A História da colonização humana do continente americano, uma nova alternativa
A História da colonização humana do continente americano, que por algum tempo reinava com certa tranquilidade, a da ocupação das Américas iniciada pela América do Norte com uma leva de homo sapiens que teriam cruzado o estreito de Bering a cerca de 12 mil anos passados, que ficou conhecida como modelo “Clovis First”, e que tem na Luzia um dos seus marcos (Luzia foi o nome dado a um dos esqueletos encontrados que marcam esta fase, se não o esqueleto mais antigo desta fase encontrado), vem sofrendo alguns revezes, não porque este modelo esteja em si errado, já que muitas evidências corroboram ele, e que combina com uma época de glaciação (Último Máximo Glacial – UMG) que facilitava a migração a ‘pé’ de membros humanos por aquele estreito e a chegada ao continente americano, o que faz realmente crer que ela tenha ocorrido, entretanto esta migração muito provavelmente não foi o único movimento migratório de ocupação das Américas, e nem o primeiro, apesar de ainda existir concordância entre muitos pesquisadores de que os movimentos migratórios tenham ocorrido sempre vindos da Ásia e ocorridos pelo estreito de Bering, a 12 mil anos, em longas caminhadas, e muito provavelmente em épocas anteriores por via marítima. Na última década o modelo ‘Clovis First’ tem se desgastado, em especial por que já sabemos que existiam humanos na América do Sul em períodos anteriores a 12.000 anos. Evidências têm sido encontradas, como as apresentadas por Eric Boeda apontando para algumas ferramentas de pedra lascada com datação de cerca de 22 mil anos, em um sítio arqueológico no Piauí. Outras evidências, vindas do estudo das afinidades biológicas, e a partir de estudos comparativos da morfologia craniana de esqueletos encontrados no Brasil, apontam para duas “populações”, apresentando duas morfologias cranianas aparentes. Desta forma, é muito provável que tenham ocorrido pelo menos duas levas migratórias para as Américas, ou uma leva migratória constante, porém a clara diferença morfológica nos crânios, apesar de poder ter sido uma evolução local, não parece ter sido o caso, pois que a mesma evolução teria ocorrido também na Ásia, e a evolução não tende a se repetir tão facilmente, e em ciência, e em especial na biologia, quando dois modelos ou teorias tendem a apresentar o mesmo resultado, tende-se a ficar com a mais simples, no caso, a de uma única evolução na Ásia, pois que a biologia em especial tende a ser muito econômica em suas soluções. Desta forma é preciso encontrar uma teoria-modelo que seja consensual para traçarmos a história de ocupação das Américas. Existem outros modelos, como o da ocupação da América do Sul em separado, por uma leva diferente, que possa ter ocorrido por migração marítima, entre outros modelos levantados, mas para estes ainda faltam maiores evidências que os corroborem. Estudar e comprovar história é muito mais difícil, em especial ocorrida a muito tempo, e em que encontrar sítios arqueológicos bons nas Américas não é fácil, por uma característica de solo-ambiente, em especial na América do Norte e na central, tendo a América do Sul um pouco mais de “sorte”
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Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.
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