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Mostrando postagens de julho, 2015

Eu, quem sabe um dos meus seres, minha breve história do meu tempo

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Nos idos da década de 60 nasciam muitos bebês, e eu era um deles, nada mais do que ninguém, entretanto também nada menos do que qualquer outro. Não nasci crente (ninguém nasce) e também não nasci ateu (pelo menos não um ateu consciente, que precisaria assim de consciência de que não acredito no transcendental), nasci como todos os filhos de humanos, nasci animal, vertebrado, mamífero, grande primata, eu nasci homo sapiens (pois que a evolução não atua de forma tão direta. H omo sapiens, pois que filho e neto de homo sapiens ), então nasci humano. Filho de pais católicos, em pleno pais cristão, não tardou para que me catequizassem (erradamente, pois que crianças não são para serem catequizadas em nada, elas são crianças, e devem ter uma infância como crianças, livres, curiosas, e com alguns limites, mas nunca catequizadas, elas crescerão, e como adultas poderão escolher o caminho a seguir, mas para as religiões este é um risco que elas não estão dispostas a correr, pois que é lema (f

Alienação e perda do empoderamento

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Não é de admirar o quanto muitos de nós, e eu entre eles, acabamos por não nos comprometer de verdade, pois que em diferentes graus de alienação, nos vemos sem responsabilidades maiores pelo que aqui está. Somos frutos da existência conturbada e tumultuada da sociedade em que vivemos. Vivemos assim a loucura agitada e insensível de um existir em que somos induzidos a não pensar, a menos falar, e a não questionarmos porque assim vivemos. Acabamos desviados da curiosidade, do ceticismo e do livre pensar, para sermos mais um na multidão dos que seguem, dos que creem, dos que vivem com algum grau de medo, desespero e temor do amanhã, dos que se veem sem empoderamento de cidadão, sem empoderamento social, sem empoderamento do que é, enfim sem empoderamento, pois que o empoderamento já seria a “conscientização; criação; socialização do poder entre os cidadãos; conquista da condição e da capacidade de participação; inclusão social e exercício da cidadania. Empoderamento é a conscientiz

Recordar do futuro

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Recordar do futuro! Pode parecer loucura? Pode não ser. Diversas pesquisas e experiências realizadas na universidade de Washington em Saint Louis evidenciam que nossa mente, no caso nosso cérebro, se utiliza das mesmas áreas neurais físicas, tanto para processar as lembranças do passado, quanto para processar o planejamento e a simulação do futuro. Assim, pode ser que a memória, a capacidade de registrar (memorizar) informações de longo prazo, que é pouco ou nada desenvolvido em muitos animais, tenha se desenvolvido, por evolução natural em algumas espécies, encontrando seu ápice no homo sapiens, como o resultado de pressão seletiva para dar maior capacidade de sobrevivência e de deixar assim mais descendentes, pois que permitia maior poder de simulação e planejamento para a caça, extração e coleta, deslocamento útil do grupo e de defesa deste mesmo grupo. Assim, por mais não evidente, por mais não intuitivo que pudesse parecer a primeira vista, nosso cérebro, e dele a emergência de

A virtude

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A virtude real, do corpo, da mente e do sangue, é testemunho sensível de nossa capacidade de amar, sem nunca deixarmos de ser animais, a virtude do amor é nossa meta de humanidade e somente por ele podemos chegar ao altruísmo, e a virtude do altruísmo é nossa certeza de que ainda podemos ser verdadeiramente humanos. A virtude real, do corpo, da mente e do sangue, deixa marcas e deixa obras, a virtude do amor deixa exemplos, e a virtude do altruísmo deixa provas de que ainda não somos pura perdição desumana.

Abdicar não nos permite reclamar

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Quando abdicamos do direito e do dever de participar ativamente da construção de nossa sociedade, ou nos omitimos desta luta, acabamos delegando a terceiros que o façam por nós, e assim somos coniventes diretos com o estado de exclusão social, de opressão, e de exploração que povoa esta mesma sociedade. Cabe reforçar que cerca de um quarto da população mundial padece de miséria e abandono social. Esta miséria pode ainda não estar batendo diretamente as nossas portas, mas nossas portas estão cada vez mais perto desta miséria. Ou mudamos o mundo enquanto podemos, ou podemos ser tratados como escória, por estes mesmos que hoje não nos esforçamos para incluir socialmente.

A razão não é corajosa

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A razão não é corajosa, mas longe também de ser covarde. Corajosos ou covardes somos nós, no uso desta razão. A razão em si nada tem de corajosa, e nem pode ter, ela nada tem a ver com coragem, justiça, beleza, alento, generosidade, encanto ou perfeição. A razão é neutra quanto a valores, quanto a desejos, a vontades ou quanto a aspirações. Os valores que possam aparentar ser da razão, não são diretamente dela, mas sim são nossos, em relação ao uso, as vantagens e ao alcance de bem usar esta razão. Os valores, tais como os desejos e os sentimentos, são tipicamente pessoais e subjetivos, apesar de serem influenciados pelo cultural, por catequeses, por induções externas, por autoridades, ou mesmo por modismo, mas são sempre subjetivos, já a razão em si, embora a racionalidade se construa também no subjetivo de nossa mente (como todo o nosso ser), ela, a razão, ganha vida em uma estrutura, metodológica ou não, “axiomatizada” ou não, mas que lhe dá certa sustentação objetiva, e naturalm

Um amor ideal não é um amor real

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Somente se ama em atitudes, em compromisso e em doação. Toda e qualquer suposição que se possa amar somente em pensamento, em oratória ou em idealismo, é o mesmo que acreditar que podemos ser humanos sem nos recobrirmos de um ser social, ou que se possa pensar, sentir ou existir sem um cérebro, ou mesmo que podemos ser eternos, somente porque colecionamos bônus de comportamento, entretanto, muitas e muitas vezes, sem realmente ousarmos e nos entregarmos ao trabalho libertário, de inclusão social, e de eliminação dos preconceitos, superstições, explorações ou segregações. O amor idealista não é amor, é sonho, é viagem, é irreal, o amor há de ser real, material no sentido de ser construído mentalmente e de ser demonstrado em atitudes, em comportamentos, em doações, em sensibilidade, em comprometimento, e em respeito e bem querer, tudo isto naturalmente imanente, material, imperfeito (ou perfeito como ente real), e real.

Guiados

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Somos sempre guiados por nossa mente, pois que somos nossa mente (tudo que realmente temos e somos é nossa mente, somente existimos por ela), mas muitas e muitas vezes não somos guiados por qualquer um dos nossos seres conscientes. Desta forma, horas estamos à mercê de nossos secretos seres, perdidos sorrateiramente no subsolo de nosso eu consciente, mas que também compõe nosso ser, assim fortemente entocados em nosso subconsciente, outras horas somos guiados mentalmente pelas induções externas, repetindo mecânica e cegamente o que nos induzem a ser e a fazer, e finalmente, algumas outras horas, por mais não intuitiva que seja, uma menor parte das horas que existimos, somos guiados por algum de nossos seres que conscientemente assumem posição de algum controle, mesmo que temporário, mesmo que aparente.

AMIGO

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Amigos Todos acreditamos ser. Amigos Todos acreditamos ter. Muitos entendem que para sê-lo necessitamos tê-los. Como se uma Amizade fosse moeda de troca Como se a Amizade não fosse uma forma de amor, e sim mera ética de “sociabilização”. Um Amigo é muitas coisas    Mas jamais um pagamento    Mas jamais uma troca    Mas jamais um investimento presente ou futuro    Mas jamais um mero colega, companheiro ou colaborador. Um Amigo, seja ele quem for    É uma escolha unilateral    Não precisa complemento, suplemento ou replemento   Vale pelo real, vale pela escolha, vale pelo que de bom ele nos passa. Um Amigo  Escolho pelo que ele é  Escolho pelo que representa para a sociedade  Escolho pelo como ele se comporta humana e socialmente.

Educação

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Educar é uma das ações humanas mais importantes que existem. Não é nada simples. É ao contrário uma ação deveras complexa, intricada, e até certo ponto mesmo imprevisível no seu todo. Educar não é catequizar ou adestrar, se o fosse seria pura e simplesmente muito mais simples. A catequese limita, bitola, freia a curiosidade, restringe o livre pensar, e torna-nos fracos e repetidores, alvos diretos do domínio que interessa ao sistema político e econômico. O adestramento ao seu turno torna o ser em preparo um mecânico ator do sistema, uma mera engrenagem movida horas pela inércia, horas pelo movimento obrigatório das demais peças adestradas, sem maior iniciativa, criatividade, ou de novo, sem a curiosidade que é a mãe da busca e da descoberta.  Entendo que o educar, ao contrário, deva, natural e obrigatoriamente, ter um viés de preparar o espírito mental juvenil, de todo e qualquer ser em crescimento físico e humano, preparando-o não somente para este velho mundo no qual experimen

Medo e liberdade

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O cidadão médio, não somente de hoje, entretanto já a algum tempo, quer na rua ou mesmo no recanto de seu lar, quer homem do povo simples e trabalhador ou mesmo um “burguês”, quer invisível ao todo, quer fazedor de opiniões, vive consternado em medos e dúvidas. Em alguns momentos vive bem próximo do pavor e do temor. Assustado, encurralado, acaba cedendo e aceitando repressões políticas ou sociais, que lhes restrinjam a liberdade, pois que ilusoriamente acabam seduzidos pela falácia que interessa ao sistema de que estão a fazer uma troca boa, a de ceder sua liberdade por um estado seguro, mas quando derem por si perceberão de foram induzidos maquiavelicamente, pois que a liberdade deve ser um dos bens que devem ser conquistados e nunca trocados por uma falsa, ilusória e mentirosa proteção que não existe, pois que toda repressão não será suficiente para superar um problema que é social e político. A segurança social e pública é uma das relações multilaterais que envolve muitas e muit

Não saber que não se sabe

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Hummmm, sinceramente não sei o que seja pior, não saber que não sabe, ou achar que sabe o que não sabe, mas pensando bem, os dois são na verdade uma só situação, pois que se não sei que não sei, acabo por crer no que não sei... lamentável é que há quem ache que a ignorância é uma dádiva!! Uma dádiva? Sim, uma dádiva para os inescrupulosos que fazem da ignorância combustível para induzir, mentir, e movimentar as massas.

Direitos

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Pessoas merecem e precisam de direitos, com o contraponto de responsabilidades, respeito social e dos deveres; ideias e conceitos, são simplesmente ideias e conceitos, não precisam de direitos, mesmo o respeito não é para as ideias ou para os conceitos em si, e sim para as pessoas que as botam em prática (e para o alcance final destas praticas), e mesmo assim, somente se estas práticas não forem indignas, desumanas, preconceituosas, “segregadoras”, opressoras, exploradoras, destruidoras da natureza, individualistas ou antissociais.

Ofensas muitas vezes não tem intencionalidade, e nós mesmo podemos ser agentes dela

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Eu quase começo este texto com “é curioso”, mas o que realmente desejo escrever é que é preocupante como muitos de nós, e eu não me eximo de poder estar entre estes, acaba por “sentir” e imaginar intenções maldosas em certas atitudes e palavras dos outros. É claro que existem pessoas maldosas, mas eu entendo, ou prefiro acreditar, que a maioria das vezes, não existam intenções dolosas nas atitudes e palavras que podem nos machucar e ofender, entendo por outro lado que o que ocorre é um certo descaso empático com os outros, um certo ciúme, até mesmo certa inveja, e muito de falta de senso humano e social. Pessoas, infelizmente, acabam agindo e falando sem o filtro da sensibilidade humana, sem sentido social, e algumas vezes até mesmo como provocação, mas sem um dolo adicional, pois que acreditam que podem falar o que quiserem, visto que de alguma forma quase todos nós acabamos revestidos com certa prepotência, com certa indiferença, e com certa vaidade. O que me preocupa, é que muito

Rumo a mim mesmo me descubro, muitas vezes, compromissado com o que não vale esforço algum

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Rumo a mim mesmo, me perco por caminhos que desconheço, me atolo em terrenos arenosos do que sou, e no fundo descubro certo temor do que possa encontrar desta busca de mim mesmo. A ignorância, nestes casos, acaba por parecer uma espécie de dádiva, pois que me exime de assumir primeiramente que não sei realmente quem sou, e em segundo lugar, de perceber o quanto inconsciente em verdade sou, e mesmo da parte mental que poderia ser tornada consciente, saber que sou muito pouco aderente ao que deveria humana e socialmente ser. Do ponto de vista da irresponsabilidade (aquilo que deveria me incomodar, que jamais deveria permitir me vencer), é muito mais fácil pensar que é melhor continuar assim, alienado de mim mesmo, iludido de que tenho controle total sobre mim e sobre os seres que me compõem, e descompromissado com a busca do que sou e da transformação deste ser em um ser que possa minimamente ser chamado humano, mas como alguém que busca sua humanidade, luto contra a irresponsabilidad

Educar necessita ser plenamente integrado com o instruir

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Educar necessita ser plenamente integrado com o instruir. Concordo com Hannah Arendt quando esta diz ser, para as crianças, jovens, e adolescentes, um ato injustificado separar a educação da instrução, e do “ensinar”. Nunca havia lido Hannah Arendt até que encontrei um pequeno livro publicado em Portugal com o título “Quatro textos excêntricos”, no qual um dos textos era do grande, para mim, Bertrand Russell, e foi somente por esta razão que comprei o livro. Quão surpreso fiquei quando terminei a leitura do texto “A crise na educação” de Hannah Arendt. Cabe lembrar ser este um texto de 1957, mas o entendo ainda muito pertinente e atual em sua abordagem, ou pelo menos é coerente com boa parte da minha forma de pensar e de tentar executar o ato de educar e instruir meus filhos. O texto, logo em seu início discorre assim: “... não é necessária grande imaginação para se avaliarem os perigos decorrentes de uma baixa constante dos padrões elementares ao longo de todo o sistema esc

Nossos impulsos de agressividade não nos levam a guerra por si só

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Sinceramente, eu acredito que as guerras possuem muito menos relação com nossos impulsos de agressividade, e muito mais com os interesses de poder, de riquezas, e de defesa de crenças. É verdade que nossos impulsos de agressividade são mais comuns do que muitos de nós gostaríamos de aceitar, mas entendo que no geral eles atuam no varejo, nos tornando agressivos uns com os outros, ou mesmo prepotentes, mas não nos levando a uma guerra formal. Uma guerra, para mim, é típica de estrategistas interessados em poder, riqueza, defesa de crenças, sejam estas místico-religiosas ou mesmo seculares como por exemplo a limpeza de sua espécie. São estes tiranos estrategistas que sabendo de nosso natural impulso de agressividade, se lançam por via de propaganda maciça, e indução, a direcionar boa parte desta nossa agressividade contra algum alvo que lhes interessa, e vemos isto acontecendo com bastante frequência, inclusive no mundo político, tentando derrubar quem está no poder, ou defender i

Preocupação pelos semelhantes, neurônios espelho e autoconsciência de nós mesmos

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Será que a preocupação com os outros necessita, ou tem início com a consciência que temos de nós mesmos?  Eu não tenho uma resposta exata, mas posso deixar aqui um pouco do que penso. Iniciarei falando que todo cérebro, pelo menos dos grandes primatas, possui neurônios espelhos, que ganharam este nome simplesmente porque são ativados sempre que presenciamos (visualizamos) estados ou movimentos em corpos outros, exatamente como se nós mesmos os tivéssemos sentindo ou movimentando. Isto é muito bom, pois que talvez seja por isso que temos a grande facilidade de aprender novos movimentos, apenas observando como os outros os fazem, pois que nossos neurônios espelhos seguem toda a sequência do movimento efetuado, como se fossemos nós mesmos quem o tivéssemos executando. Isto é apenas parte de onde desejo chegar. Em segundo lugar, gostaria de dar minha posição de que entendo ser necessário alguma autoconsciência de nós mesmos, do que somos, do que acreditamos, do que respeitamos, do que

Pode ser que o que nos faça existir seja algo que não existe

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Pode ser que o que nos faça existir seja algo que não existe. Calma, não estou ficando louco, ou talvez já o tenha ficado a algum tempo. Não estou acreditando em nada sobrenatural, supernatural ou transcendental, não... por favor não enlouqueci de vez. Continuo acreditando unicamente no natural, e na natureza, mesmo que ela ouse sempre me surpreender. A frase acima é uma provocação, um jogo de palavras onde o que eu quero passar como sentido real é que: pode ser que para a matéria comum existir, para que as partículas elementares possam existir, seja necessário algo novo, ainda não descoberto, mas já em processo de modelagem matemática por alguns físicos teóricos, que está sendo chamado de não partículas, assim pode ser que para a existência das partículas, seja necessário a existência de algo como não partículas, para lhes dar sustentação e “cola”. 

Progresso

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Encontro algumas pessoas que criticam o progresso, como se o caminhar da ciência, da tecnologia, do conforto e do bem-estar, que diretamente provêm do progresso fossem problemáticos para a humanidade. Bastam, entretanto, algumas perguntas diretas e logo percebo que falam da boca para fora, como se fosse moda falar mal do progresso, falam sem maiores pretensões, ou falam como ingênuos que não percebem o quanto o progresso permitiu a eles melhor bem-estar geral. Após as perguntas, os críticos ficam meio sem graça e tentam argumentar que eu somente falei do lado bom do progresso. Falo do progresso científico e tecnológico, falo do progresso enquanto algo que transforma e revoluciona o nosso viver, não falo da desgraça humana, da prepotência que nos move, não falo dos interesses pessoais, dos preconceitos e nem das segregações que criamos, isto não é progresso, isto sempre existiu na índole humana, seja em passado recente ou mesmo em passado remoto, a diferença é que o “mundo” se ex

Uma vida é algo temporal

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Uma vida é algo temporal, algo tão incrível que quase parece mágico, é sutil e difícil de definir claramente, entretanto é algo maravilhoso de ser experimentado frente a eternidade de um nada que se fez todo, e frente a eternidade do tempo presente que nos desafia sempre sendo, nunca nos permitindo viver aquém ou além do eterno momento presente. A natureza é, o universo é, nós somos e tudo é. Tudo existe, o que realmente existe, sendo reflexo e materialização de uma realidade natural, enquanto essência do todo que é natureza, e do nada que deixou de ser, passando a ser concretização do imanente pleno estado de existir, que compõe a existência primária e única do que é, do que já foi, e do tudo que ainda será.

Amor

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Falar sobre amor nada resolve, é necessário que trabalhemos pelo, para e com o amor, mas somente trabalharemos com amor, se antes trabalhamos para e pelo amor. O amor morre em si só quando nos esquecemos que amar é um ato que se realiza nas obras. O amor platônico, ideal ou meramente introspectivo é ilusório, pois que de amor possui somente a semântica e o significado imaginário. O amor somente se materializa como algo real na doação de si mesmo, na extrapolação do que somos pelo que somos capazes de realizar. Não nascemos amando, e muito menos o encontraremos em qualquer lugar que seja. O amor não existe enquanto algo palpável, ou algo existencial em si mesmo, o amor não possui sementes para que nasça, cresça ou se desenvolva por si só. O Amor é um constructo mental, por isso subjetivo, real apenas para quem o construiu, teórico para aqueles que simplesmente o estudam ou dele falam, e irreal para aqueles que acreditam ser o amor algo universal, algo transcendental, algo místico ou

Mentiras cativantes e verdades sem graça

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A frase inicial não é minha, peço desculpas por não lembrar o autor (a facilidade que tenho para conceitos é inversamente proporcional a nomes e datas), e desculpas também se não for fiel a frase original, mas com certeza o será em conceito... "Devemos ter muito cuidado com o que ouvimos, pois que existem mentiras cativantes, e verdades que parecem sem graça, e isto as vezes nos confunde o raciocínio." Eu acrescentaria que existem mentiras que parecem lógicas e justas, pois que se alinham ao que gostaríamos que fosse, e em contrapartida existem verdades que são não intuitivas, ou que parecem injustas.

O verdadeiro amor não nasce

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O verdadeiro amor não nasce em tempo nenhum (difíceis ou fáceis), não nasce em lugar algum, ele simplesmente não nasce, o amor (não existe amor verdadeiro simplesmente porque não existe amor falso) necessita ser construído, laborado, continuamente. Ele não está em lugar nenhum para ser buscado ou procurado, ele não é semente alguma para nascer, ele é um construto mental, subjetivo, construído com compromisso, com respeito, com comprometimento, com sensibilidade, com doação, com vontade, e com muito de razão. O amor não se sobrepõe a razão e nem tão pouco a razão deve se sobrepor ao amor, um é o contraponto equilibrante do outro, são como siameses que se ajudam e se completam continuamente, amor sem razão leva a fraqueza e ao fanatismo, e razão sem amor leva a dureza de um mundo que pode se tornar desumano.

Nós temos dois ouvidos e uma boca, mas não é para escutar mais e falar menos

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Nós temos dois ouvidos e uma boca, mas não é para escutar mais e falar menos. Devemos todos escutar com atenção e falar com atenção, escutar com cuidado e falar com cuidado, escutar racionalmente e falar racionalmente. Calar-se é o que nos catequizam, pois que é melhor para o sistema e para o status quo vigente. Fale, resmungue, grite se precisar. Falar e escutar não são mutuamente exclusivos, apenas enquanto escutar, ouça, preste atenção, capte interesses, capte possíveis falácias, capte conceitos, capte autoria, capte emoção, capte intenção, e o mesmo quando falar, concentre-se no que fala, saiba sempre que a palavra pode ser uma arma, e não é justo você fazer da fala uma verborragia ignorante e ofensiva. Pense e racionalize antes de falar e no durante o escutar, mas não se cale jamais, não tenhas medo, não deixe que te calem, não se entregue a passividade, fale, seja vanguardeiro, seja aventureiro (mas com amor e razão), se necessário for caminha na frente, se exponha, e não se

Sua filosofia é para ser realizada

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Você não precisa gastar muito tempo e esforço tentando explicar sua filosofia, empenhe seu esforço em realizá-la.

Será que o homem nasce livre

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Rousseau, sim aquele Jean-Jaques Rousseau, o autor da frase, “o homem nasce livre ...”. Ele teve 5 filhos com uma “criada” com quem mantinha relacionamento “não marital”, e “despachou” cada um deles para um orfanato. Este cara merece algum respeito? Não meu. Não pelo relacionamento não marital, mas sim pelo que ele fez com cada um dos seus 5 filhos que "nasceram livres". A neurociência e a psicologia moderna já desmentem muito da sua teoria, agora é que ele e um nada, são para mim a mesma coisa. Que bom, para desespero de muitos, que não perdi tempo lendo nenhum livro dele.

Absurdos e atrocidades

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“Quem consegue lhe fazer acreditar em absurdos, consegue lhe fazer cometer atrocidades” Voltaire 1694-1778. Acabei de ler isto, postado por Marco Lourenze, no G+. Não havia ainda chegado ao autor da frase, mas senti a força e a beleza da mensagem. Voltaire é um dos que aprendi a gostar de ler, apesar de discordar dele em alguns pontos, sendo a principal discordância, sua linha deísta. Voltaire é um dos bravos corajosos que nos idos de 1694 a 1778 teve a sensibilidade de perceber que o teísmo levava, pelo domínio religioso, a absurdos. Ensaísta e polemista foi um crítico da igreja católica e das instituições francesas no seu tempo. Oponente as intolerâncias religiosas e as intolerâncias de opinião, foi preso duas vezes, e teve de viver exilado. Apesar de acreditar em um deus, ele não conseguia perceber a existência de um deus teísta, e muito menos aceitar a postura católica acerca deste deus, e a tudo que esta postura levava. Esta frase, o que tem de simples, possui de verdadeira

Vida e morte, é coerente que eu prefira a vida

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Entre a vida e a morte, é lógico e coerente que eu queira a vida. Vida e morte, uma dualidade inseparável. Não há vida sem morte, e não há possibilidade de morte sem vida. Inseparáveis parceiras, mas que nunca se conhecerão por completo, pois que enquanto vivos, ninguém conhece plenamente a morte, podemos conhecer a quase morte, podemos conhecer o chegar da morte, mas a morte plena e total, ninguém conhece, conheceu ou conhecerá, pois que quando mortos não mais existiremos para conhece-la por completo, e em contrapartida nenhum morto conhece a vida, pois que não mais existe para conhecer algo. 

Homo erectus ainda dormia em árvores

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A menos de dois milhões de anos passados, o homo erectus ainda apresentava adaptações que sugerem que ainda dormiam em arvores, talvez por questões de segurança. (Lordkipanidze et al.; 2007) Isto combina com a nossa origem evolutiva, e com a velocidade, a maioria das vezes, extremamente lenta da atuação da evolução e da sua ferramenta natural de seleção. Mesmo já tendo decorrido pelo menos quatro milhões de anos (ou seja dois terços da longa caminhada de pelo menos seis milhões de anos desde que iniciou esta linha evolutiva até os dias de hoje) da caminhada evolutiva que nos separou definitivamente como uma espécie, os fosseis demonstram que ainda tínhamos adaptações ósseas que sugerem fortemente que ainda dormíamos em arvores, se não o tempo todo, pelo menos boa parte do tempo. O homo erectus teve sua existência por cerca de dois milhões de anos (iniciando sua jornada a cerca de dois milhões de anos passados e desaparecendo por volta de trezentos mil anos atrás, alguns estimam