Cem anos da teoria geral da relatividade
Em 25 de novembro de 1915, cerca de dez anos após a publicação da teoria especial (ou restrita) da relatividade, Einstein publicava a Teoria Geral da Relatividade. É sempre bom reforçar duas coisas, a primeira que o “termo-nome” “relatividade” não foi cunhado por Einstein, que nunca gostou deste nome, pois o mesmo permite uma interpretação errônea da teoria, e ajuda a falaciosa defesa de que tudo seja relativo (Einstein tinha o pé muito mais fincado no realismo para aceitar a relatividade de tudo). Einstein defendia o nome como “Teoria da Invariância”, entretanto o termo relatividade acabou ganhando a força da mídia. Foi Planck quem inicialmente se referenciou a teoria como da relatividade. Em verdade, contrariando a interpretação popular, a teoria especial da relatividade nunca afirmou que tudo era relativo (afirmava que algumas coisas que o mundo via como absolutas, como o tempo e o espaço, eram relativas, enquanto outras coisas que o mundo entendia como relativas, eram na verdade absolutas, como o exemplo da velocidade da luz e o objeto espaço-tempo (que era algo novo).
Poderíamos a bem de um breve resumo, identificar quatro itens que bem sintetizam a teoria especial da relatividade: A velocidade da luz (eletromagnetismo) é sempre uma constante, independente do observador. O tempo “para de correr” quando atingida a velocidade da luz. Qualquer corpo massivo, por menor que seja, na velocidade da luz possui massa infinita. E finalmente a não menos famosa E=MC2.
A teoria afirma que para quaisquer sistemas referenciais a velocidade da luz é uma constante, e é o limite para “viagens” pelo espaço, e os fótons (ou ondas eletromagnéticas – LUZ) atingem esta velocidade pois que são desprovidos de massa. Antes desta teoria, no mundo Newtoniano, afirmava-se que era possível determinar a simultaneidade de dois ou mais eventos, porque se via o tempo como algo absoluto, como se existisse um relógio universal medindo o tempo em todo e qualquer lugar ou recanto de nosso universo. Depois da Relatividade, este conceito teve que ser descartado pois criava um paradoxo com a velocidade constante da luz, absoluta, em quaisquer situações. Einstein lança o conceito de que nenhum observador pode ou deva ser privilegiado em relação a outro qualquer para referenciar o “tempo”, o quando algo aconteceu, sendo assim relativo o conceito independente de tempo e de espaço. Desta forma, dois eventos podem ser simultâneos em um referencial arbitrariamente escolhido, e podem ser totalmente não simultâneos em outro sistema de referência, desta forma não existe um relógio universal, como não existe também uma régua universal. Neste texto, sempre que me refiro a luz, estou falando de uma porção visível a olho nu (humano) de uma faixa (de um espectro) da radiação eletromagnética (que inclui desde ondas de rádio, radar, o infravermelho, o ultravioleta, raios gama, micro-ondas e outros mais). Se a invariância era a chave da teoria especial (ou restrita) da relatividade, a equivalência era a chave da teoria geral da relatividade, Gravidade e Aceleração são equivalentes.
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