Somos símios “melhorados”
Somos símios (primatas) adaptados a um nicho próprio, e não símios "melhorados". Quase iniciei esta composição “dizendo” que no fundo somos símios “melhorados”. Ainda bem que, a tempo, consegui perceber que estava caindo na tentação, comum a muitos, de nos ver como “melhores”, como um ser superior, como o cume da curva evolucionária, quando isto simplesmente inexiste, quando a evolução não visa o melhor, e sim uma seleção natural que acaba por “premiar” (selecionar) uma média maior de seres mais bem adaptados a sobrevivência e a deixar maiores números de descendentes. Assim, o correto, que eu desejava no fundo dizer, era que somos símios “adaptados” a um nicho ecológico próprio.
Se hoje somos homo sapiens sapiens, ao longo dos mais de seis milhões de anos de evolução existiram diversas diferentes espécies de homo, e a apenas 30 mil anos atrás existíamos, pelo menos, em duas variedades, homo sapiens e homo neandertalense (talvez mesmo como homo floresiensis, e quem sabe outros). Somos assim, de forma simplista, variações sobre o mesmo tema de chipanzés, bonobos, gorilas, orangotangos e gibões, com diferentes variações genéticas e especializações.
Em essência, somos uma linha evolutiva contínua desde os primeiros replicadores a mais de três bilhões de anos, em que é o chipanzé o nosso primo mais próximo. Na linha dos mamíferos símios, ao longo do tempo, por erro casual de cópia, de variações, que levaram a especializações e finalmente por seleção, chegamos ao que hoje somos, homo sapiens modernos, ou homo sapiens sapiens.
Isto em nada diminui nossa importância, apenas nos dá a exata medida de que todos somos tão naturais e parentes biogenéticos, com todos os seres vivos considerados não humanos, por isto nossa importância é relativa a estarmos vivos, a existirmos, e não a nenhuma qualidade de melhor ou de mais importante.
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Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.
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