VERDADE - uma pequena variação sobre o texto anterior
Ouso dizer que a verdade é sempre, em última análise, objetiva, única, e entendo que a certeza que podemos ter sobre as verdades, ou os critérios de verdade que nos possibilitariam certezas, é que são subjetivos, inerentes a cada sujeito.
A complicação cresce uma vez que muitos de nós nos utilizamos de certezas “intelectuais”, muitas vezes mal construídas, como critérios absolutos de verdade. Intelectualmente acabamos movidos por induções e intuições naturais, ancoragens e interesses, conceitos e preconceitos, entre outros, e muitas vezes acabamos aceitando o bom senso como único e verdadeiro critério racional, o senso comum como padrão de certeza da verdade, a maioria como fator de validação da verdade, como Descartes de alguma forma defendia (em especial quanto as induções e intuições), pessoalmente discordo radicalmente desta leitura. Para mim, o bom senso, o senso comum, a maioria, estão muito ligados a princípios culturais, a interesses, doutrinações e catequeses, e por isto mesmo eles variam de pessoa a pessoa, de localização para localização, de tempo para tempo e de sociedade para sociedade.
O bom senso, o senso comum, e a maioria, puros e aplicados, para mim, não podem substituir a crítica racional ou melhor a racionalidade crítica, uma vez que até mesmo a racionalidade pura é também incompleta para nos ajudar a responder se nossas certezas são verdadeiras ou mesmo certas. Quando findam as ferramentas racionais, devemos abrir a caixa de ferramentas de um estado honesto, crítico, analítico, lógico... Costumo defender que certezas para assuntos complexos e profundos tendem a ser de difícil ou mesmo impossível defesa, até mesmo frente a nossa finitude mental, ao nosso imperfeito cérebro/mente, e relacionados sensores. Podemos ter certezas sobre um grau limitado de profundidade e escopo, mas para escopos cujas demarcações se tornam amplas demais ou mergulham muito mais profundamente do que certa camada superficial dos fenômenos, nossas certezas se tornam cada vez mais incompletas e cada vez mais próximas de aproximações do que de certezas absolutas.
Este estado mental e social só se complica ainda mais quando necessariamente incluímos o sujeito moral nos dizendo o que entende como certo e como errado, quando não em referência ao fato ou ao fenômeno em si, ou mesmo não quanto a sua análise direta, mas sim quanto aos efeitos e abrangências objetivas ou não, sempre subjetivamente percebida deste fato sobre uma desejável dignidade Social e Humana.
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Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.
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