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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Morremos

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Morremos todos, politeísta, monoteístas, teístas, deístas, panteístas, agnósticos ou ateus. A morte não faz seleção de credo, cor, raça, situação social, ou mesmo de descrença. Morreremos todos, basta estarmos vivos. Nunca, em tempo nenhum, a morte abriu mão de seu domínio absoluto, ela reina e sempre reinou sobre todos. Ao nascermos somos carimbados pelo seu poder absoluto, cabe apenas e tão somente esperar, ela virá, ela veio para todos, guerreiros, deuses homens, profetas, marginais, místicos, religiosos, seculares, nunca houve um, apenas um, que servisse de exceção ou contraprova. Não há poder, terreno ou místico, não há fé ou abandono, não há pedido, oração ou mesmo revolta que afastasse a danada da morte. Não há riqueza, fama ou poder que faça ela nos “esquecer”. Não há saber, conhecimento, ciência, imanência ou transcendência que nos isole dela. Não há ceticismo, idealismo ou materialismo que a mantenha a distância. Ela nos espreita sorrateira, anônima, fugaz, mas o dia chega

Todos morremos

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Todos morreremos, teístas, deístas, panteístas, politeístas, agnósticos e ateus, ninguém dela escapa ou escapou. A morte ainda é democrática no sentido que passa por todos. O que muda, na morte nada, todos nos vamos, e aqueles que nos amam, ou de nós necessitam, sofrerão, e nós nos fomos de qualquer forma.... Por favor não venham me dizer que vivem ou filosofam para aprender a morrer, NÃO, eu vivo, penso, estudo, filosofo, para aprender a viver, pois que viver é que é difícil. Para morrer não preciso estudar ou filosofar, não preciso aprender, a morte me pegará mesmo que nada dela saiba... mesmo que chegasse ao estremo de a negar, ela virá...

Ninguém morre de amor mas muitos morrem pela sua falta

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Ninguém morre de amor, mas muitos morrem pela sua falta Eu diria que ninguém morre de amor, mas é pura verdade que infelizmente muitos e muitos, neste momento, a qualquer momento, morrem por falta do amor, por falta do respeito, por falta de sensibilidade, por falta de compromisso, por falta de inclusão, por falta de humanidade, por falta de empatia (que no todo fazem parte do AMOR), enfim, por descaso, omissão e interesses outros, que são desamor.

Filho não é investimento

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Filho nunca foi e nem deveria ser investimento algum, filho é compromisso, doação, entrega, respeito, preparo e amor. Nada do que fazemos para ou com nossos filhos pode ser esperando retorno algum, eles são do mundo, eles são da vida, a nós nos cabe apenas prepará-los para seus voos solos, livre e independentes, eles não são nossa previdência alguma, eles não me escolheram como pai, eu os escolhi como filhos, eu é que devo a eles, eles nada me devem.... Amo meus filhos, não invisto nada neles....

É no mínimo curioso

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É no mínimo curioso para mim que muitas das pessoas que acreditam cegamente em um pecado original, impossível, não conseguem ter a menor sensibilidade e empatia por uma dívida social…

A Evolução não é teleológica

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"A evolução dos seres vivos, da vida, dos organismos biológicos, não visa nenhum fim pré-determinado, ela não é "teleológica"... "

Sejas curioso

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Sejas curioso, não um juiz.... Pense, duvide, não acredite.... Aja, construa, dê exemplos, não somente opiniões...

Tavi Gevinson e o feminismo

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Tavi Gevinson, em seu discurso no TEDxTeen, disse: “feminismo não é um livro de regras, mas uma discussão, uma conversa, um processo". Logo, feminismo é um movimento que se constrói naqueles e por aqueles que participam. Eu diria que não é somente ser, mas estar, agir, ousar, se expor...

Mente

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Mente quem diz que seu futuro depende unicamente de suas decisões, ninguém é plenamente senhor ou responsável pelo seu futuro, ninguém vive isolado de uma realidade "caótica", todos estamos constantemente sujeitos a uma infinidade de fatos alheios a nossa vontade, que podem de uma só vez mudar radicalmente nosso futuro. Por isso não sejas prepotente se achando mais do que és, mas também não sejas alguém que se culpa por tudo que te aconteceu, ou deixou de acontecer, entretanto tenha sempre em mente, suas decisões são importantes, e te põem a caminhar, mas saiba que elas, todas elas, afetam sim, não somente você, mas também os outros, e você é responsável pelo alcance final ou intermediário, de bom e de mal, que possa acontecer com você ou com os outros, pelos seus atos e decisões, também pelas suas inações...

Todos somos animais

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Todos os seres humanos são animais, apesar de muitos de nós, montados em nossas vaidades e prepotências acabarmos por esquecer deste detalhe, ou a varre-lo para debaixo de grossos tapetes a fim de não nos lembrarmos dele. Desta forma, respeitar os animais, é respeitarmos a nós mesmos, é respeitarmos nossa história de vida, nossa jornada evolutiva, é enfim respeitarmos nossos primos, pois ao longo do tempo, qualquer animal que você pensar, vivo ou já extinto, terá conosco, dividirá conosco, genitores, pais, em comum. A bem da verdade isto é valido para toda e qualquer forma de vida conhecida, Assim, de bactérias a vegetais, dos procariontes aos eucariontes, de moneras a fungos, de arqueões aos animais, todos temos ascendentes comum em algum momento. Desta forma, mesmo "qualidades" marcantes aos seres humanos, como "moralidade" ou "consciência" existem em diversos graus em outros animais. 

EU

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Talvez leia menos do que gostaria, talvez pense menos do que devesse, talvez aja menos do que pudesse, entretanto, escrevo o que gostaria de falar. Não sei se penso certo, mas ouso pensar, sem limites ou amarras. Brinco com jogos mentais, busco os extremos de cada situação, tento me colocar no lugar das pessoas, e ver assim não só o meu limite, mas o limite possível aos demais humanos. Não sei se sou diferente, sei apenas que quase nada sou frente a imanência absoluta do tudo que me cerca. Leio o mundo com o cuidado de não buscar apenas na fenomenologia razões para tudo, ou não buscar nesta leitura apenas aquilo que gostaria que fosse, ou que imagino que devesse ser, busco ser realista, ser materialista, com algumas demãos de ceticismo, busco as verdadeiras razões por detrás das aparências. Busco não efeitos, mas causas reais, sejam elas absolutas, estatístico-probabilísticas, ou sejam elas estocásticas, busco mecanismos, não apenas figuras ou imagens. 

Ateu

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Este é mais um texto da “safra” de 2013. Estou aos poucos, republicando meus textos um pouco mais antigos Ateu Pode não parecer para muitos preconceituosos ou interesseiros, mas um ateu, como outro ser humano qualquer, também é gente, e em geral é gente que faz e não que troca ou coleciona bônus, é gente que assume suas responsabilidades, e não que somente critica a irresponsabilidade dos outros, ou que transfere para o invisível as responsabilidades que têm de ser nossas. Antes de ser ateu, necessito ser animal humano, desta forma sou passível de todas as emoções, sentimentos e reações naturais aos humanos. Ser ateu nunca foi sinônimo de perfeição, ou de ser melhor que qualquer outro, ser ateu é uma questão de escolha natural e racional, pelo menos para mim, conforme o natural que percebo, e o racional que posso construir. Ser ateu é ter a coragem de se assumir fatal, finito, imperfeito e falho, e sem direito a segunda chance ou recuperação, é ter a certeza que ou faço bem

Palavras

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Este texto foi inicialmente publicado nos idos de 2013, mas para mim continua ainda válido e atual. Palavras Na ponta de um lápis, Como na ponta da língua, Palavras podem construir ou destruir. Se palavras soltas são a princípio livres de maldade, quando combinadas em sentenças, ou envoltas em intenção, insurgem-se como poderosas ferramentas de apoio ou de destruição, capazes de por si só transmitir luz ou trevas. É melhor que nos calemos, do que permitir que expressemos palavras que não participem da construção da dignidade humana. Palavras podem ferir ou dignificar, podem ofender ou ajudar, podem elucidar ou confundir, podem ser aliadas do bem ou parceiras do mal, cabe-nos então a coragem e a vontade de buscar algum domínio sobre elas. Mas como dominá-las se somos preguiçosos e benevolentes no domínio de nós mesmos. A língua ferina é como uma caneta maligna, melhor fosse que nunca existissem, elas podem destruir vagarosa ou rapidamente a dignidad

A morte

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A morte é certa, por que não aproveitar da vida com coragem, ousadia, respeito, responsabilidade e AMOR? A morte chegará, então por que não nos lançarmos por completo no amor a vida e aos seres vivos, e no respeito responsável pela natureza e pelo natural? A morte nos “comerá” vivos, então porque não louvarmos a vida, aprimorando e construindo nossa transformação natural, social, ética e humana?

O nada, nada mais pode ser

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O nada, nada mais pode ser do que aquilo que ele já é, um nada, ou seja, ele nada mais é do que o próprio nada, posto que nada sendo, nada pode ser. O nada, nada nele pode incluir ou criar, tudo exclui por pura definição existencial. Por princípio, o todo, do nada não pode vir. O nada não pode conter o tudo, seria ilógico, entretanto é logicamente natural que o tudo, por si só, inclua em seu escopo aquele nada. O todo inclui naturalmente o nada, pois o nada, o vazio, é parte do todo, mas o nada não pode incluir o todo, pois que o nada, nada inclui. Por sorte, acaso ou quem sabe pura impossibilidade física, o nada absoluto nunca existiu, é uma abstração, existiu , se existiu algum nada,  o nada quântico, que de nada absoluto, nada tem, e isto põe fim a possível incoerência, e ao estado ilógico, de um nada absoluto dar início a um tudo. É realmente de difícil argumentação lógica justificar que de um nada absoluto possa ter surgido algo como o todo, em contraponto, minimizando a as

Vida e humanidade

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A vida não nos é somente como ela é; ela também nos é, como se nos parece, como a percebemos e como a construímos. Aproveitemo-la ao máximo, enquanto somos parte ativa e integrante do seu presente; um dia virá, em que seremos tão-somente parte do seu presente já passado, e aí não mais poderemos aproveitar dela. Jamais participaremos dela, em corpo presente, do seu presente futuro, pois o futuro é por definição o que ainda não é, o que ainda não chegou; assim, não adianta desejarmos viver nem no presente Passado, nem no presente Futuro, só nos resta o real, a eternidade efêmera de um presente que ousa ser sempre passado, mas que eternamente se aventura no presente futuro que não para de “chegar”, mas que não para e logo, imediatamente, instantaneamente se vai fugaz para o presente passado.

A loucura

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A loucura, uma provocação A loucura que cura não pode ser louca, pois que a loucura que tem como contrapartida alguma cura não pode ser loucura. A genialidade da loucura é que é preciso ser um pouco louco para construir alguma cura. 

Evolução

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Vários pensadores dos séculos XIX e XX acabaram, erradamente, concebendo a evolução da vida, atribuindo a esta evolução um sentido, uma direção, um caminho que apontaria para uma crescente perfeição, como se ela tivesse como regra ou princípio, uma tendência natural para algum progresso. Com esta distorção, da natural evolução, muitos de nós acabamos dividindo a evolução como se ela progredisse dos seres “mais simples” para os “mais complexos”, como regra natural da evolução, como se caminhasse dos mais distantes para os mais próximos do homem (nos colocando como medida natural de perfeição e do “progresso” da evolução), dividindo enfim a vida, os seres biológicos em organismos inferiores que caminharam pela evolução em marcha contínua para os organismos superiores. Eu gostaria de colocar minha visão, como sendo diferente desta anterior, que infelizmente encontra terreno fértil na falsa ciência, na pseudociência, e no senso comum. Entendo claramente que a evolução não possui nenhuma

Sou

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Posso até me afastar de todos, entretanto por mais que deseje, enquanto mantiver um mínimo de saúde mental, jamais conseguirei me afastar completamente de mim mesmo. Posso me abandonar ao acaso, posso me perder em afazeres, posso me largar de tudo, mas serei eterno escravo de mim mesmo, acompanhante, solitário fisicamente, mas sempre cercado mentalmente de vários eus. O embaraço maior não é necessariamente ter de conviver comigo mesmo, o complexo é saber quem sou eu, quantos somos eu, quando cada um de mim surge, aparentemente do nada, para submeter temporariamente os todos que já sou. Ter que conviver comigo mesmo é complexo, contudo mais caótico é ter que ser a cada momento uma metamorfose de mim mesmo, uma simbiose descontrolada conscientemente daquilo que posso ser, onde não possuo domínio sobre todos aqueles que sou. Sou muitos, sou mutante, sou um eterno aprendiz de mim mesmo. Descubro que não sei sequer quem realmente sou, quem realmente serei, tenho vaga ideia daquilo

A voz

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A voz do poeta fala pelo coração, a voz do racional fala pela razão, mas a voz do verdadeiro ser humano fala pela razão sem abrir mão do coração, fala analiticamente sem abrir mão do sentimental, fala criticamente sem esquecer-se da emoção. A voz do ser humano fala por si mesmo sem esquecer de falar pelo irmão. A voz do verdadeiro ser humano não se cala frente a mesmice, ao tradicional, ou ao dogmático, não se dobra aos interesses desumanos, não tem medo de ser transformadora, não se omite à necessidade de revolucionar o social, não teme a exposição maliciosa dos preconceituosos, dos poderosos ou dos reacionários, não se cala por medo ou vergonha, não se esconde na multidão pela fraqueza de espírito mental e humano, ou pela desumanidade que possa carregar. A voz do ser que podemos chamar de humano reverbera na mente e no coração, reverbera no meu, no nosso e no deles, reverbera na paz e na felicidade digna, reverbera enfim no altruísmo, na sensibilidade, na renúncia do individual pe

A existência precede a essência

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Sem querer bater cabeça com Sartre, ou mesmo com ninguém mais, acordei pensando sobre: A existência precede a essência, ou a essência precede a existência? Neste momento, acredito que sendo a essência o básico do que sou, o meu eu (ou os meus “eus”) em si próprio, natural, e mesmo entendendo que esta essência básica pode, ela mesma, ser “mutável” ao longo do tempo, pois que entendo que a essência representa, a cada instante, algo do status mental-cerebral básico naquele exato instante, me coloco assim pensando que a existência e a essência são diretamente parceiras no existir e no realizar sua essência. Para que a essência possa existir, é necessário que a existência em si exista, e desde que existo existencialmente, minha essência de ser, naquele momento, já se faz presente. Assim, entendo que existência e essência são companheiras, são parceiras inseparáveis, são dependentes, causas e efeitos naturais de si mesmas.  Entendo que o termo existência é muito amplo, mas me refiro a

Não procures

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Não procures pelo Amor, Construa-o. Não busques a felicidade fora de ti, Construa-a, entregando-se por inteiro a amar o que você tem e a desejar apenas e tão somente o que lhe for possível. Abra mão da esperança ilusória, que nada cria, que nada transforma, que apenas domestica meu ser em uma esperança romântica de que por passe de mágica algo possa acontecer. Troque esta esperança inativa, passiva e falsa, porquanto nada pode ajudar, a não ser a me domesticar, e troque-a pela possibilidade de construir sua felicidade, de construir sua vida, e de possibilitar que você seja ator e diretor de sua própria vida, sempre tendo em mente que a fatalidade nos espreita constantemente. A aleatoriedade da complexidade do existir, por si só, pode destruir nossa caminhada, ou ao contrario pode alavancar novas caminhadas e novas realizações. Não busques a paz Construa a tua paz. Transforme-se, revolucione-se e reinvente-se continuamente. Revolte-se contra a desumanidade, inquie

Palavras não devem servir de testemunho

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Como diria Shakespeare, “... até o diabo pode citar as escrituras quando lhe convém...”, palavras não são capazes de servirem de prova ou de testemunho de dignidade para ninguém. Sim, palavras possuem muita força, mas esta força está diretamente envolvida com a capacidade que elas possuem de induzir, de convencer, de derrubar, de humilhar, de alegrar, de motivar, ou mesmo de tumultuar, entretanto nunca por servirem por si só como testemunho acerca das verdadeiras intenções e comportamento de ninguém. A força da palavra está em atuar sobre terceiros, seja de forma construtiva, ou seja, de forma destrutiva. 

Sou louco

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Uns me acham louco. Eu também, muitas vezes, me acho louco, entretanto por diferentes razões. Muitos me acham louco por buscar me aprofundar no materialismo. Outros, louco me acham, por eu não acreditar no transcendental. Alguns mais, me acham louco pelo que escrevo, mas mal sabem eles que não escrevo exatamente tudo o que penso, pois que, diversas vezes, me furto a escrever tudo, exatamente tudo, que penso e que sinto, deixando muitas coisas amadurecendo e fermentando em meu pensar, guardando ainda, por um tempo, apenas para mim. Algumas vezes eu também me acho louco por escrever, mas me acho louco porque o que escrevo não me parece suficiente para me revoltar de verdade contra a realidade hostil, desumana e perversa que discrimina, que segrega, que explora, e que divide seres humanos em seres de primeira classe e outros de segunda classe. Acho-me louco por não escrever a mais tempo, por não ser mais intenso, direto e realista no que escrevo. Acho-me louco pela tentativa de e

Rótulos

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Um corpo, nenhum corpo em especial, deve se sujeitar a rótulos, deve aceitar rótulos, deve ser rotulado por quem quer que seja. Uma mente, uma pessoa, um ser, nenhuma mente, nenhuma pessoa, nenhum ser, deve aceitar rótulos, deve ser rotulado por quem quer que seja. Eu, como mero corpo, como apenas mais um ser, uma pessoa, uma mente, mesmo sendo único em toda minha complexidade, especificidade e variedade, não devo possuir rótulos, não devo me sujeitar a rótulos, não devo aceitar ou cair na tentação fácil de aceitar rótulos “bons”, não devendo ser rotulado por quem quer que seja. Pessoas que acreditam falaciosamente conhecer o eu que sou, a mente ou o ser de quem quer que seja, dos outros, ou mesmo de si mesmas estão fadadas ao ledo engano da suposição frívola de que são capazes de descortinar a inconsciência subjetiva que faz cada um ser quem é, cada um construir o ser que é, pois que nem mesmo a própria pessoa sabe em essência quem ela é. Rotular, com qualquer rótulo que seja, nã

Desumana a humanidade que apenas

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Desumana a humanidade que apenas vê o humano como super-humano, ou que vê o humano apenas pelo que interesse e pelo que possa produzir, consumir ou gerar de riqueza para aqueles que detêm o poder econômico, político ou religioso.

Todos de alguma forma já mentiram

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Todos, de alguma forma já mentiram  Todos, de alguma forma já mentiram, evidentemente eu também já menti. Uns, por princípios humanos, tentam não mentir, e as poucas ou raras vezes que o fazem acabam por se sentirem muito mal. Outros, ao contrário, por algum desvio de conduta, irresponsabilidade ou mesmo descaso, mentem “descaradamente”. Algumas vezes mentimos por solidariedade, mentimos por interesses, mentimos por omissão ou negligência, outras vezes mentimos até mesmo em nome de um amor. Não estou aqui para valorar as mentiras, ou para repudiar os que já mentiram. Como já comentado, eu mesmo já menti, e por diferentes razões. Entendo que dentro da normalidade é errado, feio e “desumano” (apesar que já menti exatamente acreditando que a verdade dita naquele instante seria desumano) mentir, desta forma, para desespero dos que defendem nunca mentir, entendo que a mentira algumas vezes é necessária. Porque cargas d’agua, a verdade absoluta, fria e insensível, deve prevalecer, mes

Eu não me chamo anônimo

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Eu não me chamo anônimo, tenho uma vida, tenho um passado, construindo um presente, sou parte do todo, sem ser todos, sem ser tudo, mas sendo algo. Sou EU, um ser que se reconstrói eternamente. Não sou anônimo, sou social, sou coletivo, mas sou único, sou pessoa, sou gente tentando ser humano. Não sou anônimo, não sou um número, não sou apenas mais uma engrenagem para a produção e o consumo, sou um caminhante, um vanguardeiro, um aventureiro na busca de ser um com todos, mas sempre sendo eu. Não sou anônimo, como o sistema adoraria, não sou apenas um CPF, sou Arlindo, sou pai, sou esposo, sou cheio de defeitos, sou ousado, sou amante da vida, sou um tanto quanto cético, sou apaixonado pela razão, pelo conhecimento, pelo natural, pela curiosidade e pelas descobertas, sou aprendiz da realidade, mesmo que apenas conhecendo esta realidade, em primeira pessoa, de uma forma subjetiva.

Quando o silêncio

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Quando o silêncio deixar de nos atordoar, talvez estejamos mais próximos de nós mesmos, ou talvez estejamos em plena fuga de nossa humanidade. Convive com o silêncio, jamais pode significar conviver em silêncio. Não posso me calar quando vejo uma sociedade doente, desequilibrada, gananciosa, perversa, como se a competição fosse elo de dignificação da espécie humana. O silêncio nestes casos é doentio, pois que significa conivência, inação e cumplicidade. - Por favor não me venham com a falaciosa argumentação que tenho dois ouvidos para mais ouvir e uma só boca para menos falar. Tenho dois ouvidos para melhor ouvir, para ouvir em estéreo e ser capaz de perceber a origem do som, seja de um predador, de uma presa ou de um amigo, e tenho uma boca não somente para falar, mas também para beber, comer, e em alguns casos até mesmo respirar, não preciso falar em estéreo, não me dava vantagem evolutiva praticamente nenhuma, entretanto ouvir em estéreo foi uma enorme vantagem evolutiva, basta o

Sorrio

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Só rio Sorrio Sou rio O rio que sou Flui Busca desaguar No mar do teu amar Só rio Sorrio Sou rio Como um rio sou fluxo eterno caminhar na busca do te amar Só rio Sorrio Sou rio sou nicho de muitas vidas sou emergência de muitas mentes mas sou um rio de um único amor #ateuracional #ateu #ateuracionalelivrepensar #livrepensar

Não sou

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Não sou necessariamente o que pareço. Também não pareço exatamente o que sou, até mesmo porque sou muitos, sou complexo e sou uma metamorfose viva. Transformo-me de um em outro e deste em outro mais, que quando retorno a ser o que já fui, não sou mais aquele mesmo que já havia sido. Não, não necessariamente me “transformo”, apenas, temporariamente me subjugo a um dos muitos que realmente sou. A transformação é real, ela ocorre, mas de forma mais lenta e no geral a transformação mais comum é mera máscara do que sou, ou o que é pior, do que não sou? Sequer sei, a maioria das vezes, quem sou a cada instante, e quando creio saber, pode se dar que já não mais seja. Um camaleão, uma cobra, uma coleção de disfarces, um falso que se esconde por detrás de cada um dos que sou, como disfarce do que não desejo que ninguém saiba quem sou, como em verdade saber? Não, apenas sou muitos, sou tantos que para muitos sequer imagino que possa ser. Não sou falso, pois no fundo sou todos eles, mas sou fa

Medo

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Para ter medo, basta viver, mas para viver não basta ter medo. O medo é natural, mas isto não pode significar, em hipótese alguma, que ele deve nos governar, que deva nos dominar. O medo é um “princípio” selecionado naturalmente ao longo do tempo evolutivo que nos ajudou a aqui chegar. Devemos, entretanto, ter em mente que para realizar, em essência e de forma prática a quase magia do viver, o medo acima de um mínimo é pernicioso e destrutivo.  Nossa humanidade requer certa ousadia, certa dose de coragem para lutar pelo social, e certo desapego à nós mesmos. A morte e a perda sempre nos rodeiam, entretanto, esperar por elas não é necessário, não obstante ter a certeza de que ambas nos serão parceiras, mas sofrer antecipadamente por elas é totalmente desnecessário.

Palavras

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Palavras esvaem-se pelo espaço-tempo. Perdem-se entre verdades e mentiras, ofuscam seu sentido entre interpretações múltiplas. Palavras são arma de defesa ou ponta de lança de ataque. Palavras são parte da honra de um homem, ou caminho da perdição de muitos outros. As palavras são tijolos que edificam pontes de sentido e sensibilidade, ou são pedras que soterram a dignidade humana. Uma palavra tem a força de motivar, tem a ternura de amolecer corações duros, ou tem o terrível castigo de ofender, menosprezar e destruir. Palavras entre amantes, na loucura do êxtase amoroso, mal se completam e possuem assim mesmo sentido completo, outras vezes, por mais que se arraste em frases, muitas vezes circulares, não se traduz em sentido maior. Mesmo assim as palavras não passam de meras e simples palavras, que podem ser jogadas a esmo por qualquer um, cobertas ou não por crença pessoal. Uma palavra pode sair de bocas sujas, de mentes doentias, ou de personalidades maléficas, e mesmo assim s

Sinto

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Sinto que caminho a passos extremamente curtos e lerdos quando o assunto é a revolta contra as mazelas que sufocam a dignidade humana. Sou um irresponsável quando compactuo com o estado de abandono social a que abandonamos, como rejeitados, como lixo, como rejeitos, como sobras, ou como doentes contagiosos, uma parcela enorme de irmãos em espécie, e para piorar, ainda os culpamos pelas mazelas que vivem, como se responsáveis fossem, principalmente porque falaciosamente retiram de nós a parcela de culpa pela miséria alheia. Sou um fraco quando não reajo ativamente contra o estado de segregação que divide humanos em dignos e indignos, de inclusão social.

Ilusão

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Crer que realizamos plenamente nossa humanidade, que somos de todo bons, que praticamos de forma livre e absoluta o livre arbítrio, ou que somos o patamar maior de alguma criação ou da própria evolução, nada mais que ilusão. Entendo que muitos não concordarão comigo, que bom, mas da mesma forma que me provoco a pensar o contrário, pense também, depois você pode continuar não concordando, ou passar a somar no como penso. Não sou dono de verdade alguma, mas lembre-se, você também não é, assim, provoquemo-nos e ousemos pensar fora do que necessariamente cremos. Iludidos, românticos, cegos ou deslumbrados, são aqueles que mesmo tendo toda a realidade para observar o que somos, e a sociedade que criamos, ainda persistem pedante e arrogantemente acreditando sermos dignos seres humanos, onde realizamos plenamente nossa humanidade, onde transpiramos amor e irradiamos dignidade. Apenas por uma simples observação, já podemos ver como acabamos por ser maus, coniventes, ou simplesmente om

Felicidade

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A felicidade não é apenas um direito, é também um dever que a busquemos, é uma realização digna, e é um regozijo sincero quando a encontramos, mesmo que passageira, mesmo que pontual, quebrada que seja por algum sofrer. Jamais uma felicidade eterna, não creio nela, uma felicidade eterna é para mim uma utopia, talvez seja apenas para os sábios, para os mentirosos, para os alienados, para os viciados ou para os fingidos ou omissos. Quanto aos sábios, os únicos que poderiam conhecer a verdadeira eterna felicidade, não conheço nenhum (em verdade não creio existirem sábios plenos), e tenho reais ressalvas quanto à possibilidade verdadeira deles existirem, ou já terem existido, simplesmente porque a realidade é deveras complexa, intricada, e de um emaranhamento quase infinito, e quanto ao próprio viver, viver e realizar nossa própria humanidade, em nossos múltiplos seres, com um cérebro cheio de bugs é mais complicado ainda. Desta forma, não creio em felicidade plena. Entre muitas rea

Não nasci

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Esta composição foi publicada em 30 de outubro de 2010. Não nasci... Não nasci cristão Tão menos nasci ateu. Ninguém nasce cristão Ninguém nasce ateu. Nasci animal humano, Mais para animal do que para humano. Nasci sem crenças. Nasci sem esperanças. Nasci com a única vontade, a de viver, a de sobreviver. Para isso nasci provido de instintos. Nasci com formas de cativar minha mãe, Seja ela biológica ou de criação. Não nasci tábula rasa. Já nasci com alguma formação neural, Mas com certeza sem religião. Não nasci ateu, Muito menos cristão. Filho de cristão, Não nasci cristão. Filho de vendedor, Vendedor também não nasci. Crianças são crianças, São livres, são curiosas, Infelizmente facilmente catequizáveis. Tornei-me ateu, muito mais do que por simples escolha; Antes ou conjuntamente tornei-me materialista. Um pouco cético, Um pouco cínico, Um pouco relativista. Humanista, mas sem aquela crença no super-homem. R

O gato

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Bianca (sialata) e Elviz (legitimo SRD) dois gatos que muito amei e que jamais esquecerei Em 2010, mais exatamente em 09 de junho de 2010 publicava este texto, como o primeiro da segunda fase de minha vida como alguém que posta no papel o que pensa, o que sente, e o que gostaria de falar. Por muitos anos, entre o final  da minha juventude e 2010 nada escrevi, e ressurge, com este texto, a vontade firme de dizer para todos, no que escrevo, o que sou e o que gostaria de ser. Assim, abaixo, o texto "O gato" O gato mia solto. Sagrada liberdade do Gato. Mia, implorando carinho.  Carinho que devolverá apenas quando quiser, mas carinho que sente e que gosta. Carinho sem posse e sem negociação. Livre, vive o gato, sua eterna sina de ser independente.  Macio, dengoso, independente como tal, e brincalhão como se jamais deixasse de ser criança, o gato realiza seu viver. O gato pula, corre, salta, e porque é sábio, deita e dorme, sem nada esperar, na única certeza de