, da viagem para fora do sistema solar, e agora do pouso em um cometa. Sou mais, também, sou da era do desenvolvimento exponencial da biologia e da neurociência, sou da era do homem criar uma bactéria com retalhos, montando, juntando, pedaços de DNA, ainda não é a criação de uma v

O primeiro passo para o amor

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O primeiro passo do amor é entender que o amor é imanente, posto que natural (biológico - hormonal e neuronal), que é pessoal, posto que dependa de vontade, foco, construção, doação e esforço de mim mesmo, e social no sentido de que amar é se dar, é se entregar, é ser uno com os outros, é nos ver nos outros e perceber os outros em nós mesmos, é ser humanitário, abnegado, desprendido, compromissado, responsável, empático e respeitoso.

Não temas

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Não temas os mortos, o escuro, nem as afrontas ou ofensas, tema apenas os vivos. Os mortos nada mais são para nos fazer qualquer mal, o escuro por si só nada, absolutamente nada, de mal é, e as afrontas e ofensas são palavras vazias, jogadas ao vento, sem efeito para os que nelas não creem.

Verdade

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É inverdade a verdade daquele que se diz conhecedor de toda a verdade. Não pode ser verdadeiro, pois que em verdade, a verdade, total e absoluta, talvez jamais seja conhecida. Como nunca teremos acesso de forma objetiva a toda a realidade, assim ela, ou elas, a realidade e a verdade, sempre estarão parcialmente escondidas, sempre haverá espaço para dúvidas. Isto não quer dizer que nada sabemos, apenas quer dizer que nunca poderemos afirmar conhecer tudo a respeito de algo. Isto também não quer dizer que a verdade, todas elas, não existem. Elas existem sim, isto só quer dizer que nunca saberemos se chegamos a profundeza maior de alguma verdade, ou de alguma realidade, ou se não continuamos apenas nadando em suas superfícies, ou quando muito, nadando em mergulhos rasos.

Se não sou o que de mim esperam

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Se não sou o que de mim esperam, busco ser o que devo ser, sendo o que possa ser. Importa-me muito menos o que de mim esperam, e sim o que eu de mim mesmo espero, e o que entendo que a sociedade como um todo precise.

A multidão

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A multidão do que sou se perde em unicidade na mesmice da multidão que todos são. Para que viver se nada sou de diferente, se me diluo na inalterabilidade que o sistema me induz. Encontrar eu mesmo é premente, sabendo que o eu único só é possível mediante a beligerância e constante cabo de guerra entre todos que me compõe, uma vez que mesmo o livre arbítrio não passa de uma maquiagem travessa de nosso cérebro, que recebendo as noticias prontas de nosso inconsciente as faz parecer nosso desejo, vontade e capacidade consciente.

Em plena tormenta

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Em plena tormenta, quando o mundo caminha de pernas para o ar, surge a oportunidade, em pleno mundo real, de insurgir-se contra tudo aquilo que aqui está. Em prol da mãe natureza e dos irmãos em espécie, podemos transformar a nós próprios pela ousadia de nos expormos na transformação social de nossa sociedade. O espelhamento do reflexo espelhado sobre nós mesmos, ainda assim nos reflete, pois que refletir não transforma, pode até distorcer, alterar as proporções, ou cores entre outras características, mas no fundo todo o reflexo espelhado, por mais refletido e espelhado que seja, ainda carrega a imagem original.

Duas perguntas

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Existem infinitas perguntas a serem feitas, mas entendo que existe “A” pergunta, aquela pergunta que todos gostaríamos de ter a resposta: Porque existe algo ao invés de somente o nada existir? Desta pergunta, ainda focando no surgimento do que existe e do que somos surgem várias outras, como: Como isto tudo existe? Porque existimos? Estamos sozinhos neste universo? Dando um ar mais filosófico ainda, gostaríamos de saber exatamente: O que significa existirmos?

Isto me diz algumas coisas

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O mundo parece cada vez menor, mas podemos perceber que está coberto de religiões e seitas. Cada país possui uma ou algumas como as mais populosas. Isso me diz algumas coisas. Que estamos mentalmente dispostos para crer e aceitar alguma religião e somos suscetíveis para gostar de pertencer a uma delas. Além de estarmos mentalmente adaptados para termos algum sentido de religiosidade, certo ou errado, não nos basta, a maioria de nós, ser meramente religioso, gostamos de pertencer a uma religião ou seita.

Conexão

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O absolutismo monárquico, perdido pelos séculos passados está sendo capturado sobre outra forma pelo arco íris que decompõe nosso ser. O absolutismo da ditadura da maioria, cada vez mais, falaciosamente, nos induz como verdadeira democracia,  e acaba por nos fazer crer que a maioria pode, e para muitos deve, decidir, mandar, direcionar, independente dos direitos e deveres de toda e qualquer minoria, manchando do que chamo de prepotência da maioria, nossa sociedade, múltipla, complexa, e plural. Isto vale para qualquer tom político, tanto de direita quanto de esquerda. Liberdade consciente e igualdade deveriam ser o lema de qualquer estado socialmente democrático. Uma democracia é um estado em que a maioria governa, mas que defende com unhas e dentes os direitos das minorias, que não abre mão do respeito a todos, e que assim impõem-se compromissar-se e garantir direitos e deveres a toda a sociedade, alicerçando uma condição de liberdade responsável e de uma busca de igualdade ent

Muitas vezes

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Muitas vezes quando quero o que queremos acabo por querer o que os outros querem, e não o que deveria querer.

Busca da felicidade

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Perguntaram-me se eu era feliz por ser ateu. ???!!!??  Na hora fiquei meio que paralisado, não porque não tinha resposta, porem pela tentativa de não ser grosseiro e acabar melindrando ou mesmo ofendendo o questionador. Acabei devolvendo em forma de outra pergunta: Por que eu deveria ser feliz, ou mesmo mais feliz, por ser ateu?

Não sem razão

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Não sem razão, existem muitos que se acham com razão, mesmo agindo irracionalmente, pois que da razão verdadeiramente nada, ou quase nada, racionalmente sabem. No uso irracional da razão, agem conforme lhes interessem, confundem indução com dedução, confundem desejo com verdades, confundem fé com saber, confundem querer com se expor tentando fazer, confundem ideal com real, confundem subjetivo com objetivo, confundem a subjetividade do que são e do como percebem o mundo com a realidade do que são e do que a realidade é, confundem pensar com livre pensar, confundem esperança com possibilidade, confundem as interpretações da verdade com a verdade em si, confundem revelação com conhecimento, confundem criticar com análise crítica, confundem o que gostariam de ser com o que realmente são, confundem tecnologia com ciência, confundem enfim intuição com razão.

Minha maldade

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Da mesma forma que uma criança encanta, a fome desencanta, a miséria desumaniza, e uma criança com fome em plena realização da miséria social, ofende e destrói qualquer humanidade, é um passo para a perda total do referencial humano e de sua autoestima, e finalmente faz destas crianças a prova viva de nossa maldade, de nosso desamor, e de nossa avareza, egoísmo e arrogância, de nosso descaso e inação, mas para muitos “somos” filhos de um deus e basta um pedido de perdão para que minha desumanidade seja varrida para debaixo do tapete... Talvez também por isto, não creia que ele exista.

É muito triste

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É muito triste, revoltante mesmo, quando o desespero que bate na alma mental de muitos, vem acompanhado da omissão de alguns, do descaso de outros, da insensibilidade de outros mais, do interesse de alguns, e da desumanidade social de muitos. É triste não somente pelo desespero em si, mas também pela sensação de abandono do estado, como se aqueles fossem um fardo, a sobra ou mesmo o rejeito de uma sociedade econômica que não mais se interessa por eles. Abandonados, excluídos e rejeitados pelo corpo da sociedade que deveriam também compor, se perdem como membros desta sociedade, e veem corroída a sua autoestima, se percebendo como sem apoio, sem oportunidades, sem dignidade humana e sem maior valor para esta mesma sociedade.  

Posso até

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Posso até ser um romântico, alienado ou insensível, e acreditar que não tenho parcela de culpa na miséria de muitos, mas somente sendo mesmo um miserável de espírito mental para acreditar que não é minha responsabilidade lutar, me expor, cobrar, a agir para que alguma transformação do que aqui está possa ocorrer, por uma justiça social, por uma humana sociedade, e por uma real inclusão onde a igualdade seja não apenas um ideal intangível, mas sim uma utopia viva, muito mais que uma simples meta, mas sim uma realidade tangível, sendo um drive de nosso viver.

Somos parte da História

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Somos parte da história. Somos parte do presente. Nunca saberemos se seremos parte do futuro. No presente fazemos a história, e com a história que fazemos, construímos um contínuo eterno novo presente. Mas quanto ao futuro, não há história que garanta nossa presença nele. A história nunca se escreve à frente, no futuro, e também nunca se escreve no passado, somente o presente faz história, que no passado dá ambiente ao presente, para que se possa ter um futuro diferente, mas não diferente de algum outro futuro, pois que ninguém pode saber como este seria, mas sim diferente do presente onde construímos o nosso futuro. Posso deixar a vida me levar, ou posso tentar levar a vida, mas não posso negar que a complexidade caótica da realidade presente, leva ela, muitas e muitas vezes, a vida, a nossa vida, para onde nem mesmo a vida poderia nos levar, ou poderíamos nós levar a nossa vida.

Se você quiser

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Se você quiser ser meu amigo, basta não ser inimigo da natureza, da vida, e nem do social. Se você quiser ser meu irmão, basta ter vontade de construir um amor pela vida. Se você quiser ser meu parceiro de caminhada, basta ter respeito humano pelos vivos, todos eles, quaisquer que sejam.

Real

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É real que tudo que percebemos, o conhecemos de forma subjetiva, e é subjetivo praticamente todo o real a que temos acesso, mas é irreal não crer que o real exista, mesmo que somente o percebamos de forma subjetiva.

Eu me contradigo

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Eu me contradigo? Que bom, sou humano, sou complexo, sou múltiplo, sou caminhante. Sou eu sendo muitos, e nos muitos que sou, sou único, pois que os muitos que sou me fazem seu eu. Se eu me contradigo não é sinal, necessariamente, de fraqueza, indecisão ou incompetência. Se eu me contradigo, pode ser porque caminhe. O problema, se existe, e quando existe, está no como e no porque me contradigo. Se por procura, por busca, por ousadia de caminhar na busca de conhecimentos, por razões críticas ou por racionalidade, que bom. Se me contradigo por induções, por dúvidas (não que ter dúvidas seja algo errado, mas tê-las e não correr atrás de alguma possível verdade, e ficar me contradizendo simplesmente porque hoje acho isto e amanhã acho aquilo, e depois de amanhã volto achar isto é que não deve ser a melhor alternativa), por fraqueza de sustentar o que acho certo, ou por medo de manter o que acredito, por conveniência ou por interesses pessoais ou corporativos, que mal.

Indiferença

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Miséria, uma dieta forçada de cidadania, de estado, de liberdade, de igualdade e de sociedade. Sofrimento e abandono, uma dieta forçada pela falta de respeito humano e de empatia de muitos e que, em muitos casos, leva a destruição da autoestima e a corrosão da dignidade. Fome, uma dieta forçada pela exclusão social, pelo pouco-caso ou negligência humana, pela ganância de alguns e pela inação de muitos.

Morrer é algo tão natural

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Morrer não é nada. Morrer é um tudo no simples retorno ao ser nada. Morrer é um nada que nos retorna ao nada eterno do ser, ao nunca mais ser, à eternamente ser nenhuma, a ausência de tudo e de qualquer ser, ao todo que sempre foi ausência total de ser. Morrer coloca fim ao ser, a qualquer ser, mas nunca retornaremos ao nada físico, pois que estaremos presentes como átomos, ou como partículas que nos compuseram para toda e eternidade, como sempre estivemos presentes como partículas desde o início (do momento em que a energia do big bang faz-se em partículas) e assim estaremos por todo o sempre, enquanto pelo menos este sempre real existir, até que o decaimento final (se isto acontecer), de tudo e de qualquer coisa, se faça o fim material, mas mesmo neste cenário de absoluto final material, haverá de existir a flutuação quântica, o nada que é tudo, se não tudo, o nada que muita coisa é, o nada que podendo ser escalar pode dar origem ao tudo, o vácuo repleto de partículas virtuais, de

Eu preciso de mim para ser feliz

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Eu preciso de mim para ser feliz, se nunca plenamente feliz, pelo menos para poder estar momentaneamente feliz. Amigos são sempre bem vindos, mas nunca para me fazerem feliz independente de mim mesmo. Amigos são bem vindos para celebrarem comigo aqueles momentos em que estou feliz, ou então para me suportarem em meus momentos de tristeza, mas sempre, minha tristeza ou alegria serão atributos meus, nunca de meus amigos. Amigos não são muletas, apesar de muitas vezes preferirmos que assim fossem. Amigos, ou meros conhecidos, mesmo os desconhecidos, ou aqueles que se comportam como nossos inimigos, muitas vezes pelo que nós mesmos fazemos ou fizemos a eles, não são totalmente importantes na minha construção dos momentos felizes que experimento. Podem participar? Que bom quando participam.

Nossa mente é tudo que nós podemos realmente ter

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No fundo, nossa mente é tudo que nós podemos ter, pelo menos de forma consciente, enquanto nosso cérebro possuir integridade funcional. Mais no fundo ainda é nosso inconsciente aquilo que realmente temos e somos, aquilo que nos faz ser e nos faz ter o que temos de nós mesmos e que ninguém pode nos retirar enquanto somos. Nada do mundo externo nos pertence, tudo que podemos hoje ter, ou que venhamos amanhã a ter, pode ser perdido, retirado ou pode simplesmente desaparecer. O meu pensamento ainda é minha propriedade, se não do meu eu consciente, que pode ser mero leitor de um noticiário escrito e tornado público para mim pelo inconsciente que me faz realmente ser, o que penso e o que sinto é minha propriedade, pois que vindo de mim, me faz, apenas a mim (pelo menos por enquanto), ser seu meio, e seu fim. 

O inferno não existe e nem pode existir

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O inferno não existe e nem pode existir, (é uma alegoria de nosso subjetivo, mas muito conveniente para o sistema), mas a maldade, a indiferença, o individualismo, e o descaso humano e social existem e são muito reais.  O inferno não queima, mas o descaso humano destrói. O inferno não arde, mas a maldade humana desumaniza. O inferno não tem cheiro de enxofre, mas a indiferença e o individualismo traz consigo o sofrimento e o abandono a cada vez mais irmãos.

A liberdade não reside nas palavras

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A liberdade não reside nas palavras (ou pelo menos não reside e nem pode residir somente nas palavras), mesmo que as palavras tenham alguma força, muita força, a atitude, o comportamento, o exemplo, e a ação são superiores às palavras. A verdadeira liberdade reside no espírito mental que nos faz ser quem somos. As palavras podem movimentar temporariamente, podem motivar, por outro lado podem até mesmo ofender e intimidar, mas são os exemplos, o ato de se expor e caminhar na frente, de ser vanguardeiro no processo social que, realisticamente, jamais idealisticamente, que podem realmente mexer com todos e ajudar na transformação do social, pela nossa própria transformação. É necessário que sejamos pragmático, quando assim for necessário, para não nos perdermos na vã condição de gastarmos nosso tempo filosofando a origem dos pensamentos ou a verdade como interpretação pessoal, que acabem por não nos levar a lugar algum. O que o mundo real necessita é muito mais do que, em primeira inst

Democracia

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Entendo que vivemos em uma democracia do poder econômico, um estado que se diz democrático, mas reflete na verdade os interesses e os planos do poderio financeiro. Vivemos a burguesa democracia de um estado desigual, vivemos a falsa igualdade, vivemos a igualdade desumana de uma democracia não social. Nos escondemos por detrás da falaciosa argumentação das oportunidades iguais, justificando o que temos e o que conseguimos pela meritocracia, quando na verdade nossas oportunidades foram, em geral, quase absolutamente, vergonhosamente, maiores que a da maioria miserável e excluída de nossa sociedade.