Kepler e o fim das esferas celestes

Depois de Copérnico, veio Tycho Brahe, e daí o Kepler (Johannes Kepler). Kepler chega ainda com os mesmos conceitos e preconceitos antigos de órbita circular, entre outros. Mas Kepler tinha algo de maravilhoso nas mãos, medidas efetuadas por Tycho, dados de qualidade suficiente para um estudo meticuloso. 
E assim: 
“Em algum momento, Kepler se convenceu de que a tarefa de ajustar os dados ao conceito antigo era inexequível, e que precisava abandonar o pressuposto, comum a Platão, Aristóteles, Ptolomeu, Copérnico e Tycho, de que os planetas giram em órbitas circulares. Ele concluiu que as órbitas planetárias têm formato oval. Finalmente no capitulo 58 (de um total de setenta) da “Astronomia nova”, Kepler deixou isso claro. Naquilo que depois veio a ser conhecido como a PRIMEIRA LEI DE KEPLER, ele concluiu que os planetas (inclusive a Terra) se movem em elipses, com o Sol num foco e não no centro. Steven Weinberg".


Juntamente com esta nova perspectiva, Kepler acabou com outro preconceito antigo, o de que planetas e estrelas estavam presos a esferas celestes que estas é que se movimentavam e levavam consigo os corpos celestes. Como em uma elipse não existe nenhum corpo físico capaz de se mover e criar a forma de uma elipse, cada corpo celeste tinha assim que se movimentar sozinho. Com isto ele pôde chegar, inicialmente de forma imperfeita e mais claramente formulada em 1621, no que passou a ser conhecida como a SEGUNDA LEI DE KEPLER. Explicando como a velocidade de um planeta muda enquanto o planeta gira em sua órbita. Ela afirma que o planeta percorre AREAS iguais em tempos iguais, assim realiza uma maior velocidade quando está próximo ao sol e uma menor velocidade quando está afastado do sol. Kepler percebe então que os planetas são de alguma forma movimentados por alguma força desconhecida que provem do sol. Mas isto só foi possível graças a qualidade dos dados, das medições de Tycho, dando de vez início a nova ciência baseada em medições e não somente em observações, acabando com único exercício de pensar e introduzindo junto ao pensar o ato de medir. E pondo fim ao “auto evidente” para o mensurável, experimentável, modelado matematicamente, e a nova ciência ganhava corpo e vida própria....

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