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Mostrando postagens de junho, 2015

Sou menos

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Sou menos do que demonstro, sei um pouco menos do que aparento, sou menos sensível do que deveria, realizo menos do que precisaria, me comprometo menos do que careceria, e sou menos humano do que gostaria de ser. Se você me conhece, que bom, pois que eu ainda não me conheço. Apesar de tudo, algumas certezas eu tenho, sou natural, o cérebro é o substrato físico-químico-biológico de suporte a tudo o que sou, o que sinto, o que demonstro, e o que sei. O real existe, independentemente do quão subjetivo seja minha percepção deste real, e tudo é imanente.

palestra de Miguel Nicolelis para o TED em 2014 com resultados preliminares com 8 paraplégicos no projeto Andar de Novo

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Miguel Nicolelis em palestra ministrada em outubro de 2014, para o TED, com os resultados clínicos preliminares obtido com 8 pacientes paraplégicos, no projeto "Andar de Novo". Palestra não possui legenda.

Miguel Nicolelis em palestra para o TED sobre ICMs realizada em abril de 2012

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Miguel Nicolelis em palestra realizada em abril de 2012, no TED, como introdução ao ICM (interface cérebro máquinas) Não localizei esta palestra com legendas.

Pais biológicos, uma mera fatalidade quando do ponto de vista de qualquer filho ou filha.

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Eu sei que este é um assunto complexo pois que envolve muito de certo tabu e preconceito, em especial religioso, de que devemos amar e respeitar nossos pais. Ousarei incluir alguns conceitos que entendo desobrigar por princípio os filhos de amarem e respeitarem seus pais (como pais, pois que como humanos eles merecem o respeito natural que um ser humano merece, quando merece), pelo menos por princípio, ou por obrigação. Por favor, não quero dizer que devamos odiar ou mesmo ser indiferentes aos nossos pais, apenas que eles sejam respeitados e amados, não pela posição formal de serem pais, mas pelo que como pessoas possam significar para nós e para a sociedade. Como já comentado no título, um pai e uma mãe, do ponto de vista de um filho, é uma fatalidade não desejada e não escolhida, uma espécie de singularidade que lhes outorga um pai e uma mãe biológica. Exatamente como meus filhos não me escolheram como pai, também nenhum filho ou filha teve esta possibilidade, e ao nascerem se vee

Ajude a salvar vidas, doe-se, vivo ou morto

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Doe sangue. Demonstre respeito à vida, sem saber a quem. Demonstre amor ao próximo sem se preocupar com quem. Doe medula óssea, inicialmente é apenas um exame de sangue simples para análise de compatibilidade. A chance de ser encontrada uma compatibilidade é muito difícil, é da ordem de 1 para 100.000. Cada um que se disponibiliza para cadastro e análise de compatibilidade diminui esta distância, e a sua medula pode ser aquela que se precisa para ajudar a salvar mais uma vida. Doe órgãos. Deixe claramente expressa a sua vontade de ser um doador de órgãos quando seu fim chegar. Formalize com parentes e amigos, se possível por escrito e assinado, que você quer doar seus órgãos. Demonstre amor pela vida e respeito humanitário, doe seus órgãos para ajudar a salvar vidas, e doe o que restar de seu corpo, para pesquisa ou treinamento de futuros salvadores de vida. Mesmo mortos, podemos fazer alguma diferença. Este assunto ainda parece ser um tabu para muitas pessoas e famílias, discu

Aprender a se colocar no lugar do outro

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Precisamos buscar, talvez mesmo aprender, ou mesmo construir em nós a capacidade para conseguirmos nos colocar no lugar do outro, nunca para julgar, muito menos para ver como agiríamos no lugar deste outro, e sim para tentar entender como o próprio outro possa estar sentindo, percebendo, ou mesmo sendo impactado pela sua situação de momento. Respeitar a individualidade do outro é importante. Esclarecer ou identificar falsidades de percepções também, mas tentar se colocar na realização do viver deste outro, mesmo que nunca consigamos estar plenamente no lugar de nenhum outro, pois que viver é sempre um ato em primeira pessoa, jamais deve ter como intenção ensinar, corrigir, ou parecer invasão de privacidade, deve então, isto sim, com certeza ajudar a nos mostrar comprometidos com este alguém, a passar a ideia que possa haver confiança mútua e respeito verdadeiro pela vida de cada um de nós.

Uma mulher sem um homem, é que nem um peixe sem bicicleta

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Uma mulher sem um homem, é que nem um peixe sem bicicleta... hummm. O peixe não necessita de bicicleta alguma... hummmm,...  Então talvez a mulher não necessite de homem algum...  A única diferença da mulher para o peixe nesta assertiva, é que ela é totalmente livre e independente para escolher se quer, quando quer, e como quer, algum homem, alguma mulher, algum homem e mulher, ou mesmo ninguém, e que tipo de companhia seria esta...

Carta de Richard Dawkins para sua filha, quando ela (Juliet) completou 10 anos

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Incluo aqui a carta que Richard Dawkins escreveu para sua filha, tão logo ela completou 10 anos. Entendo que valha muito a pena conhecer esta carta e seu conteúdo. Richard Dawkins      (Carta para sua filha Juliet) Querida Juliet, Agora que você fez dez anos, quero lhe escrever sobre algo que é muito importante para mim. Você já se perguntou sobre como sabemos as coisas que sabemos? Como sabemos, por exemplo, que as estrelas, que parecem pequenos pontos no céu, são na verdade grandes bolas de fogo como o Sol e ficam muito longe? E como sabemos que a Terra é uma bola menor, girando ao redor de uma dessas estrelas, o Sol? A resposta para essas perguntas é “provas”. Às vezes “prova” aignifica realmente ver (ou ouvir, ou sentir, cheirar...) que algo é verdade. Astronautas viajaram longe o suficiente da Terra para ver com seus próprios olhos que ela é redonda. Às vezes nossos olhos precisam de ajuda. A “estrela-d’alva” parece uma sutil cintilaç

O poder e a riqueza seduzem e cegam.

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O poder seduz e cega. O poder que seduz, cega O poder cego, seduz. A riqueza seduz e cega. A riqueza que seduz, cega A riqueza cega, seduz. E o humano se vai, cego e seduzido pelo poder e pela riqueza.

Seleção natural

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Acabei de ler que a seleção natural foca em garantir a perpetuação da espécie. Discordo frontalmente, a seleção natural não possui ideal algum de buscar garantir a perpetuação de espécie alguma, esta perpetuação é decorrente, e não foco ou alvo, da seleção natural. Isto decorre de um erro clássico, que entendo haver, na interpretação da evolução, pois que como somos capazes de imaginar formas de buscar ações que nos propiciem visão de futuro, tentamos transmitir para a evolução, ou erradamente, a muitas outras coisas, esta previsibilidade. 

A pluralidade da sociedade

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A pluralidade da sociedade deve ser vista como uma virtude e como um sinal de força social e humana, uma vez que este mesmo estado plural já se encontra humanamente em cada um dos seres que compõem esta mesma sociedade. Somos complexos, múltiplos e plurais, em nossa própria existência. Sendo muitos, nunca ao mesmo tempo, cada um de nós é a realização mental de diversos seres, conscientes alguns, inconscientes outros, desta forma necessitamos de uma sociedade também plural para nosso próprio bem social e humano. A pluralidade individual necessita encontrar reflexo na sociedade que construímos. A ditadura da maioria, ou a arrogante tentativa de limpeza e purificação dos princípios e comportamentos através de uma ditadura moral, limitada e orquestrada, em si mesmo, por dogmas e preconceitos, por interesses corporativos de alguns, pela insensibilidade humana de outros, leva a um estado de fraqueza coletiva, pois que é na diversidade, na variação, e na pluralidade, que as sociedades

Fácil culpar o mundo ou a sociedade, difícil é nos assumirmos como corresponsáveis pelo que a sociedade acaba sendo

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É fácil culpar o mundo pelo que somos, mas deveríamos culpar a nós mesmos pelo que o mundo é, melhor ainda, e mais corretamente ainda, seria fácil culpar a sociedade pelo que somos, mas deveríamos culpar a nós mesmos pelo que a sociedade é. Se nunca conseguimos ser exatamente o que deveríamos ser, não é motivo para sermos, então, tudo o que irracionalmente desejarmos ser.

Sempre em busca da verdade

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Sempre em busca da verdade. Não da minha verdade e nem da minha interpretação da verdade. Não da verdade que eu gostaria que fosse e nem da verdade que devesse ser. Não da verdade que se alinhe as minhas crenças, ou que me ajude a defender meus pontos de vista. Mas sim da verdade, nua e crua, nem bela nem feia, nem justa nem injusta, nem humana e nem desumana, apenas a verdade como reflexo real de alguma coisa, não apenas reflexo subjetivo, percebido e construído mentalmente acerca dos fenômenos, mas a busca sincera, cética, racional e desapegada de quaisquer interesses que não seja unicamente chegar cada vez mais perto da verdadeira verdade, de uma verdade global, que reflita o fato, o evento, o experimento, a situação, principalmente na busca subterrânea, profunda, das causas, e das engrenagens que movimentaram e possibilitaram de que aquilo pudesse acontecer. Um pequeno desvio aqui, simplesmente para comentar que verdades lógicas e matemáticas seguem um outro caminho, não menos i

Retornando ao assunto da diminuição da idade penal

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Retornando ao assunto da diminuição da idade penal, tenho a dizer:  Primeiro : Quero deixar claro que jovens e crianças não podem e não devem ser “presos” com adultos, isto é acabar de vez com qualquer chance de recuperação destes jovens e crianças. Segundo : Qualquer pessoa mais bem-intencionada, que tenha pesquisado sobre as transformações fortes por que passam nossos cérebros, hão de ter deparado com a informação de que nosso cérebro, por volta dos 17 aos 19 anos passa por uma grande alteração plástica, eliminando uma série de ligações e reforçando outras, então é possível sim, nesta fase, para os não psicopatas, prover uma natural recuperação, desde que toda uma estrutura, inclusive social lhes seja disponível.

Viver em desesperança ajuda a minimizar toda e qualquer infelicidade

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Um mar de rochas e espinhos, pedras soltas que se revolvem desestabilizadas, instáveis, mas por onde somos obrigados a navegar por. Este é o nosso viver, ou pelo menos como ele se nos parece apresentar como a realidade do nosso viver, não para todos, o que pode ser também mais uma das nossas múltiplas ilusões, pois que não estamos no ser de mais ninguém. Viver é um exercício sempre em primeira pessoa. Agora, excetuando-se os extremos, por um lado de um grande número de excluídos, de esquecidos e de abandonados pelo estado e pela sociedade, e por outro, número menor, entretanto existente, de abastados, de poderosos, e de em geral usurpadores naturais, a maioria de nós vive em pontos intermediários entre o extremo da selva árida, abandonada, perigosa, sofrida, instável e desumana de um lado, e a vida quase sempre alienada do sofrer de muitos, sentada em cima de seus próprios interesses, arrogância e vaidades, dos ricos, do outro. 

Religiões e as possíveis incoerências com ela mesma e com as outras

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No mundo existem uma infinidade de religiões, além de um outro número variável de variações acerca de cada uma daquelas religiões. Sob qualquer análise minimamente detalhada, percebe-se imediatamente antagonismos entre várias delas, tanto filosófica quanto conceitualmente, pela forma diferente como abordam seus argumentos, e mesmo, levam a deidades intrinsecamente diferentes. Isto por si só já demonstra, no mínimo, a impossibilidade de que todas elas estejam certas, de que todas podem ser verdades. Algumas religiões chegam a ser incoerentes consigo mesma, com seus textos sagrados se contradizendo em determinadas passagens. Podemos também notar que em determinados pontos, mesmo centrais a sua filosofia de existir, algumas religiões apresentam forte incompatibilidade com a realidade e com conhecimentos estabelecidos, e algumas chegam a cúmulos de desumanidade de nos dividir em castas. Para resolver o problema da incompatibilidade interna e principalmente da impossibilidade de aderênci

Não creio que exista alguma lei do retorno

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Não creio que exista alguma lei do retorno, pelo menos não como algo efetivo. Existe algo como uma natural probabilidade, baseado no seu histórico de vida, como exemplo posso dizer que se alguém construiu um viver em que prezava o respeito e a amizade, esta pessoa terá uma boa probabilidade de receber ajuda de algum dos muitos que compartilharam do seu viver, quando precisar de alguma ajuda, em contrapartida alguém que construiu uma vida em ódio, desprezo pelos outros, e arrogância, terá grande probabilidade de ser esquecido pelos que com ele conviveram, mesmo quando precisar de algum tipo de ajuda. Se eu dirijo agressivamente, sempre no limite da segurança, é bastante provável que eu me envolva em algum acidente. Nem sempre o que aqui se faz, aqui se paga, e se aqui não pagamos, não pagaremos em lugar algum. Outras vezes “pagamos” pelo que não fizemos.

Aqui estou eu

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Aqui estou. Praticamente perdido na cegueira de um ser que não consigo ser. Praticamente entregue por omissão a uma existência que abomino. Como posso aceitar? Aqui estou. Reflexo de mim mesmo. Antígeno de mim mesmo. Simétrico de mim mesmo. Muito mais diluído de mim mesmo do que no fundo me imagino ser. Constructo desprezível e absurdo daquilo que não deveria ser. Mera representação sem conteúdo, de um sonho irreal, de que posso ser humano sem me envolver em responsabilidades com os demais. Mera imagem sem sentido, de uma ilusão, de que posso me humanizar sem compromisso primeiro com a vida e com a dignificação do viver, de todo e qualquer viver. Mero rascunho sem substância, de uma fantasia, de que posso ser humano abrindo mão do respeito à todos os outros e à natureza como sustentáculo natural de tudo que há e do que podemos ser.

Humanizar é transformar

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Muitos acreditam, e talvez eu mesmo entre estes, que alcançaram um estado tal em que a humanidade que construiria seu humano ser já é capaz de falar por si mesma, ouso discordar porque se a humanidade em meu ser falasse, mesmo que apenas sussurrasse, que gaguejasse ao falar, ou mesmo que imperfeitamente construísse sua fala, eu não estaria perdido em meio a uma quase inação triste e desumana, pego por uma certa dormência em relação a tudo que aqui existe, frente a fome, a miséria, a exclusão, a exploração, frente também aos preconceitos, a arrogância, e as injustiças, e frente ao quase palpável tecido desumano e irracional que permeia nossa sociedade. Pensar e não agir, sentir e não se expor por alguma transformação não me retiram do lodo vicioso do ser eu mesmo e continuar como se nada pudesse eu fazer, ou como se no geral não tivesse eu também culpa pelo que aqui está. Somente fazer caridade não muda nada, primeiro porque a caridade mesmo sendo necessária como forma premente e urg

Idade penal

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Boa parte do país está preocupada com os “menores delinquentes”, com o risco que correm, mas praticamente ninguém está preocupado de onde veem estes menores, como eles nascem, como crescem, como se perdem para o crime. Que situação social ou in-social eles suportam ao longo de seus anos de infância. Muitos se empenham em diminuir a idade penal, em retirar o máximo destes menores das ruas, outros esperam ganhar mais com a privatização do sistema de penitenciarias, entretanto quase ninguém se preocupa com as causas que levam um número grande de crianças e jovens a estarem perdidas. A preocupação somente surge pelo risco que boa parte deste país sente, e assim, é mais fácil prender, e se possível fosse para sempre, e longe dos olhos e das mentes destes mesmos que não se sensibilizam pelo como estes jovens e crianças chegam a onde chegam. Misturar crianças ou jovens com adultos é dar o golpe final na não recuperação destes. Eu sei que algumas crianças talvez já tenham passado do momento

Crer é um fato

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Crer não seria necessário e nem desnecessário, crer é um fato (crença aqui tem o sentido de acreditar como diferença do saber, de confiar em alguma coisa, de acreditar como verdade algo da qual não temos provas de conhecimento, ou evidências corroborativas). Ninguém vive totalmente livre das crenças, pois que é impossível sabermos de tudo, de termos conhecimento positivo sobre tudo. O conhecimento absoluto é uma utopia, que deve ser constantemente buscada, mas que talvez jamais seja alcançada. Isto posto, todo conhecimento inicia-se, em algum ponto, em uma crença, em algo que se acredita como verdade sem meios de comprovação. É certo que crer é uma realidade, entretanto crer não pode significar ou implicar em que podemos cair na tentação ou na ignorância de ser livres para crer em tudo e em qualquer coisa, mesmo que esta crença implique em ferir a lógica, a realidade, ou o conhecimento já estabelecido. Até para crer é necessária racionalidade, lógica e análise crítica, é necessá

O humano ainda me parece distante

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A nossa humanidade é basicamente a mesma ao longo dos anos. Somos aqueles mesmos pretensiosos que nos víamos como auge da evolução, somos aqueles mesmos que acreditávamos em revelações, horóscopos, previsões mágicas, ou mesmo em seres capazes de serem interlocutores diretos com algo de místico ou “superior”. Somos aqueles mesmos que não procuramos evidências, que acreditamos em autoridades do saber, e que sequer checamos as fontes de informações. Somos aqueles mesmos que víamos o capitalismo como a salvação da humanidade, que hoje ganhou uma vestimenta de neoliberalismo e globalização. O tempo passou, a ciência caminhou, mas a ganância, a vaidade, a prepotência, e a desassistência social permaneceram, e talvez até mesmo tenham piorado. Somos aqueles que víamos o Brasil como um país do futuro, futuro este que cinquenta anos depois ainda não chegou, com a mesma politicagem, em geral o mesmo princípio econômico, a mesma corrupção que corre solta, a mesma inação, e a mesma falta de ousa

Ciência, fatos e refutação

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Para a ciência os fatos são importantes, mas no mínimo tão importantes quanto, é a forma como os descobrimos, como pensamos neles e sobre eles, e é a forma como tentamos refutar nossas, ou dos outros, assertivas acerca daqueles fatos, e do como foram conseguidas. Em ciência, diferentemente de como se comportam outras entidades, a refutação não é percebida como alguma ofensa, mas sim como uma forma de maximizar a verdade na realidade natural. Refutar, ou melhor, tentar de todas as formas refutar, deve ser a marca natural de todo e qualquer livre pensador, de todo pensador minimamente crítico e racional, e assim de todo e qualquer cientista sério. Como nunca poderei provar que uma verdade positiva, em ciência, seja 100% verdadeira sobre todo e qualquer escopo, sobre todo e qualquer experimento, pois que nos é impossível testá-lo sobre todo e qualquer escopo. Uma refutação, por si só, já nos mostra que no mínimo a assertiva, ou a teoria, está falha ou incompleta, podendo inclusive esta

Penso o que sou, ou sou o que penso

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Penso o que sou, ou sou o que penso? Entendo que os dois. Um reforça positivamente o outro. Porque penso o que sou, o próprio pensamento reforça o que sou, e assim passo a cada vez mais ser o que penso. Este ciclo pode ter um início aparentemente discreto, mas com a sequência, com o reforço mútuo constante, chegamos a que ambos passam a ser fortes. Isto é bom, e isto é ruim, dependendo do que somos inicialmente, e do que, e do como, pensamos. Assim é importante buscarmos um mínimo de consciência (até onde ela seja possível), além de uma análise racional e crítica de se o que somos e o que pensamos pode nos levar a um ser socialmente digno, ou individualmente indigno. Neste ciclo contínuo, participam as induções externas, os interesses da mídia e do poder, a cultura, também a família e a sociedade como um todo. Desta forma é imprescindível que busquemos um compromisso racional e crítico com as informações que recebemos, e com os pensamentos que temos. É importante que sempre chequemo

Intencionalidade

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É curioso como nossa mente tende a ver intencionalidade em todos os acontecimentos que nos afetam (Em geral temos o mal costume de imaginar intencionalidade de algo ou de alguém em quase tudo o que acontece). Parece que somos ávidos em perceber, mesmo que sem a menor evidência formal, que fenômenos, muitas vezes aleatórios (no sentido de sem intencionalidade alguma, mas com certeza um evento com causa ou probabilidade de ocorrer), ganham uma aura de intencionalidade, principalmente quando nos afetam. Adoramos teorias da conspiração, exatamente porque dão intenção a eventos díspares, muitas vezes dispersos, e quase sempre sem correlação. Talvez porque sejamos excelentes contadores de história, muitas vezes inventamos enredos para justificar um pouco do que somos e também um pouco do como agimos. Muitas vezes estas criações mentais, com o passar do tempo, ganham ares de verdades até para nós mesmos que as criamos, ficando impossível discernir o quão dela é verdade e o quão dela é

VIDA

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A vida é o que de mais nobre pode existir, cabe-nos assim amá-la, respeitá-la, e realiza-la em comprometimento com os nossos, mesmo que ainda não totalmente naturais, atributos de humanidade, regozijo e amor. Viver e permitir a vida, realizá-la e ajudar na realização dela pelos outros, e assim ser um real devoto desta vida, que da química se fez biologia, e da biologia se fez mente. Temos uma única oportunidade, porque desperdiça-la?

Família e filhos

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Uma família é uma coisa esplendorosa, capaz de dar coerência a nossa jornada, agregar o relacionamento humano de todos, proteger os filhos (se existirem, pois que podem não existir), e possibilitar uma integração tal que a educação e a instrução, o cuidado e o zelo, o respeito e a liberdade com limites, passa a ser de todos e para todos, passam a ser tarefas comuns naturalmente a todos. Mas o que é esta tal realidade chamada família. Para alguns conservadores, família seria algo como um pai, uma mãe, e seus filhos, um relacionamento heterossexual de pais e seus filhos. Dizer que isto não pode ser uma família, seria mentir. Eu gostaria de deixar claro que não me refiro ao conceito legal (brasileiro) de família, estou tentando falar o que penso e o que sinto como família. Assim, apesar de uma família poder ser a tradicional e conservadora visão de família, o que mais me importa é que para que eu considere realmente uma família, deve existir um princípio comum de respeito, compromisso,

O Amor

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O Amor sincero, puro, daquele que se doa no objeto de seu Amor, e se resigna em nada esperar de retorno, nos faz mais fortes, mais vivos, mais sadios, mais dignos de sermos unos com a mãe natureza, mais próximos de nossa humanidade, mais irmãos em espécie, e finalmente menos interesseiros, ambiciosos, e assim mais corresponsáveis pela dignidade social e humana, e mais compromissados com a natureza, e mais equilibrados por uma racionalidade.

Mais e menos

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Por mais que eu tente ser menos, acabo sendo muito mais do que o menos que em verdade eu sou, acabo sempre e cada vez mais caindo na tentação de me achar muito mais do que o menos que na verdade implica meu ser, ser. A natureza sempre será mais do que o menos que sou. O natural sempre será mais, e eu como um mero elemento deste todo, que é o mais natural, tenho que cair no real de que sou muito menos do que o mais que minha possível arrogância e vaidade pensam que sou. Por fim, represento individualmente, muito menos, do que o mais que o social é.

Um ateu não faz apostas com sua existência

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Um ateu não faz aposta com sua existência, uma vez que nada espera do depois. Um ateu ama a vida intensamente, pois sabe que ela é única e fatal, que ela não se repetirá ou se perpetuará de forma alguma. Ele sabe que é um passageiro entre o nada que já foi, e o nada que voltará a ser. Um ateu não joga sua existência em um futuro irreal. Um ateu ama a vida e ama o próximo, de toda sua realização, porque sabe que tendo uma única chance, deve aproveitá-la com humanidade, com seriedade, e com respeito humano e social. Um ateu não põe, ou coleciona, fixas em um tipo de deus (qualquer deus), ou em um tipo de religião que lhe promete garantir um amanhã (depois desta vida), simplesmente porque este amanhã nunca virá. Um ateu por si só não é melhor nem pior que um crente, talvez mais sincero em seus atos, mas como qualquer humano, existem os ateus de índole boa e humana, e existem os ateus revoltados ou de índole má e doentia, exatamente como os crentes, pois que existem ateu de moment

Somos todos primos distantes, e somos também filhos de uma improbabilidade enorme de existir.

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Somos todos primos distantes, e somos também filhos de uma improbabilidade enorme de existir. É bem verdade que a carga genética e o compartilhamento de genes se divide ao meio a cada nova geração, assim ele (o compartilhamento de genes) tenderia a minguar de forma exponencial, mas fico feliz em imaginar que a fecundação entre “estranhos” (entendido aqui estranhos como sem consanguinidade direta ou muito próxima) acaba por espalhar descendentes genéticos por todos os lugares, criando uma espécie de grande bolsão genético, e assim ao longo do tempo, independente de nossa origem “única”, evolutiva, acabamos por ser primos distantes uns dos outros, de cada um com todos os outros, brancos com negros, índios com “civilizados” (seja lá o que quer que seja ser considerado civilizado), cultos com incultos, crentes com descrentes, esquerdistas com direitistas, homens com mulheres, heterossexuais com homossexuais, sis com trans, e por aí vai. Ninguém, em si, em plena natureza, é melhor ou

Ser ateu

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Ser ateu é ser totalmente envolvido pelo universo, é assumir-se totalmente natureza, é amar a todos enquanto seres únicos e sociais, é abraçar o temporário, o transitório, é ver-se e a seus irmãos em espécie, como resultados da evolução, é amar a vida, toda a vida, a essência da vida. Falo do ateu que chegou até ele por entendimento, não por revolta, não por provocação, ou também não por algum tipo de moda. O ateu que como eu, que não tem vergonha do seu passado religioso, pois que serviu de aprendizado para entender, juntamente conquanto estudava a natureza, que nada na natureza necessita de algum deus. Ser ateu nunca significou odiar algum deus, pois que não podemos odiar o que não existe, simplesmente negamos a existência de alguma deidade. Somente loucos poderiam odiar o que não existe. Como posso odiar um “zruvadiscalimbolino”, como “zruvadiscalimbolino” não existe, somente alguém com algum desvio mental poderia odiá-lo. Como odiar um fantasma, um gnomo, um elefante que voa e s

Nem tudo que parece

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Nem tudo que parece é, e nem tudo que é parece ser, assim, pode ser que o que pareça ser não seja, podendo parecer que tudo aquilo que é seja mero parecer, mesmo que não sendo. Algumas coisas são sem nada parecerem ser, enquanto outras coisas parecem ser mesmo nada sendo. Aquilo que é, é, mesmo que nada pareçam ser, e por simetria, aquilo que parece ser, parece, mesmo que não sendo. Ser e parecer parecem ser o que são, duas diferentes coisas, são assim uma complexa ilusão do ser que dá mais valor ao que parece ser do que ao que é. Nossa mente, sendo falha como é, confunde o que é com o que parece ser, principalmente quando parece ser aquilo que gostaríamos que fosse. O parecer tem muito de subjetivo e pessoal, e o que é depende diretamente dos mecanismos, muitas vezes invisíveis, mas que são o que fazem o real ser, sendo o que são mesmo que não pareçam ser.

Ser feliz não é fácil

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Gostaria de iniciar afirmando que é fácil ser feliz, mas não é, seria uma falácia, ou até mesmo desumano de minha parte afirmar que ser plenamente feliz é fácil. Sempre que alguém afirma que ser plenamente feliz é fácil, está na verdade fazendo uma maldade enorme, pois que transferem a culpa da não felicidade plena de todos, para cada um de si, que acabam por se acharem incompetentes, ou incapazes por não conseguirem chegar a tal felicidade plena e contínua, e levam a estes o dissabor de não alcançarem, o que na verdade ninguém consegue.  Em verdade creio que a felicidade plena é impossível. Creio que o termo ou o sentido de “ser” feliz deve ser substituído por “estar” feliz. A felicidade é um estado de ser, mas nunca um estado pleno e contínuo. Sinceramente, não acredito em ninguém que se diga plena e continuamente feliz, entendo estas pessoas como mentirosas, ou o que é pior ainda, como alienadas do sofrimento alheio, e da dor dos que lhe cercam. Com isso não quero dizer que o

Não existe momento para iniciar a construção de nosso amor

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Não existe momento para iniciar a construção de nosso amor, mas existe um momento após o qual é impossível fazê-lo, a nossa morte. Não existe momento melhor para iniciar a construção de nosso amor, do que aquele que estamos a viver. Viver é um contínuo presente no espaço-tempo que nos cerca, onde sendo fatais, nos fazemos cada vez mais mortais, e onde cada vez menos temos tempo para edificar o nosso amor. Não existe momento para iniciar a construção daquilo que já devíamos ter iniciado. O amor e a razão necessitam compromisso, certo esforço, vontade, e algumas vezes necessita de reconstrução.

Viver é desafiar a morte

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Viver é desafiar a morte, não para vencê-la, o que é impossível, não para provocá-la, o que não leva a lugar algum, não para nos expor a ela, o que não é necessário pois somos naturalmente mortais, mas é um desafiar a morte para enquanto vivos sermos úteis à humanidade, e dignificarmos a vida como algo mais belo e maravilhoso. Viver é ter a ousadia de realizar nossa existência com grandeza humana, e dignidade social. Viver é saber que estaremos sempre cada vez mais próximos de nossa morte, e por isto mesmo estaremos sempre e cada vez mais devedores socialmente pelo nosso viver.

Animais

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Animais? São eles e somos nós, todos nós, isto não pode ser ofensa, isto é sim um elogio. Sou animal, sou homo, sou primata, sou mamífero, sou cordado, sou sexuado, sou natural, e sou natureza. Bela forma de me ofender, dizendo de pulmão cheio o que sou, o que todos somos, sortudos animais que tiveram a infinitesimal probabilidade de existir, e mesmo assim aqui estamos.

Submundo de mim mesmo

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O submundo de mim mesmo é um tumulto de outros que são eu mesmo.

Independente do quanto chova, viver é preciso

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Independente do quanto chova, sempre existirá um dia em que a chuva para. Independente do estrago que a chuva faça, se não morremos, sempre poderemos recomeçar. Independente da duração em tempo que a chuva leve, sempre aprenderemos a caminhar na chuva.

Simpatia e crueldade, todos temos

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“Tanto a simpatia, quanto a crueldade dependem da capacidade de imaginar como nosso comportamento afeta os outros. Animais de cérebro pequeno como os tubarões, certamente podem ferir outros, mas o fazem sem ter a menor ideia do que os outros irão sentir, nos grandes primatas, incluindo nós, o cérebro já é suficientemente complexo para possibilitar a crueldade. ” Esta frase não é minha, é do grande Frans de Waal, no seu livro “Eu primata”, livro que recomendo a leitura, como qualquer outro livro deste importante e conhecido primatologista. Tanto a simpatia, quanto a crueldade, dependem de termos a capacidade mental de sentir o que os outros sentiriam, pois que simpatia e crueldade, só tem sentido pessoal, pela capacidade de ajudar, de compartilhar, de estar uno, na simpatia, e de maltratar, de fazer sofrer, ou de humilhar, na crueldade. Estes “sentidos” fazem parte da capacidade mental desenvolvida ao longo dos milhões de anos, e de alguma forma envolvem empatia.

Sou ateu, materialista e de esquerda

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Sou ateu, apenas não creio em deidade alguma.  Eu sou materialista, apenas creio que tudo o que exista seja natural, e decorra de matéria ou energia.  Eu sou de esquerda, porque defendo a igualdade social, a liberdade com responsabilidade, o fim do dono do capital, e uma humanidade socialmente sadia. Eu não trabalho com o diabo. Eu não como carne podre. Não faço pedofilia. Não queimo em fogueiras os que de mim discordam.

A ingenuidade

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Infelizmente; A ingenuidade deixa sem proteção portas que inescrupulosos podem abrir. Infelizmente; A ingenuidade pode parecer uma benção, mas neste mundo, é uma brecha enorme para os de mau caráter. Infelizmente; A ingenuidade, em um mundo complexo como o nosso, pode levar à frustrações e a desesperos, que podem facilmente transformar o ingênuo ser humano em um malvado e perverso ser, e ainda pode fazer este acreditar que está agindo em nome de alguma virtude.

Desejo e necessidades

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Não deveria desejar nada além do que necessito, o problema é que muitos sequer possuem o que necessitam, e outros tantos de nós acabam sempre e cada vez mais aumentando seu limite de necessidades, desejando assim o que dizem necessitar, quando na verdade não necessariamente necessitariam.

Feliz

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A única forma de ser feliz é viver. Somente vivos são capazes de amar e serem felizes. Infelizmente também, somente os vivos são capazes de destruir, odiar e retirar a felicidade dos outros. Assim, a melhor forma de ser feliz não pode ser somente viver. Viver é necessário, mas não suficiente, é necessário construir nossa humanidade e trabalhar pela dignidade social.

Infeliz

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A melhor forma de ser infeliz, mas não a única, é se omitir de sua humanidade.

Viver, esta essência do ser, ninguém é, sem viver

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Não existe homologação para a vida. Vivê-la é ao mesmo tempo fácil e complexo. Vivê-la é ser, e ao mesmo tempo estar. Viver é nunca saber até onde vamos, e apenas a vivemos como um eterno algo novo a cada instante. Em parte, podemos aprender a viver, sempre é possível retirar aprendizado do que já vivemos, mas em parte também de pouco pode valer este aprendizado, pois que sempre estaremos a experimentá-la como se primeira vez fosse. Calma pessoal, eu não disse que o aprendizado não seja útil, eu digo que é, mas o que eu quero dizer é que o que aprendemos se refere a uma realidade já passada, e a realidade como um todo é muito complexa, e nunca saberemos com certeza toda extensão das relações desta existência com o nosso momento presente, entendo mesmo que sempre saberemos apenas e tão somente uma pequena parcela deste todo existencial, assim, aquilo que deu certo no passado, pode não dar certo hoje, e a culpa não será necessariamente nossa, é que desconhecemos todas as intercorrênci

Viver, a humanidade, e somos seres naturais, três breves textos.

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Viver é ter a certeza de que somente com o suporte natural do corpo, em especial do cérebro, é que pode ocorrer a emergência de nossa mente, do nosso ser. Não existe o viver do que somos, de nossos seres mentais, sem que haja a vida animal e natural como suporte necessário. Viver é um ato biológico, seja a vida com ou sem mente, com ou sem cérebro, com ou sem presença de alguma consciência. Não há viver, nenhum tipo de viver, sem a biologia natural a lhe dar suporte existencial. Viver assim sempre será um ato biológico, para alguns seres, sem a presença de nenhum circuito neural, para outros com a presença de um circuito neural menor, e para alguns com a presença de um grande circuito neural. Para estes últimos, somos parte corporal, e parte mental, mas sempre totalmente naturais.

Respeito aos vivos e não aos mortos

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Porque eu deveria investir energia, tempo, esforço, ou compromisso algum, para respeitar os mortos, se eu tenho, no meu tempo presente, uma multidão de vivos, que estes sim merecem meu esforço, minha energia, meu tempo, e meu compromisso para respeitá-los.  Se por acaso respeito algum morto, é porque respeito algum vivo que respeita este morto. Dos mortos eu respeito as boas obras e os bons exemplos que eles possam ter deixado, nunca os mortos em si. Se respeito meu pai que morreu, não é com certeza porque respeite o meu pai morto, mas sim os exemplos de vida, e as obras que em mim, para mim, para minha família e para a sociedade ele tenha deixado. Se isso vale para o meu pai, isto vale também para todo e qualquer morto, De Epicuro ao Einstein, de Pasteur a algum amigo que já se tenha ido. E se o morto tenha ido em idade tenra, e assim não tenha podido ter deixado obras ou exemplos, eu o respeito, por que respeito os que o amavam, seus pais, irmãos, parentes e amigos.