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Mostrando postagens de março, 2015

Todo Eu

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Todo eu é eternamente transformável, não existe um eu sequer que não se transforme continuamente, não obstante, ou até mesmo por isto, somos únicos, únicos por sermos irreprodutíveis, não porque sejamos imutáveis. A realização do viver, desde o útero de nossa mãe, aliado a carga genética que carregamos, são duais que se unificam na plasticidade natural de nosso cérebro. Se não nos destruirmos antes, chegará o dia em que poderemos criar cópias fiéis de nosso cérebro, que poderemos extrair cópias backup de nosso circuito neuronal, e que poderemos ter circuitos neurais não biológicos que poderão ser cópia fiel do processamento em algum instante de nosso complexo cerebral, mas mesmo assim, por mais não intuitiva que possa se mostrar, cada cópia, biológica ou não, de nosso cérebro dará origem a um eu único, mesmo que muito parecidos inicialmente, pois que cada um seguirá sua jornada de novas ligações neurais, reforço de outras, e de desligamento de outras mais, pela experiência que cada

Viver

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Viver é preciso, morrer, uma realidade inexorável. Viver é impreciso, mas morrer é um fato. O viver pode até não ser preciso, mas morrer é o próprio destino.

Presente

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Por mais que eu corra, me esforce, ou invista toda minha vontade ou energia, não consigo sair do presente, mesmo assim, muitos de nós acredita que o presente quase nada vale e focam seu viver em um futuro que pode nunca chegar, ou em uma esperança que pode nunca se realizar.

Não se acomode

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Acomode-se e o mundo continuará o mesmo. Revolucione-se e o mundo poderá se transformar. Revolte-se e o mundo poderá ser mais justo, inclusivo, sensível, igualitário, liberto, natural, digno e social.

Ser ateu, materialista, cético, realista e naturalista

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Ser, ou tentar ser, ateu, materialista, cético, realista, racionalista, humanista secular, e naturalista, não me faz melhor, é verdade, mas também não me faz pior, pelo menos não por isto. Ser um pouco de cada uma destas características, umas mais, outras menos, mostra uma clara tentativa de postura. No fundo entendo como mentiroso, ou romântico, aquele que crê ser plenamente uma única linha filosófica do viver. Somos complexos e múltiplos, isso por si só, em minha leitura, impossibilita sermos plenamente uma única característica de ser ou de viver. Não quero ser melhor que ninguém, posso até ser pior que a maioria, até mesmo porque melhor ou pior depende de conceitos e preconceitos pessoais e coletivos, depende da subjetividade de cada um, mais ainda porque somos seres que no geral vivemos em uma condição de média, e socialmente não entendo ser digno alguém se achar melhor do que um outro alguém. 

SINTO

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Horas sinto que não sinto o que deveria sentir, outras horas tenho a certeza que não sinto o que deveria sentir. Horas sinto que não faço o que deveria fazer, outras horas tenho a certeza que não faço o que deveria fazer.

Somos

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Somos o reflexo do que pensamos, e pensamos como reflexo do que somos. Natureza e criação, origem e transformação, criatura criando-se conforme vive a criação que experimenta. Graças a plasticidade de nosso circuito neural, por um feedback de retroalimentação positiva, reforçamos, ajustamos ou transformamos o nosso ser, pelo que realizamos e pelo que pensamos, além de, em paralelo, reformularmos o que pensamos baseado no que somos, novos e diferentes a cada novo instante.

Universais

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Será que desejamos mesmo ser universais? Será que é possível sermos universais? Será que universais existem? Será que existe universalidade geral alguma que possa cobrir a toda multiplicidade social sobre esta terra? Sinceramente não creio. Valores, moral e comportamento, são locais e temporais, algumas vezes são mais localizados ainda, sendo circunscritos a grupos ou subgrupos, e muitas outras vezes chagam a ser pessoais e individuais.

O nosso corpo não tem nada de especial

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O nosso corpo não tem nada de especial, ao mesmo tempo que é ele tudo de especial, pois que se somos algo, o somos através dele. A dualidade mente corpo obriga a existência do corpo, antes de existir a mente. O nosso corpo, isolado, nada é de especial, pois é ele próprio parte do todo, este sim, especial que, da dualidade corpo mente, emana como ente vivente que emerge da complexidade do cérebro, que também é parte do próprio corpo, e que como corpo puro pouco pode ser, mas que como corpo mente, muito é.

O conhecimento cresce exponencialmente.

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O fator de crescimento do conhecimento é galopante. O que descobrimos como conhecimento científico, uma vez que a verdadeira ciência nada inventa, nada cria, apenas descobre o que já aqui está, ou o que criamos no cunho matemático, ou mesmo construímos no âmbito tecnológico, fez com que o aprendido nos últimos 120 anos extrapole em muitas e muitas unidades de valor, tudo o que aprendemos ao longo de todos os milhões e milhões de anos de nossa caminhada neste planeta, enquanto a evolução nos trazia até os dias de hoje. Mantendo-se este fator de crescimento, caso não nos destruamos primeiro, torna-se impossível prever a aonde chegaremos em nosso aprendizado científico, matemático ou tecnológico, nos próximos 120 anos.

Não sou como a neve que cai

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Não sou como a neve que cai Bela e fria Não sou também como o sol que brilha Belo e quente Sou normal Nem tão belo Nem tão frio Nem tão quente Realizo a média dos seres No mundo das médias Talvez desejasse ser melhor Vaidade Talvez odiasse ser pior Prepotência Fruto da média Horas sou mais quente Horas estou mais frio Horas sou melhor Horas sou decepção humana Mas sou humano Não necessariamente humano em humanidade Mas certamente humano em espécie

Eu acho no mínimo curioso

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Eu acho no mínimo curioso que alguns místicos, religiosos, e quaisquer tipos de fundamentalistas, creiam sem nenhuma evidência, e o pior, achem perfeito que evidências não sejam necessárias para sua crença, enquanto eu e muitos outros, mesmo baseado em evidências, temos dúvidas, questionamos sempre, não somente as evidências em si, mas o como elas possam ter sido obtidas, qual o real significado destas e de outras evidências para o que estamos analisando, e qual pode ser o interesse em que estas evidências sejam apresentadas, ou alteradas, enquanto outras possam estar sendo escondidas, e principalmente, questionamos as engrenagens que movem a realidade para a apresentação de qualquer fenômeno.  

Diferença

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A diferença entre fazer a diferença e ser somente diferente, pode diferir por pouco, mas para a sociedade existe muita diferença. Entendo nada valer ser somente diferente, quando não fazemos diferença alguma, pois que a diferença, que faz diferença, é muito diferente da simples diferença de ser. 

Materialismo

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O materialista sério (aquele que pauta a leitura do mundo e do viver como essência material) não é, nem de longe e nem de perto, aquele que valoriza os bens materiais acima da humanidade imanente que lhe deveria ser princípio, meio e fim, e muito menos acima do natural. O materialista é somente aquele que percebe a realidade como um conjunto complexo em si mesma, onde tudo é imanente, onde tudo ou é matéria ou é energia, ou uma combinação variável delas, ou em último caso redutível a elas, ou originária delas. Matéria e energia, realidade e imanência, presente e existência, são marcas do materialismo, e nada tem a ver com a ideia distorcida, apodrecida e estigmatizada que foi criada ao longo do tempo por visões, estas sim distorcidas pela necessidade de, por mentiras, distorcer e macular a beleza e a pureza do verdadeiro materialismo. O materialismo jamais renegaria o humanismo, a solidariedade, o altruísmo, o amor, a dignidade humana, a humildade, a sensibilidade, a empatia, ou a c