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Mostrando postagens de novembro, 2014

Eu sou humano. Serei mesmo

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Eu sou humano. Serei mesmo? Filho e neto de Homo Sapiens, tenho que ser Homo Sapiens, pois que a evolução não se faz aos grandes saltos. Homo "Demens", quero dizer Sapiens (?) quanto a espécie (Homo Sapiens Sapiens (???), nada mais presunçoso do que nossa própria nomeação de espécie, sim duplo Sapiens, isto já fala muito acerca de nossa prepotente autoimagem). Comumente nos chamamos de Humanos, quanto à qualificação, mas nos esquecemos, pelo menos a maioria de nós, porque seriamos humanos, o que nos faria realmente e especificamente humanos, nada de especial, nada de ideal, apenas um animal que se diferenciaria das demais espécies, por sua genética, naturalmente, mas também pela humanidade que lhe deveria ser comum e própria.

Não sou idealista

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Não sou idealista e nem quero ser um idealista, quero ser um realista e um transformador do que aqui está. O ideal é subjetivo, o real é o que aqui está, é o que realmente sou, é mais que a superficialidade do próprio fenômeno, é o submundo dos fenômenos, são as engrenagens que movem os fenômenos, quero assim ter a ousadia de agir, de me expor, de me revoltar com o que aqui está, mas tudo em nome de certo pragmatismo social, nunca pelo idealismo social... O ideal pode me levar a um mundo irreal, a um mundo que seduz e encanta pela possibilidade de certa perfeição transcendente, mas pouco faz, ou nada faz, de real pela transformação do aqui e do agora.

Absurdo

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Entendo que catequizar crianças seja um absurdo. Elas são simplesmente crianças, devem viver como crianças, devem realizar suas experiências do viver como crianças, experimentar o mundo como crianças, serem curiosas como crianças, e crescer enquanto crianças. Um dia chegará quando não mais serão crianças, neste momento elas poderão fazer suas escolhas livre e conscientemente. Mas como correr o risco de perder mais um seguidor, devem pensar os líderes religiosos. Catequese neles para que não sejam perdidos amanhã. Como é odiosa, para mim, a necessidade de manter e de buscar fazer crescer o poder religioso que alguns líderes religiosos imputam aos seus seguidores.

A ética

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A ética não é um atributo ou uma qualidade da natureza, é uma criação do intelecto humano.  Necessária?  Entendo que sim, entretanto imperfeita (pois é uma criação humana), de múltiplas percepções já em sua origem, temporal e geograficamente marcada; pessoal, corporativa ou institucionalmente representativa. Tomar qualquer que seja o princípio ético como uma verdade absoluta em si mesmo é um erro grosseiro e nos leva muitas vezes a perversões irreparáveis, cobertas pelo falso e preconceituoso manto da correção e da verdade, e em certos casos pode levar a uma ditadura das maiorias (locais), sufocando e impedindo a liberdade humana das minorias. Toda referência ética deve ser vista sobre o prisma do cuidado e da análise crítica de um livre pensador, e sempre tomada de forma relativa, jamais como algo absoluto. 

No mundo do pode

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No mundo do pode, tudo pode, até pode ser que se possa nada poder, mas no mundo do pode, não há nada que não se possa, mesmo que impossível, mesmo que ilógico, mesmo que irreal, mesmo que ilusório, no mundo do pode tudo pode, tudo se pode, por isto o “pode ser”, não pode ser explicação nem a favor nem contra, não pode ser prova nem refutação, pode ser apenas suposição, ou provocação.

Perco-me

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Perco-me na imensidão do que sou sem realmente saber todos que me compõem. Sou a essência de muitas essências, sou a infusão de muitos princípios. Essências que se diluem, algumas, e essências que não reagem entre si, outras, assim sou complexo e instável, sou múltiplo e mutante, sou único pelo resultado, muitas vezes não esperado, onde a consciência disto é mínima, ou nenhuma, e onde o livre arbítrio sobre quem sou pertence ao meu inconsciente.  

Espanta-me

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Não sou religioso, sequer creio em algo transcendental, aqueles que já me leram sabem disto. Sem ser hipócrita sinto-me culpado por ser humano em um mudo em que a humanidade quase mais nada vale.

Em Pleno

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Em pleno silêncio dos sons que me enlouquecem, me calo com o ruído do que sou, esperando pelo eco do que não sou, gritando mudo aquilo que nunca fui e que nunca serei. Louco, com certeza, na loucura das cores que impregnam meus ouvidos, confundindo a realidade subjetiva que sempre serei. Humano, nunca, faltam-me oitavas, faltam-me acordes, faltam-me texturas,  faltam-me sensibilidade e comprometimento pela sinfonia coletiva, dissonante que seja, fora do ritmo textual que no fundo faz da sua polifonia uma sinfonia da realidade do que somos. Para ser humano faltam-me empenho e entrega, faltam-me os odores sonoros que possibilitariam alguma sintonia melódica com o social e com o humano.

É engraçado

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É engraçado, se não me parecesse triste e intencional, como a virose do ebola sumiu do noticiário da grande mídia. O ebola só é notícia quando afeta os países não africanos. Enquanto o ebola fizer “estrago” apenas na África, e em especial na África mais pobre, não parece ser notícia digna para a grande mídia, é notícia apenas para um grupo pequeno de abnegados e corajosos humanos que se dedicam ao controle da epidemia, ao tratamento minimamente humanitário àquelas pobres populações, daqueles pobres países. 

Sentado e prepotente

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Sentado no topo da estrada que liga o nada a lugar algum, aquela highway que liga o que não era, ao que não serei, aquela curta, maltratada, difícil, cheia de obstáculos e nada intuitiva passagem que se chama vida, me perco com a soberba de que sei o que sou, e que tenho o domínio sobre tudo que faço, decido, quero, penso ou sinto.

Ao vivo

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Ao vivo, sem direito a playback, a roteiro, a script, ou a direção externa, vivemos uma única experiência do realizar nossa existência temporal, finita e imanente. Sem chances de mudar o passado, sem chances de prever o futuro, sem vidência ou autoridades do saber, se desejamos viver, necessário é que aproveitemos a eternidade do momento presente para construirmos nossa existência.

Pousamos no cometa

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Primeira foto oficial do robô Philea, separado da nave "mãe" Rosetta, já com as pernas de pouso abertas Pousamos no cometa, não é Hollywood, é real. Hoje, 12 de novembro de 2014, a missão Rosetta fez com que o robô Philae pousasse no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Não poderia deixar de falar na missão Rosetta e no desafio do Philae. Não sou da era Sputnick (1957), nasci em 1960, mas sou da era Mercury e Apolo, do pouso na Lua, da estação orbital internacional, do pouso em Marte, do Chandra, do Multmirror, do Spitzer, do Compton, do Alma, do GPS, do celular, do telescópio Hubble, dos telescópios em grande matriz, do pouso em asteroide, da descoberta de nichos biológicos nas fossas térmicas, da viagem para fora do sistema solar, e agora do pouso em um cometa. Sou mais, também, sou da era do desenvolvimento exponencial da biologia e da neurociência, sou da era do homem criar uma bactéria com retalhos, montando, juntando, pedaços de DNA, ainda não é a criação de uma v

O primeiro passo para o amor

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O primeiro passo do amor é entender que o amor é imanente, posto que natural (biológico - hormonal e neuronal), que é pessoal, posto que dependa de vontade, foco, construção, doação e esforço de mim mesmo, e social no sentido de que amar é se dar, é se entregar, é ser uno com os outros, é nos ver nos outros e perceber os outros em nós mesmos, é ser humanitário, abnegado, desprendido, compromissado, responsável, empático e respeitoso.

Não temas

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Não temas os mortos, o escuro, nem as afrontas ou ofensas, tema apenas os vivos. Os mortos nada mais são para nos fazer qualquer mal, o escuro por si só nada, absolutamente nada, de mal é, e as afrontas e ofensas são palavras vazias, jogadas ao vento, sem efeito para os que nelas não creem.

Verdade

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É inverdade a verdade daquele que se diz conhecedor de toda a verdade. Não pode ser verdadeiro, pois que em verdade, a verdade, total e absoluta, talvez jamais seja conhecida. Como nunca teremos acesso de forma objetiva a toda a realidade, assim ela, ou elas, a realidade e a verdade, sempre estarão parcialmente escondidas, sempre haverá espaço para dúvidas. Isto não quer dizer que nada sabemos, apenas quer dizer que nunca poderemos afirmar conhecer tudo a respeito de algo. Isto também não quer dizer que a verdade, todas elas, não existem. Elas existem sim, isto só quer dizer que nunca saberemos se chegamos a profundeza maior de alguma verdade, ou de alguma realidade, ou se não continuamos apenas nadando em suas superfícies, ou quando muito, nadando em mergulhos rasos.

Se não sou o que de mim esperam

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Se não sou o que de mim esperam, busco ser o que devo ser, sendo o que possa ser. Importa-me muito menos o que de mim esperam, e sim o que eu de mim mesmo espero, e o que entendo que a sociedade como um todo precise.

A multidão

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A multidão do que sou se perde em unicidade na mesmice da multidão que todos são. Para que viver se nada sou de diferente, se me diluo na inalterabilidade que o sistema me induz. Encontrar eu mesmo é premente, sabendo que o eu único só é possível mediante a beligerância e constante cabo de guerra entre todos que me compõe, uma vez que mesmo o livre arbítrio não passa de uma maquiagem travessa de nosso cérebro, que recebendo as noticias prontas de nosso inconsciente as faz parecer nosso desejo, vontade e capacidade consciente.

Em plena tormenta

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Em plena tormenta, quando o mundo caminha de pernas para o ar, surge a oportunidade, em pleno mundo real, de insurgir-se contra tudo aquilo que aqui está. Em prol da mãe natureza e dos irmãos em espécie, podemos transformar a nós próprios pela ousadia de nos expormos na transformação social de nossa sociedade. O espelhamento do reflexo espelhado sobre nós mesmos, ainda assim nos reflete, pois que refletir não transforma, pode até distorcer, alterar as proporções, ou cores entre outras características, mas no fundo todo o reflexo espelhado, por mais refletido e espelhado que seja, ainda carrega a imagem original.

Duas perguntas

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Existem infinitas perguntas a serem feitas, mas entendo que existe “A” pergunta, aquela pergunta que todos gostaríamos de ter a resposta: Porque existe algo ao invés de somente o nada existir? Desta pergunta, ainda focando no surgimento do que existe e do que somos surgem várias outras, como: Como isto tudo existe? Porque existimos? Estamos sozinhos neste universo? Dando um ar mais filosófico ainda, gostaríamos de saber exatamente: O que significa existirmos?

Isto me diz algumas coisas

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O mundo parece cada vez menor, mas podemos perceber que está coberto de religiões e seitas. Cada país possui uma ou algumas como as mais populosas. Isso me diz algumas coisas. Que estamos mentalmente dispostos para crer e aceitar alguma religião e somos suscetíveis para gostar de pertencer a uma delas. Além de estarmos mentalmente adaptados para termos algum sentido de religiosidade, certo ou errado, não nos basta, a maioria de nós, ser meramente religioso, gostamos de pertencer a uma religião ou seita.

Conexão

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O absolutismo monárquico, perdido pelos séculos passados está sendo capturado sobre outra forma pelo arco íris que decompõe nosso ser. O absolutismo da ditadura da maioria, cada vez mais, falaciosamente, nos induz como verdadeira democracia,  e acaba por nos fazer crer que a maioria pode, e para muitos deve, decidir, mandar, direcionar, independente dos direitos e deveres de toda e qualquer minoria, manchando do que chamo de prepotência da maioria, nossa sociedade, múltipla, complexa, e plural. Isto vale para qualquer tom político, tanto de direita quanto de esquerda. Liberdade consciente e igualdade deveriam ser o lema de qualquer estado socialmente democrático. Uma democracia é um estado em que a maioria governa, mas que defende com unhas e dentes os direitos das minorias, que não abre mão do respeito a todos, e que assim impõem-se compromissar-se e garantir direitos e deveres a toda a sociedade, alicerçando uma condição de liberdade responsável e de uma busca de igualdade ent

Muitas vezes

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Muitas vezes quando quero o que queremos acabo por querer o que os outros querem, e não o que deveria querer.

Busca da felicidade

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Perguntaram-me se eu era feliz por ser ateu. ???!!!??  Na hora fiquei meio que paralisado, não porque não tinha resposta, porem pela tentativa de não ser grosseiro e acabar melindrando ou mesmo ofendendo o questionador. Acabei devolvendo em forma de outra pergunta: Por que eu deveria ser feliz, ou mesmo mais feliz, por ser ateu?

Não sem razão

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Não sem razão, existem muitos que se acham com razão, mesmo agindo irracionalmente, pois que da razão verdadeiramente nada, ou quase nada, racionalmente sabem. No uso irracional da razão, agem conforme lhes interessem, confundem indução com dedução, confundem desejo com verdades, confundem fé com saber, confundem querer com se expor tentando fazer, confundem ideal com real, confundem subjetivo com objetivo, confundem a subjetividade do que são e do como percebem o mundo com a realidade do que são e do que a realidade é, confundem pensar com livre pensar, confundem esperança com possibilidade, confundem as interpretações da verdade com a verdade em si, confundem revelação com conhecimento, confundem criticar com análise crítica, confundem o que gostariam de ser com o que realmente são, confundem tecnologia com ciência, confundem enfim intuição com razão.