O amor
O Amor não busca, quando muito se completa. O amor se doa,
por amor se entrega e na entrega se ama mais ainda. O Amor não troca, mas se
troca por amor. O Amor não é paixão, mas como é belo, gracioso, real e forte,
um amor apaixonado. O amor não procura, mas no amor se acha, até aquilo que
nunca se procurou. O amor, como sentimento subjetivo, em si só não constrói,
mas como somos capazes de construir no amor. O amor não é mágico, não é
idealista, não é místico ou poderoso, mas amando destruímos barreiras,
reconstruímos a nós mesmos, ajudamos a reconstruir os outros e a realidade
deste mundo. O amor é subjetivo, não tem valores em si mesmo, mas como são
reais a ação e o comportamento de uma mente que consegue amar e ser racional,
amar e manter uma crítica sincera, amar e ser agente de transformação deste mundo.
O amor só tem valores para aqueles que valorizam o amor racional. O amor não
caça, não busca nenhuma presa, o amor une, aconchega e transforma. O amor não é
fácil, mas com compromisso, doação, entrega, coragem e esforço, podemos fazer
da construção de nosso amor, um marco não para nós mesmos, mas um marco de
comprometimento pelo engrandecimento humano, de todos os humanos, mas também de
toda natureza, de tudo que seja natural, pois que somos também natureza, e
naturais.
O amor não salva, o amor não defende, o amor não é ferramenta,
arma ou justificativa, o amor é somente um estado de ser, de sentir, e de
estar, o amor se basta a si próprio, sem se bastar em nós mesmos, o amor só é
amor nos outros, em nós próprios é mera vaidade. O amor não é fenômeno, talvez
seja mecanismo, mas sempre é uma experimentação que reluz em si mesmo e pelos
outros, que sempre brilha com os outros e para os outros.
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