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Mostrando postagens de maio, 2016

Conscientes

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Jamais seremos conscientes por completo ou mesmo jamais nos conheceremos por inteiro, não importa o quanto nos esforcemos, ou o muito que desejemos. A consciência é sim uma parte importante, mas mínima em nosso existir, em nossa realização deste existir, nossa mente trabalha ativamente de forma inconsciente, muitos são os processos “zumbis” que totalmente desconhecemos, e é bom que assim o seja. Quanto a nos conhecermos, plena e exatamente como realmente somos e o que nos compõe, é impossível de consegui-lo, isso não significa que não devemos tentar nos conhecer pelo menos na capa superficial que a consciência nos permite acesso. Parte de nossos processos mentais ocorrem muito abaixo do que conseguimos ter acesso, de forma invisível para nossos sentidos conscientes. Temos acesso a eles somente pelo resultado final de seu trabalho. Somos todos seres múltiplos e complexos, somos também seres em contínuo “redesenhar” de sinapses, criando novas, eliminando outras, enfraquecendo ou ref

Passamos a vida e depois nos desculpamos afirmando ter sido desígnio maior

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Muitos de nós passamos a vida como ratos em um celeiro, fechados para o resto do mundo, isolados da realidade social, bastante desconectados da complexidade maior que borbulha caoticamente em pleno todo da existência. Outros, muitos outros, abusam da nossa terra, como se ela fosse mágica, como se fosse nossa propriedade, como se fossemos mais importantes do que ela. Exaurimos seus recursos, esgotamos sua capacidade de se “recompor”, e esperamos que algum milagre a mantenha ativa e produtiva para nosso deleite. Mas enquanto acreditarmos que aqui estamos meramente de passagem, e que este lar nos foi dado para total usufruto, estaremos fadados a transformar nosso pequeno planeta em algo inapropriado para a vida animal de grande porte, e depois diremos confiantes que foi desígnio divino, que não temos culpa maior. #ateu #ateuracional #livrepensar #ateuracionalelivrepensar ateu livre pensar   livre pensador   livre pensadores Sou um ateu racional e um livre pensador, ou

Origem biológica

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É impossível que qualquer sério amante da verdade científica possa negar que toda a vida conhecida descenda de uma única forma primordial de vida, não significando isto que a vida, a biologia que fez o salto da química e da física, se tornando assim um tipo de replicador primário, tenha surgido uma única vez, ou de uma única história biológica, significando apenas que se outros tipos de replicadores surgiram, pereceram ao longo do tempo, ou se “miscigenaram” de tal forma, logo no iniciar de sua jornada, que apenas uma linha natural, com a mesma estrutura genética, persistiu até hoje, ou que se existe outra linha, ainda não a descobrimos, sendo assim, toda a vida, de toda e qualquer espécie conhecida hoje possui a mesma história passada evolutiva. Reforçando, mesmo que diferentes formas possam ter surgido no decorrer dos mais de quatro bilhões de anos de existência de nossa terra, apenas uma sobreviveu para contar a história conhecida da existência biológica em nosso amado planeta.

Faz de conta social

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No faz de conta social que irresponsavelmente muitos de nós, talvez inclusive eu mesmo, ajudamos a manter, onde por falta de ousadia, revolta, compromisso, sensibilidade, e vergonha, brincamos de nos iludir que não somos corresponsáveis pela situação de abandono e de exclusão a que muitos outros dos nossos irmãos em espécie estão entregues, sobra-nos assim verdadeiramente muito pouco de humanidade para viver. #ateu #ateuracional #livrepensar #ateuracionalelivrepensar ateu livre pensar   livre pensador   livre pensadores Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.

Irresponsáveis e insensíveis

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Somos no mínimo irresponsáveis e insensíveis quando nos acreditamos naturalmente perfeitos e altruístas. Na maioria das vezes apenas agimos conforme nosso desejo de nos esconder, ou acabamos agindo de forma artificial para que atinjamos nossas ambições pessoais. Em geral somos omissos de nossas responsabilidades humana, social e natural, ou somos falsos, atores de nossa própria existência, retocando a todo instante nossa maquiagem de vida e nosso script traçado. A insensibilidade humana, a indiferença social, e a apatia pelo natural são endêmicas entre a maioria absoluta de nós, pelo menos aquela insensibilidade que nos faz apáticos e indiferentes ao sofrimento dos que não nos são próximos, e em especial daqueles que conosco não comungam de nossas crenças. Acabamos sendo fantasmas sociais, zumbis humanos e inconsequentes de nossa humanidade, posto que agimos, muitos de nós, alienados pelo abandono e pela exclusão social de milhões e milhões de irmãos em todo o mundo. E não é

Por mais que eu procure me conhecer

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Por mais que eu procure me encontrar, me conhecer ou me revelar, buscando descobrir aquele que realmente sou ou aquilo que realmente me move, sinto-me arredio de mim mesmo, sinto-me um tanto perdido nos labirintos dos muitos que sou, sinto-me embaraçado nas vielas dos mitos e crenças que não desejo mas me acompanham, sinto-me atolado na areia movediça de meu inconsciente, sinto-me traído pela convicção de que sou consciente, quando no fundo borbulha em mim latentes processos desconhecidos de minha capacidade de gerenciamento mental ou de prospecção consciente. Como desejaria realmente conhecer “todos” os meus valores, “tudo” que de alguma forma me é sagrado (nunca no sentido místico religioso, mas no sentido daquilo que realmente muito valoro positivamente e que poderia chegar a dar minha vida por isto), “todas” as minhas dúvidas que no mundo abissal de meu inconsciente de alguma forma me refreiam a ousadia de me doar por uma real transformação de mim mesmo! Invejo a ingenuidade

Muito mais vale

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Muito mais vale a alegria sincera de uma criança, ou mesmo o salpicar de pequenas e críticas alegrias de um revoltado em nome de um bem social, do que a pomposa e irresponsável felicidade daqueles que possuindo mais do que necessitam subtraem dos que já quase nada possuem. #ateu #ateuracional #livrepensar #ateuracionalelivrepensar ateu livre pensar   livre pensador   livre pensadores Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.

Feliz é o homem

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Feliz é o homem que mesmo tendo segredos, pois todos os temos, não sofre o desespero de que seus segredos se tornando públicos, ofendam a dignidade humana, ou levem sofrimento indevido aos irmãos em espécie. #ateu #ateuracional #livrepensar #ateuracionalelivrepensar ateu livre pensar   livre pensador   livre pensadores Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.

Amor e ética, sem abrir mão da racionalidade

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O amor deve ser a argamassa da ética posto que deve servir, ao mesmo tempo, de prumo e de molde plástico para direcionar nossa ética do viver, contudo, sem jamais abrir mão de uma racionalidade crítica que deve dar consistência de verdade, e justeza de realidade, na trilha ética que construímos. O amor, na ética, deve ser como a argamassa que preenche, enquanto a racionalidade crítica deve ser como a malha de aço que garante à argamassa do amor suporte estrutural para dar maior resistência na realização de um viver ético, humano, social e natural. Amor e razão são essenciais para uma existência ética. Cabe lembrar que antes de qualquer realizar ético é necessário garantir que as necessidades básicas estejam humana e naturalmente atendidas, e isto implica em que primeiro é necessário dar dignidade humana e social aos que não a tem, para que possamos cobrar, a posterior, ética e moral.  "Primeiro o estomago (o pão), depois a moral .... Bertold Brecht" #ateu #ate

Invariavelmente

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Invariavelmente sinto e tendo a perceber que muitos de nós, a maioria absoluta talvez, se entende como se fossemos um verdadeiro humano, na concepção mais digna que possa existir, porém a realidade existencial que facilmente observo, que se me apresenta muito constantemente, ousa em desmentir, e acaba por colocar em cheque, pondo por terra aquele tipo de percepção. Há algo de muito incoerente entre o como a maioria de nós se vê, se crê, se percebe como ente vivente, e a realidade (in)social que o mundo de forma crua me mostra. Muito das ações, mesmo as mais gerais e triviais, tendem a não refletir esta humanidade, horas somos omissos, horas somos irresponsáveis, horas somos coniventes, outras horas não temos a ousadia da verdadeira revolta humanitária. Ao longo do dia, e em especial quando vou dormir, sinto-me envergonhado pela cumplicidade que mantenho com aquela condição desumana de milhões de irmãos, em todo o mundo, que negligentemente acabo por ajudar a manter, posto que não me

É incrível como nos enganamos

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Eu sei que não posso tirar todos os demais por mim, e nem posso me induzir que sou exatamente como a maioria dos outros, ou mesmo que me veja vaidosamente como os melhores, ou em contrapartida, como os piores. Cada um de nós é em essência um ser existencial único, complexo e mentalmente em transformação. Da forma como leio o mundo e a evolução, tenho forte tendência a entender que somos basicamente, na média, parecidos, o que sinto é passível de todos sentirem, e o que os melhores ou os piores sentem ou como reagem, tenho também possibilidades de assim sentir ou reagir. É incrível como somos capazes de nos enganar, intencional ou não intencionalmente, como alguns de nós, talvez muitos mais do que cada um individualmente pense, somos capazes de criar uma imagem distorcida de nós mesmos, fazendo-nos crer que somos senhores absolutos de nós mesmos, como se fossemos capazes de nos conhecer por completo e dominar inteiramente o que sentimos, pensamos ou em nosso intimo somos e desejamos,

AMOR

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Entendo que o amor permite que a diversidade dos muitos, com todas as suas idiossincrasias, se dilua na existência humana de um único corpo social. O Amor nos impele ao altruísmo solidário, nos estimula na derrubada dos obstáculos preconceituosos, é um dos combustíveis em nossa ousada transformação, nos conecta em sensibilidade, além de nos despertar para uma vida irmã, nos dando a força para manter uma coesão múltipla de seres, em uma estrutura única de realização do viver. O amor é muito mais que unicamente uma cola social, é a energia que nos impele a realizar nossa verdadeira humanidade social, é a reverberação de um sincero bem querer por todos, por tudo, por cada um em si mesmo, é um profundo e franco bem querer por todos os semelhantes (quem quer que sejam, estejam onde estiverem), pela vida, pelo viver, pela natureza e pelo natural. #ateu #ateuracional #livrepensar #ateuracionalelivrepensar ateu livre pensar   livre pensador   livre pensadores Sou um ateu r

A religiosidade, as religiões e deus

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A religiosidade, as religiões e deus. São três diferentes “fatos” mas que acabam muitas vezes por serem percebidos como totalmente dependentes uns dos outros, como se o seu entrelaçamento fosse obrigatório, pois que muitos de nós temos a tendência natural, mas não menos falaciosa, equivocada e simplista, de associarmos eles, sempre, como uma relação direta de causalidade, como se os dois primeiros fossem necessariamente caminhos e desígnios do último, sendo como que causas e efeitos. De forma teórica e superficial, assim realmente parece aos olhos, catequizados ou não, de quem assim na verdade espera, ou está “preparado”, para ver, entretanto na prática muitas religiões se usam de deus apenas como chamariz, e a religiosidade não precisa nem de religião alguma, e se bem pensada, nem mesmo de deus algum.  Entendo que a religiosidade é um fato em si mesma, as religiões, em geral, são problemáticas, e deus é uma questão de crença sem evidência alguma. Entendo ainda que o romantismo

Na natureza inexistem castigos ou recompensas, tudo é “consequência”

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“Na natureza, como na vida não existem castigos e nem recompensas, o que existe são apenas consequências”. Ouso em breves palavras discordar um pouco desta assertiva que acabei de ler. Eu entendo que na natureza, sim, não existem recompensas e nem castigos, existem consequências. Consequências naturais em que a natureza sem intencionalidade ou planejamento, mas apenas como consequência de suas leis e da busca de algum equilíbrio natural de sua existência, acontece (gostaria de dizer “faz acontecer”, mas temo a interpretação de alguns como que se a natureza tivesse em si alguma capacidade de decidir fazer acontecer.). Consequências que podem até ser em decorrência de atos que fazemos com ela, a natureza, mas com certeza ela simplesmente é, ela simplesmente realiza o seu devir natural, sem castigos, recompensas, sem intencionalidade alguma, ela não revida, ou agradece, ela simplesmente “se realiza”. Quanto a vida, sinto certa necessidade em dividir a vida em dois diferentes foco

Desta vida nada levamos

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Desta vida nada levamos, simplesmente porque nela (como seres mentais) temos somente uma passagem temporária na jornada rápida entre o nada que fomos no passado e o nada que seremos no futuro. Mas o fato de nada dela levarmos, ou de termos apenas e tão somente uma breve existência, não é motivo para que não tentemos transformar esta passagem em algo digno e quem sabe deixarmos esta passagem de alguma forma marcada com boas lembranças, bons exemplos de vida, e algumas boas obras, de forma que pelo menos possamos existir em memória, pelo que de humano e social aqui fizemos, e não apenas como mães/pais, avós/avôs, esposa/esposo, amantes/amados ou amiga/amigo. Mesmo o fato de não termos direito a recuperação ou segunda época, de termos uma e somente uma passagem existencial, pelo menos para mim, torna muito mais importante buscar ser algo de útil, ser alguma referência, e deixar algum tipo de exemplo e quem sabe mesmo de ensinamento para os que virão depois de mim.  #ateu #ateur

COMO SERIA BOM

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Como seria bom se com a mesma facilidade com que vemos os defeitos nos outros pudéssemos ver a nós mesmos como realmente somos, livres das máscaras que construímos e das defesas que erguemos. Poderíamos nos decepcionar muito com o que veríamos, mas quem sabe poderíamos trabalhar pela reconstrução de nós mesmos. #ateu #ateuracional #livrepensar #ateuracionalelivrepensar ateu livre pensar   livre pensador   livre pensadores Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.

Bela

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Uma melodia bem construída e estruturada é bela, porém mais bela é uma vida bem construída e bem estruturada, e somente cede lugar a uma humanidade social bem construída e estruturada, mas entendo que sem uma humanidade social bem construída, uma sociedade inclusiva, libertária e sensível às necessidades dos outros, é impossível que todos tenham uma vida bem construída, e assim as belas melodias servem apenas de tênue tintura na construção de um bem querer comum. #ateu #ateuracional #livrepensar #ateuracionalelivrepensar ateu livre pensar   livre pensador   livre pensadores Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.

Viver e deixar viver

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No início de nossa jornada, da vida em si, somos filhos do pó. Recentemente sou filho de uma improbabilidade altíssima. Desta forma a vida em si, e no escopo desta a nossa vida biológica e mental é muito importante, deve tender ao sagrado (não um sagrado místico, mas o sagrado sendo aquilo que de tão importante para nós, somos capazes de dar a nossa vida por aquilo). Mas sendo real, cabe-me viver e deixar viver, no sentido social e humano, viver de forma respeitosa, comprometida, libertária, e sensível, e deixar que os outros vivam libertos, igualitariamente, inclusivamente, dignamente, e sendo parte ativa do compromisso humano, social e natural.  #ateu #ateuracional #livrepensar #ateuracionalelivrepensar ateu livre pensar   livre pensador   livre pensadores Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.

Passageiros de nossa vida

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Somos passageiros de uma vida sem um destino final pré-estabelecido, mas independentemente do que creiamos, temos um tempo finito e a morte nos levará para o nada existencial eterno, independente do lugar em que estejamos, independente do que tenhamos ou mesmo de quem quer que sejamos. Podemos ser apenas caronas nesta única realização do viver que temos, meros passageiros, ou podemos ser parte ativa e atuante nesta realização, mesmo sabendo que não há destino final, mesmo tendo a certeza de que nos é impossível ter tudo sobre controle, e que todas as baldeações são transitórias, que todas as paragens são temporárias, entretanto sabendo que jamais nos tirarão do presente que experimentamos, enquanto nos for possível experimentá-lo. Em comunhão com um caótico existir, para cada um de nós existe apenas a realização do nosso viver, e a capacidade de pelo menos tentarmos fazer ter valido a pena cruzar esta jornada de vida, deixando amigos, deixando exemplos, deixando boas lembranças no c

Não creio em perdão

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Não creio em perdão, simplesmente porque ele não muda em nada o mal que foi feito, mas isto não pode significar que deva remoer um rancor eterno, ou buscar pagamento com a mesma moeda, mas entendo claramente este sentimento, e quem o procura. Tenho retornado a este tema algumas vezes, e mesmo assim continuam postando mensagens para mim, quanto a uma possível desumanidade minha nesta postura de que entendo que o perdão é desnecessário, e que cada um deve ser responsável pelos seus atos, e se for o caso, responder legalmente, aí sim, pelas desumanidades cometidas. Se o “mal” foi feito, não merece perdão, merece responsabilização, e se for o caso justiça firme, mas com todos os direitos a atenuantes ou agravantes que se fizerem aplicáveis, e se for o caso reeducação, mas jamais perdão, posto que a medição que devemos fazer deve ser medida e valorada pelos atos que foram feitos (intencional, sem intenção, com dolo, sem dolo, acidente, e assim por diante), e o perdão de quem quer que

A ciência "evolui", a vida Evolui, mas as relações humanas nem tanto

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A ciência "evolui", a vida Evolui, mas as relações humanas nem tanto. A ciência caminha, se renova, se refresca, continuamente é revista, validada, criticamente pensada, livremente testada, democraticamente pública, hora validada, horas refutada, mas sempre aberta a críticas racionais, assim, de forma poética me apodero de um sentido solto e sem maiores precisões científicas para dizer que a ciência “evolui” a passos largos (cabe ter em mente que a evolução não é um atributo ou qualidade da ciência, e sim da vida), e é ela, a ciência, um dos motores propulsores de transformações em nossa civilização. Olhemos para os últimos anos do século 19 e perceberemos como em cerca de 100 anos a civilização mudou muito, e perceberemos o quanto disto foi devido a novos conceitos científicos, ao afastamento de muitas “certezas” místicas ou pseudocientíficas, e a inovações tecnológicas. É uma pena que a "evolução" científica, do saber, do conhecer, do conhecimento natur

Iludimo-nos

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Por pior que o mundo esteja, sempre seremos capazes de justificar toda exclusão social como reflexo do mesquinho egoísmo dos outros, sejam estes outros, pessoas, corporações, estado, sistema, ou mesmo a situação “mundial”, seja lá isso exatamente o que quer eu seja. Se por pelo menos um instante, muitos de nós tivéssemos a coragem de nos despir de nossas desculpas, nos veríamos totalmente imersos, no mínimo, como corresponsáveis, seja diretamente - por interesses pessoais, ou indiretamente – por omissão, pela situação desumana da sociedade que vivemos. A sociedade não é um corpo autônomo, ela não existe independente de nós, ela reflete, de forma complexa é verdade, a individualidade de cada um de nós. A sociedade (des)humana ao longo do tempo, quanto mais ela cresce, mais vai se tornando fria e insensível as condições e necessidades mínimas dos outros, e assim, cada vez mais se afunda em sua própria apatia, indiferença e desumanidade, e infelizmente muitos de nós continuamos nos

A necessidade premente desconhece intenções

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Do ponto de vista daquele que necessita, do muito pobre, do miserável, do que passa fome, frio, do que sente dores, do que necessita de ajuda ou de tratamento, toda e qualquer ajuda é sempre bem-vinda, pois que a necessidade é premente e não possui, em geral, forças ou razões para filtrar qualquer tipo de ajuda. Para estes seres vivos, humanos ou não humanos, o que menos importa nestes casos de necessidade premente é se preocupar com as intenções, com os motivos, com as causas que levam alguém a ajudar, pois que a ajuda em si é, naqueles momentos, tudo que precisam para alguma maior sobrevida. Não lhes interessam, em geral, se a ajuda é sincera, humana, sensível, se o que lhe estão a fazer é real sentimento caritativo, ou se por outro lado estão a fazer por interesses outros, por vaidade, desejando aparecer, por algum sentido de prepotência que lhes levam a sentir prazer por perceber que o necessitado está submisso à sua ajuda, por alguma arrogância que lhes fazem se sentir poderoso