Quem sou eu


Texto escrito nos idos de 1978, como o de número 31, para um livro que na época almejava editar.


Quem sou eu
O que é que eu vim fazer
Serei algo real
Como é que eu vou saber

Serei um pensamento
De um pobre coitado
Ou serei o sofrimento
De um ser encabulado

Serei eu um ser real
Algo digno de viver
Ou serei um verme social
Que merece desaparecer

Posso eu um dia me transformar
Em um fruto da imaginação
Serei eu capaz de arcar
Com esta indignação

O mundo será uma miragem
Eu, um ser que jamais existiu
Quem poderá me explicar
Uma coisa que ninguém ainda concluiu


Seremos nós o sonho
De um ser a sonhar
Será que eu viverei
Quando ele acordar

Até a antimatéria
Já é uma realidade
E a existência de mundos paralelos
Será que é verdade?

A nossa existência
Parece sem definição
Mas vamos tentar
Encontrar uma solução

De onde eu vim
Para onde eu irei
É uma incógnita
É só isto que eu sei

Viemos do nada
Para o nada nos dirigiremos
Este nada pode ser o tudo
Tudo o que nós queremos

Eu vou perguntar
O que o nada quer dizer
Será ele um todo
Ou o tudo ele pode ser

Eu vou querer achar
Alguém que me saiba explicar
O que o nada quer dizer
Para então saber
Um dia distinguir
A diferença sem mentir
Entre o nada e o tudo
Sem contudo
Entrar numa de horror
Que possa me descompor
De minha realidade
Que depende de minha capacidade
... Nesta vida amargurada
Eu vou seguindo a mi nha  es  tra   da ...


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Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.

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