Contestador

Ninguém precisa ser contestador, mas entendo que todos deveríamos ter um que de contestador e de revoltado, não pelo que somos ou não somos, não pelo que temos ou não temos, mas contestador pelo social, pelo universal, revoltado pela dor de muitos milhões de irmãos por este mundo a fora. Agora existe algo sutil que devemos saber quanto a ser contestador. Ser contestador não é algo que devemos fazer, ser contestador é algo que devemos ser, devemos sentir, e devemos viver, não obstante tenhamos muito a fazer para o ser, e o sendo, continuaremos fazendo, não pela contestação em si, ou pelo bem do contestador, mas sim pelo natural e pelo social, pois que não basta ser sem fazer, não basta ter sem dar, não basta falar sem se transformar, para ser é assim necessário fazer, e fazendo, cada vez mais somos.


Aquele que não contesta aceita e é conivente, por isto quando nos calamos merecemos a sociedade que ajudamos a dar sustentação. Se me calo, se me omito, por que deveria eu ficar murmurando que a sociedade é uma droga, que o mundo é desumano? Se nos calamos, por qualquer motivo, do pavor de se expor a conivência aberta por interesses, somos direta ou indiretamente responsáveis pelo que aqui está. 

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