O limite do possível
Sim, existe um limite para o possível, mesmo que este limite nos pareça muitas vezes não intuitivo, irreal ou impossível, mas ainda assim totalmente natural, real e imanente. Tudo o que acontece, aconteceu, ou venha a acontecer, dentro do mundo real, não do imaginário ou no ideal, mas sim no mundo material e natural, atende aos limites do possível. O impossível, o próprio nome já diz tudo. Mesmo no escopo geral das possibilidades naturais, a cada momento, apenas um subconjunto deste universo é possível, em verdade, para as condições do momento presente e dos eventos que lhe antecederam direta ou indiretamente.
Cada evento, ou fenômeno, é único em si, em sua realização, mas teve uma quase infinidade de outros eventos que tiveram que acontecer, para ser possível que o atual pudesse ocorrer, incluindo entre estes eventos, muitos, que sequer imaginávamos como causas diretas ou indiretas, eventos aqueles que podem ter ocorrido a muito tempo passado, ou mesmo em outra área geográfica, mas que porque aconteceram, permitiram que os atuais eventos possam estar acontecendo, é a isto que denominamos a complexidade do presente, o caos que de caótico absolutamente nada tem, mas que devido a enorme complexidade de rastrearmos todo e qualquer evento passado ou presente, se nos torna impossível predizer e garantir a realização do evento atual ou futuro. Mesmo que cada evento ou fenômeno seja único em si mesmo, ele era um dos muitos, quase infinitos em sua variedade, daqueles eventos ou fenômenos que compunham o escopo dos possíveis, a cada momento, conforme a história passada até aquele exato evento ou fenômeno.
Sonhar com o impossível, sim é possível, mas realizar este impossível, é claro que é impossível. O limite do possível dá limite natural a tudo o que possa acontecer, e torna impossível que o impossível possa ser possível. Acreditar que é possível realizar o impossível não é uma questão de fé ou de esperança, é uma questão de ingenuidade, desconhecimento, fanatismo ou loucura.
O limite do possível faz fronteira natural com o mundo do impossível e do irreal, mas mesmo assim, deste mundo do possível, apenas um subconjunto destas possibilidades possíveis virá realmente a ocorrer como realidade imanente do existir.
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