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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Crianças são cientistas natos

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Pessoalmente entendo que todas as crianças, ou praticamente todas, nascem com o germe de cientistas, com o dom da busca científica, pois são curiosas, não têm medo de perguntar, ousam experimentar, desejam entender, apreender, e estão abertas a mudar de opinião quando entendem, são livres pensadoras, e livres de quaisquer preconceitos, sejam de gênero, de cor, de crenças, de nacionalidade, de condição social, ou quaisquer outros. O problema somos nós, os adultos, que nos metemos e estorvamos este lado científico natural, com nossas, catequeses, e preconceitos, assim com o passar do tempo, as crianças vão perdendo a capacidade de continuarem livres, e vão perdendo aos poucos o amor pela ciência, muitos acabam por abandonar alguma paixão científica que ainda carregam, quando esbarram na muralha aparentemente complexa da matemática. Impossível ser ativo no mundo da ciência sem uma base matemática pura e abstrata bem coordenada. Como uma vez falou Einstein, a matemática pura é, a seu mo

Em Geral

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Em geral a fé mística, cega, em algum ser transcendente, não muda para melhor a realidade sofrida de muitos e muitos, mas tende a impedir muitas perguntas, a restringir muitas respostas, a dirigir muitas interpretações da verdade, a omitir muitos fatos que não interessam, a tolher o livre pensar, a distorcer a realidade, e a catequizar acima de ensinar a livre pensar, a estudar o real, a racionalizar, a pesquisar, a observar e dar o real valor à natureza como um todo, e em especial ao animal humano que vive o aqui, o lá e o acolá, entre os nossos ou entre os deles, e o agora. Eu sei, este é um problema, não somente da fé mística, mas da fé cega em todo e qualquer ramo do viver, religioso, materialista, ou filosófico, porem na fé cega religiosa, ela se reveste de uma falsa áurea de dona maior da moral e do amor, por isso ela possui um poder maior de convencimento aos mais ingênuos e puros.

Desumanidade

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Num mundo mágico imerso em um oceano invisível, o caminho da sabedoria está escrito no perdido corredor entre a noite e o dia. Mesmo o desafio da noite ensolarada, da lua que bate o “tic tac” do tempo perdido a muito tempo, num tempo que não mais tem tempo para ser o que já não mais pode vir a ser, caminhamos perdidos, arrastados pela dor de querer ser deus, sendo o que de melhor poderia algum relojoeiro construir, mas realizando o que de pior uma desumanidade omissa em plena inação do ser que construímos como jaula para nós mesmos, como fosso do terror do medo do que estamos nos tornando.

Ousadia para me transformar

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O mensageiro do mundo das falsas pedras e do falso brilho, com uma lanterna nas mãos, caminha e dança pela vila de nosso ser, nos iludindo que a dureza de espírito, e o sofrimento, são melhores e mais humanos. Rochas e pesadelos que impedem nosso caminhar, na humanidade de nosso real ser, são como crianças perdidas no tempo, onde homens velhos criaram atalhos para o nada, para o ódio, e para a loucura que nos impede à humanização de nosso ser.

Não creio em pecado

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Não creio em pecado, e nem posso crer, uma vez que não aceito o transcendente, entretanto, creio no bem e no mal, apesar de sua linha divisória não ser algo rígido, creio no amor e no ódio, e entendo claramente que o ódio é um mal, creio no que constrói e no que destrói, mas não creio em pecados, nem sequer em sua teórica definição, mas se pecados existissem, ou se sua definição fosse meramente materialista e determinasse como pecado tudo aquilo que destrua ou ofenda a vida e a natureza, tudo aquilo que não leve a felicidade imanente e natural, do maior número de pessoas, no maior espaço de tempo, e pela maior área geográfica possível, entenderia que o maior dos pecados seria acreditar plenamente em qualquer coisa sem referencial racional, fenomenológico ou realista.

Não somos melhores

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Sinceramente ainda me choca como a maioria de nós acredita que o que é “bom” (aquilo que entendemos como melhor ou superior) em nossa personalidade, em nossa característica de ser e de existir, decorre de características puramente humanas, obtidas por evolução para uns, ou por algum desígnio superior, místico ou transcendental para outros, enquanto que aquelas características de ser, e de existir, que entendemos más ou feias de serem “humanas”, as definimos como características animais, que as temos em nosso ser inferior, material ou instintivo. Esquecemos que somos basicamente primatas grandes, apenas com um poder de processamento mental maior, e que nossos primos-irmãos, em especial os bonobos e os chipanzés já possuem muito de nossas características, entendamo-las boas ou más, eles têm consciência, eles possuem empatia e muito mais.

Fraquezas

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Tenho várias fraquezas, mas existem algumas delas que muito me incomodam. A principal delas é uma fraqueza a falta de uma revolta firme e sincera contra o estado desumano de nossa sociedade. Me revolta minha própria inação, uma falta de coragem e ousadia de mover-me e envolver-me em uma revolta verdadeira em favor de uma sociedade mais humana e social.  Uma outra fraqueza é uma certa vaidade pelo saber, é uma verdadeira paixão pela busca de conhecimentos, da quase idolatria pela busca da verdade, não aquela superficial dos fenômenos apenas, mas aquela verdade que se esconde no submundo das engrenagens físicas, químicas, biológicas, mentais, humanas e sociais. O meu ceticismo nasce da busca sincera de ter o máximo de referenciais que possam me fazer ter um encontro com esta verdade e com este conhecimento, mesmo que parcial, incompleto e complexo. Amo o conhecimento, tanto o conhecimento científico, aquele conhecimento que nada inventa, que nada cria, mas que reflete o conhecimento s

Desumano

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Eu me lembro, como se as estrelas conspirassem para que nunca me esquecesse, mantendo esta lembrança escrita em sangue dourado, bordada em renda humana, conectada em sinapses mentais, e iluminada ao fogo da meia noite, a certeza de que estou longe de ser o que deveria ser, onde uma tormenta mental espreita preguiçosamente aguardando apenas cada momento presente para me fazer eternamente recordar do que não consigo esquecer: que sou um fraco, um conivente com o que aqui está, um  irresponsável, um insensível, um descompromissado, e um desumano.

Sábio e tolo

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Levando-se em conta que um sábio, como percebo em leituras e em conversas, seria aquele que entre outras coisas aprendeu, ou descobriu, a "arte" de ser feliz, de estar de modo pleno no gozo da plena felicidade, então não vejo muita diferença entre um tolo e um sábio.  Um, o primeiro, nada sabe (ou quase nada sabe), e crê que muito sabe, o outro, o segundo, sabe alguma coisa (as vezes até sabe muitas coisas), porém o que sabe é de uma sabedoria inútil, egoísta, e de praticamente nenhuma valia para o social, pois que em sua sabedoria alienada do real sofrimento de irmãos, encontra sua felicidade em fingir que transcende a própria desumanidade que o faz um não revoltado, e um não atuante na transformação do que aqui está, que o faz assim insensível e não empático, pois que não sente, não vibra, não sofre, e não divide a dor real com inúmeros irmãos, estes em pleno desprazer do sofrimento. Por isto não creio em sábios, ou melhor, não aceito que sábios existam, pois que alienad

Evolução

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Evolução nunca foi sinônimo de melhoria, e sim de adaptação,  de seleção; mais especificamente, variação (por erro de cópia), especialização, e seleção do melhor adaptado (em especial melhor adaptado para deixar mais descendentes), isso é muito diferente de argumentar que ser mais evoluído seja ser melhor ou mais inteligente, não somos nós, os homo sapiens melhores pelo ponto de vista da evolução do que nenhuma outra espécie, por que sejamos mais inteligentes, isto foi devido apenas a mais uma faceta da evolução, de um nicho ecológico que nossa espécie em sua evolução aproveitou naturalmente, sem plano, desígnio, destino ou direção, que por acumulação de erros de cópias, foi se especializando e naturalmente sendo selecionada pela capacidade única de ter deixado mais descendentes. 

Sou herege

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Sou herege, segundo as religiões, e o sou por muitos motivos, sendo um deles o de não ser hipócrita para comigo mesmo e nem para com os outros. Sou herege, segundo seu significado mais direto, pois que “assumo uma postura diferente das religiões, qual seja, a de não crer e não aceitar entidade transcendental alguma, e negar os seus principais dogmas”. Tenho uma mente ateia, tenho um “coração” humano, e busco ter um comportamento comprometido com o social. Busco sincera e humanamente construir o amor pelo natural, pela vida em toda a sua essência de ser, pela humanidade, por toda a diversidade, e pelo social.