Realizar nossa humanidade é de uma complexidade absurda
Esta composição foi tornada pública em abril de 2012
Realizar a nossa humanidade não é um ato de pura lógica racional, é também, e muito, um ato biológico de uma complexidade absurda (biologia aqui não se restringe apenas a tecidos, ou reações-interações biológicas, mas também a tudo de maravilhoso que a biologia permitiu dela e por ela emergir). Entendo que cada ato ou elemento de comportamento e ação em si, possua, também, um que de lógico e causal, mas a complexidade final da essência do viver, extrapola em muito nossa capacidade lógica e mental.
Nada, absolutamente nada na realização do viver pode ser incoerente com a natureza físico, química, biológica e mental, natural e imanente a existência do todo. Assim nada pode ser aleatório no sentido de sem causa natural, ou de total improbabilidade de ocorrência. A própria evolução das espécies, em sua aleatoriedade de sequência nos erros de cópia, mesmo assim jamais foi aleatória no contexto final da seleção, e de toda forma jamais quebrou em si alguma regra lógica da física, da química ou da biologia, contudo, a complexidade do todo, o caos que não é em si aleatório, nos impossibilita de saber o amanhã evolutivo, ou mesmo social, somente quando variações aleatórias, por erro de cópia, ocorram permitindo alguma maior adaptação ao meio e um maior número de descendentes vivos, saberemos os próximos passos da evolução. (É verdade que alguns erros de cópia em si são neutros do ponto de vista de nova adaptação, mas muitas vezes a sobreposição de alguns erros de cópia neutros acabam por dar origem a uma inovação que somente foi possível pelo acumular daqueles erros neutros, e que pode levar a uma boa especialização que será assim selecionada.) Desta forma também é a nossa humanidade, que pela sua complexidade natural não nos propicia uma análise-aplicação meramente lógica, mas deve-se ter em mente que o lado humano em si, deve seguir regras naturais, lógicas ao corpo biológico de cada indivíduo, mas também ao corpo social e ao meio ambiente em que subsiste.
Somos vida, e mais do que a mera vida pessoal, ou mesmo a vida biológica, somos vida mental pois que a biologia se fez mente, e somos também vida social, pois que a mente criou naturalmente o substrato coletivo em que existimos como seres sociais, e por si só a vida é um exemplo de complexidade adquirida, esta complexidade foi no primeiro nível capaz de dar o salto da físico-química para o biológico, e a posterior para o mental, e daí para o social. Entretanto é mister lembrar que além de sermos vida, desenvolveu-se naturalmente, para mim a mais maravilhosa e complexa estrutura de todo o cosmos, um cérebro, um circuito neuronal magnífico, e a complexidade mais uma vez se fez presente, e desta complexidade viva emergiu a mente. Somos também seres mentais, e mais um salto de complexidade foi dado, de um circuito meramente biológico neural, a complexidade permitiu que emergisse deste cérebro, uma mente, e somos assim seres mentais. Mas não paramos por aqui, a complexidade de muitas mentes atuando, por si só, deu o salto para o coletivo, somos assim seres sociais. Nem conseguimos imaginar a ordem de potência da complexidade que é a realização do nosso viver. Somos sociais, mentais, neurológicos, biológicos, químicos e físicos, mas não nos esqueçamos somos reais, naturais e imanentes.
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Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.
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