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Mostrando postagens de abril, 2014

Consciência

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Amigos, Sem a intenção de ser mais real que a realidade, segue uma pequena frase que li faz algum tempo e que desde então tem “ressoado” forte em minha mente. Mostra o quanto tenho sido indiferente com a realidade da vida e que preciso ser mais atuante e menos espectador. “  A voz da CONSCIÊNCIA e da HONRA são muito fracas quando as tripas gritam  ” ( de fome e/ou de medo – isto é por minha conta ). Diderot – O Sobrinho de Rameau. Texto composto em fins de 2009, e mostra que na prática, ainda caminhei muito pouco.  Pior ainda quando as tripas não mais têm força sequer para gritar, e nossa impassividade não mais nos envergonha, choca ou revolta.

Vida

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É estranha a vida, cujas lágrimas sempre visitam o ser que a realiza. Falha da vida? Falha do vivente? Não sei. Sinceramente creio que não, parece ser contingência natural do viver. Apenas sei que ser plenamente feliz, em essência, é impossível, mas daí a ser puro sofrimento já é outro caminho.

Cem por cento verdadeiros

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Apenas somos cem por cento verdadeiros, na morte. E somos verdadeiros simplesmente porque nada mais somos, somos cem por cento nada e assim o seremos por toda a eternidade do que este nada possa ser. Verdadeiramente mortos, ninguém mais finge, mente, tem interesses, ou engana aos outros ou a si mesmo. A vida humana é um espaço de tempo mínimo perdido entre o longo nada que éramos e o eterno nada que seremos, é uma espécie de poluição deste nada, e onde muitos de nós ainda fazemos por onde tornar mais sujo, vergonhoso, desumano, repugnante e nojento este breve segmento de tempo.  

Busca da verdade, pelo menos de alguma parte da verdade

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A busca de toda e qualquer verdade requer empenho, ousadia e coragem. Empenho pois que dá trabalho buscar a verdade. Ela, a maioria das vezes não é obvia, “empenha-se” em se esconder de nossos sentidos, é não intuitiva, e muitas vezes não se mostra na superficialidade dos fenômenos. Nossa intuição, mais das vezes, é puro atalho para a crendice, a tolice, a ignorância, o preconceito, e para falácias ou factoides.

Não observamos

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O problema é que no geral não observamos, julgamos, e assim contaminamos tudo com nossos preconceitos e opiniões, e perdemos a essência do fato a observar. O mesmo acontece com o pensar, rarissimamente observamos nossos pensamentos, estamos sempre a julga-los, a tentar dominá-los, a evitar os que nos assustam, ou que não se alinham com aquilo que acreditamos certo, ou que as religiões não entenda como certo, e assim o preconceito estraga tudo, e desta forma perdemos referência do que o pensamento poderia realmente nos dizer de nós mesmos, e de nosso comportamento.  Não somos objetivos quando vemos ou pensamos, assim percebemos por filtros de seleção, filtros estes que a maioria das vezes desconhecemos. Ter a coragem de pensar livre, é a melhor forma de racionalmente aprendermos com os pensamentos, e devemos perceber que pensar livre diz respeito mais a forma de pensar, do que aos assuntos a serem pensados, e que pensar serve para questionar, não significa necessariamente que conco

Decidir racionalmente

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Acreditar que podemos decidir racionalmente sobre cada uma de nossas quase infinitas ações é ser um iludido. Tomamos milhares de decisões por dia, existem estudos que apontam para mais de vinte mil decisões tomadas todos os dias, por pessoas normais. Acreditar que dispomos de conhecimentos e de capacidade mental para conscientemente tomar todas estas decisões de forma racional, é brincar de ser humano. Impossível...  Somos muito mais inconscientes do que gostaríamos de ser, e muito mais inconscientes ainda do que acreditamos ser.

Morte

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Obviamente ainda não estou morto, mas com certeza a caminho da morte.... Sem pressa de a encontrar, mas certo de que ela caminha sempre ao meu lado, é apenas uma questão de tempo, ela será minha e eu serei do nada.

Questionar, por que não - Medo, conivência ou interesses?

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Houve um tempo em que questionar as autoridades religiosas do saber, ou mesmo seus dogmas, era blasfêmia, sinal claro de heresia, poderia ser entendido como sacrilégio, garantia de paganismo ou comportamento infiel, passível assim de severas punições. Ainda hoje, existem sociedades civis ou teocráticas onde questionar decisões, comportamentos, obrigações, ou mesmo o saber de quem detém o poder, é perigoso e passível de punição.

Todos, ninguém

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Sejamos todos, todos sejamos, todos em tudo, o início, o meio e o fim deste mesmo todo social, pois que quase nada somos neste mesmo tudo natural. Somo o que somos, existência de nosso ser, atores de nós mesmos, parte do enredo de todos, elementos vivos do tudo, e infelizmente meros figurantes sem maior importância quando nada ousamos ser, fazer ou transformar, quando alegamos impotência e nos escondemos por detrás de nossa própria inação, quase nada somos também quando delegamos aos outros nossa corresponsabilidade pelo que aqui está e nossa parcela de dor e suor pela luta em transformar isto.

Bem-vindo

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Bem-vindo ao sanatório do que somos, acreditando sermos quase perfeitos, ou mais além, acreditando-nos a imagem e semelhança de alguma perfeição transcendente, o que nos faz superiores e isolados espiritualmente do legado natural e animal da natureza como um todo. 

A consciência

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Às vezes vejo a consciência como a poluição da alma, o patinho feio de nossa mente, outras vezes vejo a vejo como o próprio brilho maior desta alma, sua própria razão de ser, mas a consciência é apenas e tão somente uma das menores partes da alma mental de cada um de nós.

Desafiar a ciência

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A ciência séria pode até ser desafiada pela comodidade dos dogmas, preconceitos, fundamentalismos, revelações, ou mesmo pelas “autoridades do saber”, o que propicia a ciência como um todo e aos sérios cientistas, pesquisadores e livres pensadores, motivos e motivações, para mais sério ainda trabalharem, mas a ciência séria não pode ser silenciada, dominada, doutrinada, desprezada ou relegada por estes mesmos dogmas, preconceitos, fundamentalismos, revelações e “autoridades do saber”, e muito menos ainda pelos interesses de quaisquer órgãos seculares ou religiosos, pois o método científico corajosamente se põe a prova o tempo todo. 

Sem deus no coração

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Sem deus no coração, mas com a humanidade na mente, com o respeito a todos, com comprometimento de atitudes, com dignidade humana como princípio de vida, e amor a natureza como forma de ler o mundo. Sem deus no coração, mas com o semelhante em primeiro lugar.

Nossas "verdades"

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Nossas verdades, muitas vezes, são mentirosas para nós mesmos.

A vida que merece ser vivida é aquela sagrada

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A vida que merece ser vivida é aquela sagrada. Sagrada por ser transcendental, mística ou religiosa? Certamente que não, pelo menos não para mim, mas sagrada por ser ela, a vida, a nossa vida, a vida enquanto essência absoluta que do físico-químico ousou ser biologia, e mais ainda aquela vida que da biologia evoluiu para o mental. Sagrada por ser aquilo o que de mais importante podemos ter, em comunhão com a própria natureza. Sagrada por ser única, por ser fatal. Sagrada por ser ela também natureza.

Primatas têm algo próximo ao senso de Justiça humano

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Segue abaixo entrevista concedida ao jornalista Jorge pontual no programa Milênio da Globo News. O link http://www.conjur.com.br/2013-jul-26/ideias-milenio-frans-waal-primatologo-holandes aponta para o original. Primatas têm algo próximo ao senso de Justiça humano IDEIAS DO MILÊNIO Entrevista concedida pelo primatólogo holandês Frans de Waal ao jornalista Jorge Pontual, para o programa Milênio, da Globo News. O Milênio é um programa de entrevistas, que vai ao ar pelo canal de televisão por assinatura Globo News às 23h30 de segunda-feira, com repetições às 3h30, 11h30 e 17h30 .  De onde vem a moralidade? O sentido do certo e errado? Segundo as religiões, viria de Deus, ou de uma entidade suprema. Para muitos cientistas, seria uma característica exclusivamente humana, ausente em todos os animais. Mas um estudo recente do comportamento dos grandes símios, especialmente os chimpanzés e os bonobos da África, que são nossos primos mais próximos no reino animal, traz

A moral é animal

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Segue abaixo, integra da entrevista concedida pelo Primatólogo, biólogo e psicólogo Frans de Waal à Marcelo Marthe, publicada pela revista Veja.  O link http://veja.abril.com.br/220807/entrevista.shtml aponta para o original desta entrevista. A moral é animal Entrevista: Frans de Waal O maior dos primatologistas mostra que traços "exclusivamente humanos" também se encontram nos outros primatas. Por Marcelo Marthe O holandês Frans de Waal, de 59 anos, é a maior autoridade mundial no estudo dos primatas – a ordem do reino animal à qual pertencem o homem e os macacos. Desde 1977, ele se devota à observação da psicologia e das relações sociais de espécies como os chimpanzés. Com suas pesquisas, De Waal demonstra que a distância entre o ser humano e os animais é infinitamente menor do que muitos cientistas e filósofos sempre supuseram – o que reafirma as idéias do inglês Charles Darwin sobre a evolução. No livro Eu, Primata (recém-lançado no Brasil pe

Nada nos espera, tudo nos espera

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Nada nos espera. Tudo nos espera. Tudo está disponível, nada é obrigatório e nem tudo é alcançável. Passo por muita coisa, nunca passarei por tudo. Passo por muita coisa, o que é muito pouco frente ao tudo que seria possível passar, mas somente passo por aquilo que seja factível em realidade passar.

Perdão

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Se o perdão é somente para os fortes, prefiro ser um fraco, mas exigir a devida punição a todos que cometam seus erros. Isto vale para mim, para meus filhos e para todo mundo. Gostaria de apenas de deixar claro que erros, neste texto, são aquelas falhas humanas que afetem diretamente a dignidade humana ou social, e mesmo a natureza. Erros de menor importância, que não atentem contra a humanidade, a sociedade ou a natureza, acontecem a praticamente todos nós, e assim, como falhas, não são sequer passiveis de perdão, e sim de entendimento, de aprimoramento e de cooperação.

Desafio da realidade

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Eu vejo a ciência como uma espécie de desafio da realidade. A realidade em si não tem desafio algum, ela esta aí, ela é, ela própria, em si mesma, a realidade do que existe, do que acontece, do que deixa marcas, do que sequer sabemos que está ocorrendo, e não existe desafio algum com a realidade, quer eu goste ou não, quer eu aceite ou não, quer eu concorde ou não. A realidade ousa acontecer, ousa ser, ousa realizar-se a si própria, assim, o desafio, penso eu, está no entender esta mesma realidade, está no compreender cada vez mais ela e suas engrenagens, está no conhecer não somente os fenômenos perceptíveis, ou melhor, seus fenômenos como os percebemos, mas está em descobrir, nunca inventar, nunca em criar, mas sim em apreendermos o superficial, mas também apreendermos o submundo real desta realidade.

O olho, a evolução e o engano do criacionismo.

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Não possuo provas, mas não me parece ser mera coincidência que dois eventos biológicos de enorme envergadura tenham acontecido tão próximos quando os vemos em tempo geológico, e que um não tenha diretamente afetado o outro: o surgimento do olho/visão espacial, e a explosão cambriana. 

Hoje eu acordei, será que valeu a pena?

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Será que valho a vida que carrego comigo? Será que valho os seres que comigo arrasto? Será que o mundo fica melhor comigo acordado? Será que o humano de alguma forma se engrandece com meu acordar?

Suntuosidade e necessidade

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Muito me incomoda perceber, ou crer que percebo, como algumas atitudes afloram nossa hipocrisia, simplesmente por serem incoerentes. Posso estar errado, adoraria estar, mas me parece de uma insensibilidade humana absurda, parece-me falacioso crer que seja necessário gastarmos enormes recursos, construindo templos magníficos e suntuosos, simplesmente para orarmos, pedirmos ou agradecermos a um deus, qualquer deus, que deveria ele mesmo, se existisse, dar muito mais valor as obras reais em prol da verdadeira transformação por uma inclusão social de milhões de miseráveis, pelo investimento sério em ciência para o bem estar social, para a cura de males físicos e mentais que levam ao sofrimento milhões de pessoas. Se deus é realmente onisciente, eu não precisaria orar e nem agradecer, pois que minhas obras seriam a melhor oração e agradecimento, que ele já saberia simplesmente por ser onisciente. Se deus é realmente onipotente, não precisaríamos de templo algum, nem precisaríamos orar, p