Poder e manipulação
O título já diz tudo ou quase tudo sobre o assunto. O poder, os poderes, direta ou indiretamente, manipulam, e manipulam exatamente porque não querem perder o poder, desejando perpetuá-lo garantindo maior uniformidade sobre uma cada vez maior e mais domesticada massa de manobra. O poder econômico (financeiro, do capital) compra, corrompe, movimenta mundos e fundos, as mídias e mesmo os outros poderes, nas engrenagens da manipulação, da justificativa e do convencimento de que não há manipulação alguma, e que o que “acabam” tentando definir como manipulação é algo natural, de que os seus interesses são justos, “naturais”, e dignos, e desta forma, os poderes vendem insistentemente que suas ações são sim simples, natural e justa apresentação de “melhores” caminhos para todos, e que “tudo” é pelo bem e pelo interesse e vontade da maioria, que o próprio poder manipula. O poder político, induz, respalda, e de forma legal cria um arcabouço jurídico que justifica, defende, e perpetua a capacidade de ação do poder e garante assim o seu poder de manipulação. O poder religioso domestica, garantindo e dando um ar de vontade divina, para que como cordeiros aceitemos a manipulação dos demais poderes, e mais ainda, aceitemos aquelas doutrinas que justificam seus próprios interesses de participar, de integrar, e de dividir com sigo, os poderes e interesses econômicos, políticos e da informação. O poder da força bruta manipula pelo medo, pela repressão, e pela capacidade de claramente assustar e mostrar que o padrão de manipulação deve ser aceito e interiorizado como algo normal e acima de quaisquer rejeições. O poder do domínio da informação é o mais falaciosamente democrático e neutro, mas em verdade é aquele que junto com o poder religioso, seduzem, manipulam, distorcem, omitem, inventam, catequisam, e massificam, seus interesses, e são assim agentes poderosíssimos na manipulação, na doutrinação, e na perpetuação do aceite desta mesma manipulação como sendo algo de bom, algo que em verdade não existe, algo justo, e algo que abraça o interesse maior de todos, quando em verdade apenas enganam, confundem e disfarçam a defesa feroz de seus interesses e da manipulação que os demais poderes impetram sobre não pensante população, provendo uma aura de interesse social, coletivo, e por um bem maior de todos, buscando fazer parecer que privilégios são merecimentos, e que todos sejam dobrados por uma violência simbólica, evitando o uso direto da violência física.
Os poderes como um todo, e aí infelizmente incluída a educação de massas, não têm nenhum interesse em permitir a formação de seres críticos e pensantes, livres pensadores, segundo eles, o poder, a virtude de pensar deve ser apenas de uma pequena elite, pois que eles são plenamente capazes de saber o que é melhor para todos, aquela mesma elite que movimenta os poderes, ou que deles, de forma simbiótica, faz uso fruto. O que interessa aos poderosos, aos donos e partícipes do poder, é uma massa de fazedores, executores, subalternos, e nunca de críticos pensantes, o poder deseja uma massa de crentes prontos a aceitar e interiorizar como suas as manipulações, as doutrinações, as direções, e as ordens a serem obedecidas e seguidas, sem maiores reflexões e nenhuma crítica, e o que é pior, na certeza equivocada e ilusória de que é a própria massa de manobra que assim quer. Aqueles que ousam ser diferentes, que por alguma razão escaparam da domesticação, da doutrinação de massa, da manipulação, são logo e imediatamente rotulados como diferentes, como perigosos, como revoltados ou revolucionários, como desagregadores, quando na verdade a maioria absoluta destes são apenas libertários, em seu sentido mais amplo e social possível, são apenas seres humanos lutando pela defesa da dignidade humana de cada um poder ser um crítico, pensante, corresponsável, livre, liberto, responsável por si, e responsável pela defesa de que socialmente todos possam também ser livres, incluídos, iguais, e humanamente plenos, dignos de sermos todos seres humanos.
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Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.
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