Memória de longo prazo e pressão seletiva
A memória de longo prazo pode ter ganhado força de seleção, não necessariamente pelo que podemos nos lembrar do passado, que por si só é interessante, mas me parece muito pouco para, por si só, alavancar uma pressão seletiva, entretanto, para o que podemos nos “lembrar” do futuro e do presente, me parece aí sim ser importante. Por favor, ainda não estou totalmente louco, deixe-me tentar esclarecer. A memória do passado, nossas experiências, o que deu certo, o que deu errado, quem nos ajudou, quem atrapalhou, quem pareceu confiável quem pareceu não valer confiança, o que nos deu prazer, o que nos deu alguma dor física ou mental, cada evento do passado, passam a ganhar muita força e importância quando os temos como ferramenta e parâmetros para análise, simulação, projeção e planejamentos estratégicos e logísticos para o presente e para o futuro, para nossas alianças, para nossas defesas e etc. Assim, entendo eu, que a memória de longo prazo passa a ter muito valor quando passamos a aprender a negociar, a planejar, a “prever”, a simular, e a antecipar, o que pode acontecer, o que devo fazer e o que devo evitar. Assim como alguns outros pesquisadores, muito mais brilhantes do que eu, entendo que a memória é importante para nos ajudar a “lembrar” do futuro, simulando este futuro, como algo que já aconteceu, baseado exatamente em nossas memórias do que já aconteceu. A memória, a capacidade de simulação, de planejamento e de negociação, pode até parecer não estar diretamente relacionada a deixar descendentes, mas se eu for mais “bem-sucedido” estrategicamente agora ou no futuro, meus genes terão assim maior probabilidade de se perpetuarem em alguns descendentes.
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