Aos que defendem que a inquisição não teria sido uma atrocidade desumana

Aos que defendem que a inquisição não teria sido uma atrocidade desumana, e irresponsável baseada em puro fanatismo e defesa fundamentalista de uma fé cega e nada racional, vou me utilizar de números colocados por historiadores cristãos, por isto mesmo, por si só cobertos de certo interesse, mas eles por si só já são bastante tenebrosos, em especial por uma entidade que sempre foi de comportamento duvidoso. 
Muitos se batem no pequeno número de condenações formais a morte: 893, Oitocentas e noventa e três vidas foram ceifadas por uma igreja em nome da defesa pelo medo, de uma fé nada racional, baseada em mero fundamentalismo, e defesa de interesses próprio (fora muitos que morreram sem direito a julgamento, ou mesmo durante as atrocidades do julgamento, ou mesmo como por algo do tipo de milícias de defesa da fé). Bastaria uma única morte, lembremos do Giordano Bruno (que mal ele fez?), se até mesmo acreditava em um deus, mas não era um deus aderente a fé católica, e foi por isto queimado vivo, sem não antes, cada um destes 893 assassinados desumanamente, sofrerem os horrores de um julgamento sujo, distorcido, e a base de sofrimento, torturas, fome e abandono, para obter confissões (cabe lembrar do fim trágico dos cavaleiros templários apenas como exemplo de uso enquanto interessa, cabe comentar que não defendo eles não). 


De forma rápida, oficialmente segundo aqueles mesmos historiadores, tiveram vez 169.674 processos, envolvendo bruxas e ofensas a fé, foram 169.674 pessoas que sofreram, famílias que foram colocadas em sofrimento, cento e sessenta e nove mil, seiscentos e setenta e quatro pessoas que sofreram torturas, fome, foram largadas a dor, a doenças, e boa parte delas, não resistindo, como o próprio Galileu, acabaram se retratando, mas não sem antes muito sofrimento.

Isso é defesa de que? Em que contexto a inquisição não foi um terror irresponsável, não foi desumanamente massacrante, fora o medo que levou muitas e muitas pessoas a não professarem suas reais descrenças ou crenças diferentes, simplesmente pelo medo de serem pegas, e outras que conseguiram fugir, como Espinosa. Cabe lembrar que estes números são apenas no período oficial da inquisição, mas que desde Constantino e por muitos papas, várias sentenças de morte foram oficialmente aprovadas em nome da defesa do catolicismo, ou de seus dogmas e suas “verdades”.

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