Os extremófilos poderão garantir a continuidade da vida Série Curiosidades 7
Talvez sejam os extremófilos, aquilo que garantirá o não fim da vida, em casos de cataclismos naturais.
Extremófilos! O que são extremófilos? De forma bem simples, são seres vivos, biológicos, que são capazes de viver e sobreviver, em ambientes extremos, até mesmo extremamente hostis a vida comum (me perdoem o comum, mas apenas para diferenciar da vida destes extremófilos... "comum" seria a vida regular, a vida como a conhecemos no dia a dia), que são capazes de sobreviver em ambientes onde jamais se imaginou ser possível haver vida. Existem muitos tipos (variações) de extremófilos, cada um muito bem adaptado ao seu nicho ecológico, nichos estes que eram inimagináveis de permitir algum suporte à vida. Existem extremófilos vivendo em ambientes de temperaturas muito quente, em ambientes ácidos, em ambientes muito frio, em ambientes sem luz solar alguma, em ambientes tóxicos, em ambientes com PHs extremos, em ambientes metálicos, em ambientes com pressões atmosféricas absurdas, sendo até capazes de se recomporem, mesmo depois de terem recebido forte doses de radiação, e por aí vai. Antes de termos descoberto como a vida é prolixa, e como ela nos surpreende aproveitando nichos que nos pareciam impossíveis para a vida, como ela ali se adapta, e vive “feliz”, acreditávamos que a vida para sobreviver em planetas, precisava que estes planetas estivessem posicionados, em relação ao seu sol, em uma área que era chamada de “zona habitável”, ao redor de sua estrela mãe. Esta área não poderia ser muito próxima a estrela, pois que o calor não permitiria vida, e não poderia ser muito distante, pois que o frio e a falta de potência luminosa não possibilitariam também a vida. Assim o planeta deveria orbitar a estrela a uma distância relativa, como a nossa terra em relação ao nosso querido sol. Hoje, conhecendo os extremófilos, esta restrição perde muito de seu argumento, podendo ser que a vida possa estar presente em ambientes hostis a vida comum que cada um de nós conhece. Ela, a vida, pode assim estar presente em cometas, em planetoides, e até mesmo em planetas desgarrados de sua estrela. É de se esperar que nestes nichos, a vida possa existir, evoluir, mas que talvez ela não chegue a ser tão complexa, a ponto de comportar vida inteligente, mas até isto pode ser uma mentira, frente a capacidade adaptativa e criativa que a essência da vida tem nos mostrado, e pode nos estar escondendo ainda muito mais.
Encerrando este post, gostaria de falar que graças a estes maravilhosos e mesmo surpreendentes extremófilos, a vida poderia ser “perpetrada”, mesmo que um cataclismo natural, de enormes consequências ocorresse, e colocasse um fim a vida menos resistente. Eventos como um super impacto de asteroide ou cometa, uma guerra nuclear de grandes proporções, uma sucessão de enormes erupções vulcânicas, e etc., podem não significar o fim da vida. Como os extremófilos sobrevivem em nichos hostis, e muitos deles em locais com razoável proteção, como em leitos ultra profundos do oceano, estes seres poderiam sobreviver, e pela força natural do processo evolutivo, voltarem a repovoar nosso planeta. Mesmo que nosso planeta se desgarrasse da órbita solar, e fosse arremessado para o espaço interestelar, alguns destes extremófilos poderiam continuar a viver, pois que não necessitando de luz solar alguma, vivendo a pressões atmosféricas absurdas, continuariam a viver no leito profundo do oceano, beirando as chaminés naturais de gazes e calor que o vulcanismo natural mantem nas profundezas de nossos oceanos (chaminés estas que pela força do vulcanismo manteria uma porção de água em estado líquido). A vida é realmente incrível, uma vez que tenha surgido, ela tem se mostrado praticamente imbatível, pelo simples, mas poderoso processo natural de variação por erro de cópia, especialização, adaptação e seleção, que tem o nome de evolução. Pode ser que no início de formação de nosso planeta, a vida possa ter se mantido por variações mais simples destes extremófilos. Naquela época o volume de impactos extremamente potentes eram coisas comum, corriqueiras, além da exacerbada ação do vulcanismo, assim a vida pode ter sido praticamente destruída mais de uma vez, e ou recomeçou do zero (se o surgimento da vida for algo mais comum do que muitos pensam), ou se manteve graças a variações destes extremófilos, ou mesmo por variações destas duas causas, ao mesmo tempo, ou em tempos separados.
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