Vivemos e somos
Vivemos e somos ...
Este texto foi escrito em 25/07/1979 como o texto de número 59 visando um dia ser publicado.
Pela “máquina”
Somos consumidos
Pelo “poder”
Somos possuídos
Pela “política”
Somos dirigidos
Pelo “consumo”
Somos digeridos
Pela “força”
Somos contidos
Pela “lei”
Somos conferidos
Pela “rudeza”
Somos seguidos
Pela “incompreensão”
Somos destruídos
Pela exploração
Somos falidos
Pela “angústia”
Somos partidos
Pela “avareza”
Somos divididos
Pela “aristocracia”
Somos excluídos
Pelo” abandono”
Somos assistidos
Pelas “aparências”
Somos escondidos
Por “eles”
Somos mantidos
Pelo “mundo”
Somos demolidos
Pela “humanidade”
Somos desiludidos
Pela insensibilidade
Somos corroídos
Onde o poder, a força bruta
e a incompreensão imperar
Como pode o povo
Queremos “viver”
Queremos “amar”
Não queremos mais sofrer
Nem queremos padecer
Da falta de tolerar
Nem da exclusão experimentar
ou da dignidade humana nos ausentar
Neste mundo
De total insanidade
Vivemos alienados
E sem imaginação
Tudo nos é dito
Como devemos fazer
Do que é que adianta
Nossa capacidade de discorrer
Vivemos automatizados
Sem capacidade de reflexão
Vivemos para uns poucos
Que possuem tudo na mão
Decidem o que somos
E até o que seremos
Eles têm as cartas nas mãos
E nós o que é que temos?
Vivemos
No mundo do consumo
No mundo do querer
Guiados pelo mundo
Fascínio do poder.
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Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.
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