Um pouco de mim 8 - Coletânea de microtextos publicados inicialmente por mim nas redes
A curiosidade é para todos, deve ser motivada e valorada, desde cedo, em todos, e aliada a algum ceticismo, a um estado crítico de ser e pensar, a um compromisso honesto e sincero com a busca da verdade, e sustentada por uma vontade liberta de livre pensar, são armas poderosas para a construção de um conhecimento natural e para a desconstrução de doutrinações, catequeses, simples autoridades do saber, meras revelações...
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O sistema acaba tendo a capacidade de nivelar boa parte da população como "superficialmente" atuante, que se auto engana, e que assim ajuda a enganar a outros, como que em ondas recursivas e sucessivas, conformizando e padronizando-os como seres pouco ou nada pensantes, ou melhor, pouco ou nada, livres, críticos, desconforme e curiosos pensadores, fazendo-os crer que o que aceitam, concordam e reverberam é fruto de seu livre, crítico e profundo pensar, justificando e sendo justificado por sua enganosa forma de se ver liberto e até mesmo libertário. O próprio sistema já se encarrega de oferecer seus pensadores de prateleira, e sua forma massificante de distribuir tais "pensamentos", e exatamente aos moldes do consumismo de bens e de serviços, necessidade esta também doutrinada direta e indiretamente pelo mesmo sistema, o consumismo das ideias, dos conceitos que interessam ao sistema, são fortemente induzidos e até mesmo doutrinados, pelos pensadores de plantão deste sistema, reverberados de forma maciça por todas as mídias e instituições religiosas ou não, que possuem fortes laços ideológicos e interesses financeiros, que acabam por tudo fazerem para induzir ou doutrinar a que não se pense, ou que se pense que no fundo se aceita que se foi pensado o que se aceita, a que não se racionalize, não se revolte, não se "perca" tempo observando, questionando e criticando, pois que sábios, intelectuais, especialistas e "autoridades" "construídas" pelo sistema já o fizeram por nós e para o nosso bem, desta forma bastando que nos enquadremos e aceitemos, bastando portanto que sejamos, individual e coletivamente, conforme ao que se espera de cada um, e que aceitemos continuar consumindo, produzindo, repetindo, sendo conforme e etc...
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“A verdade te libertará”. Sinceramente não sei se a verdade, sozinha, desprovida de outras características de viver, de ser e de pensar garantirá e dará suporte a um estado libertário de ser, mas uma coisa eu acredito, a verdade é parte ativa, necessária e essencial da liberdade de ser e estar, entretanto, a verdade pode inicialmente machucar, pode te enfurecer, pode frustrar, pode e com certeza destruirá algumas de suas crenças, e poderá te despir de coisas que te são inicial e aparentemente importantes, e até mesmo pode te colocar frente a frente com outro você. A busca sincera da verdade, envolta de franca curiosidade, aliada a um estado crítico de livre pensar, a uma condição honesta de se ver a si mesmo, e a um comportamento social e naturalmente humano é algo por si só libertador...
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Não existe acordo digno e consensual quando o desnível de forças é grande, agravado ainda mais quando os interesses dos que detêm o poder, a força e o capital falam mais alto, caberá aos mais fracos “negociar” acordos de mera aceitação e submissão, e aos muito mais fracos sobrará apenas acordos de maior servilismo, obediência e exploração, nunca acordos...
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Uma vida sem a força do viver, não é uma vida, é apenas uma ida... para o único, eterno e absoluto morrer...
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Todos valorizamos o “fair play” nos esportes, entretanto muitos de nós nos esquecemos do “fair play” na vida, tanto nos relacionamentos pessoais, como sociais, profissionais e comerciais...
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A natureza do mundo físico, é que ele é natural, que suporta direta ou indiretamente toda a realidade possível, que é ele o todo, o tudo, e que nós dentro dele, somos um quase nada, apenas de passagem, mas não para outro lugar, apenas para nosso destino final, o nada absoluto que já fomos, só que desta vez, para toda a eternidade, seja lá isso exatamente o que for.
A natureza do mundo físico, é que ele é real, nunca ideal, é que ele não é o que gostaríamos que fosse, ou o que acreditamos que devesse ser, ele é o que é, físico, real e caótico, não por falta de lógica ou mesmo regras próprias, mas sim caótico por nossa incapacidade, limitação e imprecisão em percebê-lo, e interpretá-lo subjetivamente.
A natureza do mundo físico, não é concebida nem por nós nem para nós, somos um acidente natural de percurso. O mundo físico é muito mais complexo, instigante, misterioso e dinâmico do que podemos sequer o pensar. Sendo ele físico, é imanente, natural, real, químico, biológico, mental, social e universal...
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Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.
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