Amor

Amor;
Simples e arredio sentimento;
Complexa, múltipla e emocionante emoção;
Amor, que muitos confundem com tantas coisas;
Principalmente porque em geral o procuramos fora de nós mesmos.

Amor 
Como defini-lo sem senti-lo?
Como senti-lo sem construí-lo?
Como construí-lo sem uma força de vontade imanente em fazê-lo?
Como fazê-lo sem desejarmos sinceramente?
E de novo, como defini-lo, sem sinceramente desejar uma vontade imanente de construí-lo?
Como saber que o sentimos, pois que o alvo do amor é sempre externo, sem interesses pessoais?
Mesmo o amor a si próprio, à verdade, ou ao conhecimento, tem uma vertente de não ter interesses unicamente em si mesmos, e sim na capacidade de transferir, de distribuir, de dispersar este amor, este bem querer, pelos outros.

O Amor não nasce feito, não nasce pronto. Não somos resultado da imagem e semelhança de nenhum Amor. Basta olhar o mundo, a sociedade e mesmo nossas mais secretas entranhas mentais. A evolução de alguma forma apenas nos deu uma estrutura mental básica onde podemos construir este amor racional.
O Amor necessita contínua obra e ininterrupta reconstrução. Nos construímos, muitas vezes, nos desconstruindo para experiências passadas.
O Amor é belo enquanto universal. O Amor não é belo por ser fácil ou imediato, não é belo por ser próprio ou pessoal. 
O amor reconforta, depois de árdua jornada em soergue-lo continuamente frente a uma sociedade onde o Amor não passa, muitas vezes, de referência teórica ou de falácia teatral.
O Amor dignifica, não somente ao ser que busca amar, mas dignifica a humanidade dignificando indistintamente a todos, posto que só encontraremos o Amor depois de aprender a dignificar o social humano que nos constrói e a “natural natureza” que nos possibilita existir.
O Amor no une, somente depois de nos separar da mesquinhez, da vaidade, do orgulho, e da presunção de que somos maiores que a vida que nos permite existir ou do que a biologia que nos comporta, ou mesmo do social que nos deveria referenciar.


Belo Amor, reconfortante Amor, dignificante Amor e coeso Amor. Somos unos enquanto conseguirmos construir o Amor como um tijolo natural da vida, somos unos enquanto entendermos as diferenças sem segregá-las, somos unos enquanto conseguirmos evitar as exclusões sociais, somos unos enquanto tivermos força, coragem e ousadia para lutar pelo social humano sem preconceitos ou limitações de nenhuma espécie, somos unos enquanto a argamassa que nos dá cola e sustentação de um viver coletivo for racionalmente amorosa, e amorosamente racional.

Amor 
Como defini-lo sem senti-lo?
Como senti-lo sem construí-lo?
Como construí-lo sem uma força de vontade imanente em fazê-lo?
Como fazê-lo sem desejarmos sinceramente?


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Sou um ateu racional e um livre pensador, ou melhor, eu sou um ateu que tenta ser (que se compromete a ser) racional e livre pensador.

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