Rumo a mim mesmo me descubro, muitas vezes, compromissado com o que não vale esforço algum
Rumo a mim mesmo, me perco por caminhos que desconheço, me atolo em terrenos arenosos do que sou, e no fundo descubro certo temor do que possa encontrar desta busca de mim mesmo. A ignorância, nestes casos, acaba por parecer uma espécie de dádiva, pois que me exime de assumir primeiramente que não sei realmente quem sou, e em segundo lugar, de perceber o quanto inconsciente em verdade sou, e mesmo da parte mental que poderia ser tornada consciente, saber que sou muito pouco aderente ao que deveria humana e socialmente ser. Do ponto de vista da irresponsabilidade (aquilo que deveria me incomodar, que jamais deveria permitir me vencer), é muito mais fácil pensar que é melhor continuar assim, alienado de mim mesmo, iludido de que tenho controle total sobre mim e sobre os seres que me compõem, e descompromissado com a busca do que sou e da transformação deste ser em um ser que possa minimamente ser chamado humano, mas como alguém que busca sua humanidade, luto contra a irresponsabilidade. Ser irresponsável é triste para a sociedade, triste para mim mesmo, pois que tendo uma única e breve vida, deveria me responsabilizar por me conhecer e por transformar o que sou, como mola mestra de uma transformação maior, a da própria sociedade. Infelizmente, várias vezes, certa arrogância, que reside disfarçadamente em meu ser, me faz acreditar que já sei muito, distorce a imagem que percebo de mim mesmo, como se no geral já fosse eu pleno de humanidade, e por fim me leva a comportamentos que pouco podem somar, ou transformar o que aqui já está, me fazendo muitas vezes comprometido apenas com interesses que tento maquiar como sociais e humanos.
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Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.
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