Universalidade dos princípios naturais
Em física, o conceito de universalidade é aplicado com sucesso, diferentemente de nossa relação complexa e um tanto “mesquinha”, com a realidade social que nos cerca. Um exemplo clássico, e com certa antiguidade, mas que creio eu ajude a bem mostrar isto, foi quando a decomposição espectral da luz deixou de ser aplicada unicamente em laboratórios, na análise espectral dos elementos químicos, e foi “apontada” diretamente para o sol, na decomposição espectral de sua luz, e as mesmas “assinaturas” desta decomposição, apareceram referente aos elementos básicos encontrados na terra, sendo percebido assim que o nosso sol, aquele gigante (em relação a terra) pela decomposição espectral de sua luz, mesmo com enormes diferenças de temperatura, volume, massa, e localização, continha os mesmos elementos básicos encontrados aqui na terra, como: hidrogênio, carbono, oxigênio, nitrogênio, cálcio, e assim por diante. Cabe comentar algo que entendi como fantástico, em especial para a época, que foi a “descoberta”, naquela análise espectral das “assinaturas” da luz do sol, de uma assinatura em especial que revelava um elemento químico que não era conhecido como existente (até aquele momento) aqui na terra. Em homenagem ao próprio sol, esta “nova” assinatura, deu a este elemento o nome derivado de “hélios” (o sol). Este elemento, que somente a posterior foi descoberto em laboratórios, era o famoso hélio, e assim se tornou o primeiro elemento, da tabela periódica dos químicos, a ser descoberto inicialmente fora da terra.
Já sem tanta surpresa, a decomposição espectral da luz de todas as estrelas, dava força ao conceito de universalidade, pois que todas tinham traços de assinaturas de elementos conhecidos, “as leis que descrevem o processo atômico e molecular, que cria estas assinaturas espectrais permaneceram intactas – Neil de Grass” e assim corroborando com a universalidade dos princípios e leis universais. As vezes somos “apanhados” por situações que parecem contradizer esta universalidade, mas após uma análise detalhada, séria e profunda, entendemos melhor o fato, e a universalidade tem retornado. Um exemplo deste caso foi percebido por uma “anomalia” em uma assinatura encontrada quando da análise espectral de nebulosas interestelares, onde teria aparecido o que de início foi entendido como um novo elemento que não existia em nossa tabela periódica, e assim não tinha contrapartida sobre a terra. Não seria nada demais, se este elemento pudesse ser acomodado como um novo elemento em nossa tabela periódica, mas isto não era possível, o “novo” elemento não podia ser acomodado em nossa tabela, pois que todas as posições, que se acreditavam possíveis pelo conhecimento na época da teoria atômica-molecular, já estavam preenchidos, e este elemento não se adaptava a nenhum esperado. Não havia assim nenhum “lugar” disponível para acomodar aquele elemento segundo sua assinatura espectral. Desta forma aquela assinatura apontava para um elemento misterioso que não podia ser acomodado em nossa tabela periódica. Isto não só quebrava a universalidade, como podia significar que nossa “lógica” de composição atômica poderia também estar errada. Entretanto, após análises profundas, percebeu-se que no espaço as nebulosas interestelares são tão rarefeitas que os átomos percorrem enormes distâncias sem colidirem uns com os outros, e assim os elétrons acabam por se comportarem de forma diferente, fazendo “coisas”, “dentro” dos átomos, que jamais tinham sido verificadas anteriormente. A este pseudo novo elemento, deu-se o nome de Nebúlio, mas ele era tão somente a assinatura espectral do oxigênio comum, realizando coisas diferentes. Desta forma a universalidade foi novamente restabelecida, e este conceito tem valido amplamente em física, para as leis, e também para as constantes universais, isto não significa que coisas novas ou desconhecidas podem ser descobertas (e o são), isto apenas significa que no geral as descobertas não quebram a universalidade. Isto não significa que ao longo do espaço-tempo não possam ocorrer variações contínuas, em geral mínimas, passo a passo, ou que eventos mais catastróficos como a quebra de simetria, ou uma mudança drástica de fase, não possam por a perder a universalidade atual e dar início a uma nova universalidade, que pode inclusive levar a uma completamente nova e diferente física, como aquela singularidade que deu início ao nosso universo, ou mesmo uma quebra de fase, como aquela dos primeiros momentos ultra quente e ultra condensado que após a super-expansão levou ao nosso atual estado de realidade física.
Isto não pode significar que devamos ser prepotentes a não estarmos abertos mentalmente a que algo diferente possa acontecer, mas até agora esta tem sido a posição natural.
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Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.
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