A voz
A voz do poeta fala pelo coração, a voz do racional fala pela razão, mas a voz do verdadeiro ser humano fala pela razão sem abrir mão do coração, fala analiticamente sem abrir mão do sentimental, fala criticamente sem esquecer-se da emoção. A voz do ser humano fala por si mesmo sem esquecer de falar pelo irmão. A voz do verdadeiro ser humano não se cala frente a mesmice, ao tradicional, ou ao dogmático, não se dobra aos interesses desumanos, não tem medo de ser transformadora, não se omite à necessidade de revolucionar o social, não teme a exposição maliciosa dos preconceituosos, dos poderosos ou dos reacionários, não se cala por medo ou vergonha, não se esconde na multidão pela fraqueza de espírito mental e humano, ou pela desumanidade que possa carregar. A voz do ser que podemos chamar de humano reverbera na mente e no coração, reverbera no meu, no nosso e no deles, reverbera na paz e na felicidade digna, reverbera enfim no altruísmo, na sensibilidade, na renúncia do individual pelo engrandecimento do coletivo e do social, reverbera num amor que busca ser consciente.
A voz do ser humano há de ser reflexo de seus atos, de seus exemplos de vida e de sua luta pelo viver.
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